terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Estudo XII - O GRANDE CONFLITO E A IGREJA



"Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei. E Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos." (Mat. 28:19, 20)
O grande conflito não terá terminado até que a igreja leve as boas-novas da salvação a todo o mundo e Cristo volte. "E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim." (Mat. 24:14).
Porém, desde a origem da igreja, as forças do mal, usando numerosos disfarces, dentro e fora da igreja, estão interferindo nas tentativas da igreja de anunciar a alegria da salvação. Perseguição, falsas doutrinas e divisões internas são alguns dos recursos que o inimigo usa para contrariar a igreja em sua missão.
Mas Cristo não deixa Sua igreja sem ajuda. Pelo derramamento do Espírito Santo e a preservação da Palavra, seus membros fiéis continuam a levar a bandeira da verdade a um mundo que perece.
A grande comissão
"Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei. E Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos." (Mat. 28:19, 20, Atos 1:8; Atos 2:1-4).
A comissão de Cristo a Sua igreja é perpétua. Sua ordem inclui cada geração. Sua tarefa motiva a todos os que tomaram o nome de Jesus. O propósito de levar as boas-novas a todas as nações é a salvação e a criação de uma comunidade na qual os indivíduos se fortaleçam mutuamente e continuem a cobrir o mundo com o evangelho.
Porém, esse propósito contradiz o objetivo de Satanás. Ele detesta o povo de Deus e a unidade que existe em seu meio. Sua intenção sempre foi espalhar as ovelhas e afastá-las de seu Pastor. Ele busca alcançar este objetivo por vários meios, como a divisão da igreja por diferenças culturais; a introdução de doutrinas que não têm base bíblica, a fim de confundir a igreja; a promoção de opiniões que são confortantes mas não imperativas, a fim de anestesiar a igreja; e pela adoção de subterfúgios emocionais que eliminam o sentimento de culpa a fim de debilitar a igreja. Não podemos lutar sozinhos contra esse inimigo. Portanto, temos apenas duas escolhas: Cristo ou o fracasso.
Em Atos 1:8, a palavra grega traduzida por "poder" é dunamis. A palavra "dinamite" vem dessa palavra grega.
Outras religiões tiveram grandes líderes e elevados ideais. Mas nenhuma teve um objetivo tão ousado como o cristianismo, e a nenhum discípulo se deram promessas tão poderosas como as que os discípulos de Cristo receberam. Jesus é nosso eterno contemporâneo, o Espírito Santo é nossa fonte eterna de poder. Juntos, eles nos capacitam a espalhar o evangelho, apesar dos grandes esforços de Satanás.
Ninguém é neutro no grande conflito; mesmo que seja membro da igreja, você está ajudando no trabalho da igreja ou está impedindo. Examine suas atitudes, suas palavras, suas ações e pergunte: eu estou ajudando ou dificultando? E lembre-se: vai ser um ou outro.
Primeiras lutas
A ira de Satanás contra o povo de Deus, como estava predito em Apocalipse 12, já estava tomando forma de diversas maneiras. Assombrado pelo fenomenal crescimento da igreja em Jerusalém e seus arredores, ele usou tudo o que pôde para deter seu progresso. Se pudesse detê-la cedo, o resto de seu trabalho seria mais fácil!
Uma de suas primeiras tentativas falhou. O martírio de Estêvão, em vez de destruir a Igreja, provou ser um divisor de águas em sua história nascente. O sermão de Estêvão (Atos 7) mostrou claramente ser a transição do velho para o novo, do Jesus a quem eles crucificaram para o Cristo que cumpria as profecias messiânicas, do templo na Terra para o templo no Céu, onde o Jesus ressuscitado está assentado junto ao Pai. Tanto o sermão de Estêvão como sua morte abriram as portas da oportunidade para a primeira igreja. "O martírio de Estêvão produziu profunda impressão em todos os que o presenciaram. A lembrança da aprovação de Deus em sua face; suas palavras que tocaram a própria alma dos que as ouviram, permaneceram na mente dos espectadores e testificaram da verdade do que ele havia proclamado. Sua morte foi uma rude prova para a igreja, mas resultou na convicção de Saulo, que não pôde apagar de sua memória a fé e constância do mártir e a glória que lhe resplandeceu no rosto." (Atos dos Apóstolos, pág. 101).
Primeiras vitórias
""Portanto, que todo o Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus O fez Senhor e Cristo." Quando ouviram isso, ficaram aflitos em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: "Irmãos, que faremos?" Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo." (Atos 2:36-38).
Hoje é costume entre alguns cristãos afirmar que as doutrinas não são tão importantes. O que é importante, eles dizem, é amar a Jesus e crer nEle. Embora certamente essas coisas sejam importantes, por que a doutrina também é importante para a igreja? Como podemos cumprir a missão de pregar o evangelho se nem mesmo estivermos pregando o mesmo evangelho? E embora algumas diferenças sempre vão existir entre os membros, em que ensinos é necessário existir harmonia?
Torcendo a verdade – (Atos 20:29-31)
Entre o término da Idade Apostólica e o início da Reforma (1517), algumas verdades e princípios cristãos mais básicos sucumbiram a falsidades enraizadas nas filosofias romana e grega e ao desejo de poder e exaltação própria por parte de vários centros da igreja no Império Romano. Algumas dessas falsidades incluíam:
(1) imortalidade da alma - Jó 14:2; 1 Tim. 1:17; Tiago 4:14;
(2) batismo infantil - Atos 8:12, 13, #Atos 8: 29-38#; Atos 9:17, 18; 1 Cor. 1:14;
(3) mediação dos santos- Heb. 8:1-6; Heb. 9:11-15;
(4) observância do domingo- #Êxo. 20:8-11#;
(5) justiça pelas obras- Hab. 2:4; Rom. 2:17;
(6) as tradições da igreja passaram a ser consideradas mais importantes do que as verdades bíblicas - Mat. 15:1-3, 6; Marcos 7:8.
A conversão nominal de Constantino no início do quarto século levou o cristianismo a perder ainda mais a sua pureza. Esse evento causou grande alegria, mas o mundo, disfarçado por uma forma de justiça, invadiu a igreja. Agora, o trabalho da corrupção progrediu rapidamente. O paganismo, parecendo estar derrotado, se tornou o vencedor; suas doutrinas, formalidades e superstições foram incorporadas à fé e adoração dos professos seguidores de Cristo.
Heresias e erros não surgem do dia para a noite. Elas entram devagar, pacientemente (Satanás tem uma virtude: ele é paciente), por um "pequeno" compromisso, que leva a outro "pequeno" compromisso, e para outro e outro, e assim por diante. Todos esses erros começam no coração humano. O povo tem que aceitá-los para que eles finalmente tomem conta da igreja como um todo.
De volta à Bíblia – Rom. 1:16, 17; 2 Tim. 2:15
Durante a Idade Média, ou Escura, o estudo da Bíblia era limitado aos monges nos mosteiros. Era proibido aos membros comuns da igreja até mesmo possuir a Bíblia. Mas, com a ajuda do inglês João Wycliffe, que traduziu a Bíblia para o idioma de seu povo, o palco estava pronto para uma poderosa reforma. "Dando a Bíblia aos seus compatriotas, fizera mais no sentido de quebrar os grilhões da ignorância e do vício, mais para libertar e enobrecer seu país, do que já se conseguira pelas mais brilhantes vitórias nos campos de batalha." (O Grande Conflito, pág. 88).
Na Alemanha, Martinho Lutero impôs um sopro mortal à apostasia proclamando duas grandes verdades bíblicas, abandonadas há muito pela igreja romana: (1) a Bíblia e a Bíblia somente, e (2) o justo viverá pela fé.
Até Lutero expor seus pensamentos sobre a justiça pela fé, com base em seus estudos, especialmente sobre Romanos e Gálatas, a igreja de Roma ensinava que uma pessoa podia ganhar a salvação por suas obras. Arriscando a vida, como fizeram os apóstolos antes dele, Lutero condenou a compra de indulgências e outros ensinos falsos; persuadiu o povo a experimentar a alegria da salvação, exercitando fé na justiça de Jesus e só nela. Reformadores como Calvino, Zuínglio, Melâncton e Wesley juntaram-se na restauração de outras verdades bíblicas, levando a igreja protestante que surgia a repudiar falsidades tais como o purgatório, as indulgências, a transubstanciação (a crença de que, quando tomados pelo crente, o pão e o vinho da comunhão realmente se tornam o corpo e o sangue de Cristo) e as orações pelos mortos
A Reforma, porém, não restabeleceu algumas verdades, como o sábado (#Êxo. 20:8-11#), o estado dos mortos (Sal. 115:7; Ecles. 9:5, 6, 10) e o ministério sumo-sacerdotal de Jesus (Heb. 8:1-6; Heb. 9:11-15).
"A fim de preparar um povo para estar em pé no dia de Deus, deveria realizar-se uma grande obra de reforma. Deus viu que muitos dentre Seu povo professo não estavam edificando para a eternidade, e em Sua misericórdia estava prestes a enviar uma mensagem de advertência a fim de despertá-los de seu torpor e levá-los a preparar-se para a vinda de Jesus”.
Esta advertência está em Apocalipse 14. Apresenta-se ali uma tríplice mensagem como sendo proclamada por seres celestiais, e imediatamente seguida pela vinda do Filho do homem para recolher a colheita da Terra. A primeira dessas advertências anuncia o juízo que se aproxima.
Declara-se que esta mensagem é parte integrante do "evangelho eterno". A obra de pregar o evangelho não foi cometida aos anjos, mas confiada aos homens. Santos anjos têm sido empregados na direção desta obra... mas a proclamação do evangelho propriamente dita é efetuada pelos servos de Cristo sobre a Terra
A igreja deve pregar o evangelho ao mundo inteiro. Mas Satanás a impede de fazer assim pela perseguição, divisões internas, preconceitos, doutrinas falsas e falta de estudo da Bíblia. Ao procurarmos cumprir a comissão evangélica, devemos sempre ter nosso centro em Cristo e convidar Seu Espírito Santo para transformar nossa vida. 


Reproduzido Por: Dc.Alair Alcantara
Sem Fronteiras



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