sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Estudo X - VITÓRIA NA CRUZ



"Eu [Jesus] Te glorifiquei [Deus] na Terra, completando a obra que Me deste para fazer." João 17:4
A VONTADE DO PAI provia a força motivadora de tudo o que Jesus fez enquanto vivia na Terra. Ele estava completamente ciente de que a vontade do Pai envolvia não só Sua morte como redenção pelo pecado, mas o triunfo sobre a morte por Sua ressurreição. Com a visão dessa redenção e desse triunfo sempre à Sua frente, Jesus antecipava o cumprimento da promessa em Gênesis 3:15, de que Ele esmagaria a cabeça de Satanás.
O resultado do conflito cósmico entre as forças do bem e do mal, entre Cristo e Satanás, seria decidido sobre a cruz. Com este objetivo, Jesus caminhou sozinho mas com firmeza em meio aos perigos de Sua jornada, pois havia uma vitória para compartilhar com todos os que O recebessem como Redentor.
"É necessário"
"Então Ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, fosse morto e três dias depois ressuscitasse." Marcos 8:31.
"É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia." Lucas 24:7.
"Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado." João 3:14.
Note que os três versos têm uma palavra em comum, a palavra "necessário
Por que "era necessário" ao Filho do homem passar por tudo isso? Porque só por intermédio da vida perfeita e da morte expiatória de Cristo a humanidade caída teria esperança de ser poupada da destruição que o pecado sempre traz (Rom. 6:23) – esta é a razão.
Deus tem uma lei, e essa lei foi violada. Um Deus justo, para ser justo, tem que punir os transgressores. Mas esse mesmo Deus justo também é misericordioso e, por essa misericórdia, Ele deu Jesus, igual a Ele mesmo, para morrer aquela morte pela humanidade, a fim de sofrer em seu lugar a ira justa de um Deus santo contra o pecado. É por isso que "era necessário" que Jesus morresse. Na cruz, a justiça de Deus foi cumprida, plena e completamente. Sem a cruz, nosso destino não seria diferente do destino dos animais; de fato, teria sido pior, porque, ao contrário dos animais, nós podemos divisar a eternidade e o Céu, algo maior do que aquilo que temos agora. Essa percepção de algo que é maior e está fora de nosso alcance torna o pouco que temos ainda mais insatisfatório. Não admira que fosse "necessário" que o Filho do homem sofresse e morresse. Se não fosse assim, só teríamos a capacidade de divisar a eternidade, mas sem esperança de vivê-la.
Comunhão Mar. 14:17-29; 1 Cor. 11:23-26
Quando celebramos a Ceia do Senhor, proclamamos nossa fé no poder de Deus contra Satanás – um poder confirmado pela morte de Jesus.
Jesus estabeleceu a Ceia do Senhor na moldura histórica da Páscoa (#Êxo. 12#), que lembra a escravidão da humanidade a Satanás, o nosso desamparo e a graça de Deus como a única esperança para livrar-nos daquela escravidão. Assim como a liberdade de Israel estava arraigada na história pelo ato redentivo de Deus, nossa liberdade do pecado está fundamentada no evento histórico da cruz. Jesus é nosso "Cordeiro pascal", sacrificado por nós (1 Cor. 5:7). Por causa desse sacrifício, temos parte na vitória de Cristo no grande conflito.
A afirmação de Jesus de que Seu corpo partido e Seu sangue derramado estabelecem um novo concerto (Mat. 26:28; 1 Cor. 11:25) alcançam o assunto principal do grande conflito. Satanás acusa que a lei de Deus é arbitrária, injusta e impossível de se guardar. Por Sua morte, porém, Jesus estabeleceu um novo concerto, pelo qual a lei pode ser escrita no coração do povo de Deus (Jer. 31:31-34). Esse novo concerto nos habilita, pela habitação do Espírito Santo, a amar ao Senhor e obedecer aos mandamentos dAquele "que Se entregou a Si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa". Gál. 1:4.
"Quando a fé contempla o grande sacrifício de nosso Senhor, a alma assimila a vida espiritual de Cristo. Essa alma receberá vigor espiritual de cada comunhão. O serviço forma uma viva conexão pela qual o crente é ligado a Cristo, e assim ao Pai. Isso forma, em especial sentido, uma união entre os dependentes seres humanos, e Deus." (O Desejado de Todas as Nações, pág. 661).
Getsêmani
"E dizia: "Aba, Pai, tudo Te é possível. Afasta de Mim este cálice; contudo, não seja o que Eu quero, mas sim, o que Tu queres."" Marcos 14:36.
Uma vez mais um jardim luxuriante se torna o campo de batalha entre a verdade e a falsidade, entre a justiça e o pecado. Que contraste, porém, entre o Jardim do Éden e o Jardim do Getsêmani.
Em Marcos 14:37-50, Jesus, enfrentando a maior prova de Seu ministério terrestre, encontrou Seus discípulos dormindo, incapazes de permanecer acordados e orar por Ele. E então, quando acordados, eles não Lhe deram muito conforto, pois, como Marcos escreveu, "todos O abandonaram e fugiram".
O que vemos aqui, em toda esta cena, senão a absoluta depravação e corrupção da humanidade, em contraste com a perfeição e o amor de Deus? Judas O trai, os discípulos dormem para só acordar e fugir, a turba O leva à noite (inclusive os líderes religiosos); em resumo, este é um exemplo dramático do que é básico para a teologia cristã: o decrépito estado moral dos pecadores, fracos, sonolentos, avarentos, fugitivos.
Tudo isso, evidentemente, em contraste com a santidade e o amor abnegado de Jesus.
Está consumado – Mat. 27:27-53; João 19:16-30
A cruz é o centro do plano de Deus para derrotar Satanás no grande conflito porque, sem ela, o Universo não teria percebido a verdadeira natureza da rebelião de Satanás. Três palavras nos ajudam a resumir a obra de Cristo na cruz. Estas palavras são Revelação, Redenção e Solução.
Revelação. A cruz revela o caráter de Deus. Lúcifer argumenta que Deus é um governante arbitrário. A cruz, porém, mostra ao Universo quão grande é realmente Seu amor (# Rom. 5:8#). A cruz é Seu amor em ação (João 3:16).
A cruz também revela a natureza inalterável da lei de Deus. Se a lei pudesse ter sido mudada, não teria existido pecado e, conseqüentemente, Cristo não precisaria ter sido morto (Rom. 3:25, 26).
Redenção. O pecado nos colocou sob o domínio de Satanás, e ele reivindica este mundo como seu. Mas "Ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do Seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados" (Col. 1:13,14). Aquele sangue foi derramado quando Jesus levou "em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro". Pela cruz, então, Deus reconciliou "consigo o mundo". "Deus tornou pecado por nós Aquele que não tinha pecado, para que nEle nos tornássemos justiça de Deus" (2 Cor. 5:19, 21). Quando Jesus disse que veio para "dar a Sua vida em resgate por muitos", estava afirmando que a cruz realizaria a redenção da humanidade.
Solução. O problema do pecado deve ser resolvido de uma vez por todas, para que Deus seja vitorioso no grande conflito. O Calvário destronou Satanás como príncipe deste mundo e "aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo" (Heb. 2:14) será reduzido a nada. #I Cor. 1:28#. No fim dos tempos, ele será "lançado no lago de fogo". Apoc. 20:10.
Ele ressuscitou – João 20:1-18; 1 Cor. 15:3-14
Satanás e seus aliados esperavam que o selo romano sobre a tumba de Jesus pusesse fim à Sua missão. Mas a esperança do diabo não passava de um desejo ultrajante. Que direito tinha a tumba, um lugar para pecadores, sobre Aquele que "não cometeu pecado algum"? (1 Pedro 2:22). "Era impossível que a morte O retivesse" na sepultura (Atos 2:24). Satanás não poderia segurar Jesus na sepultura mais do que uma rolha poderia impedir um vulcão de explodir.
Desde o Calvário, Satanás tenta sem tréguas as pessoas a questionarem a realidade da cruz e da ressurreição. O intelecto desafia esses eventos divinos; a razão é muito imperfeita, muito tosca para compreender esses eventos; e a ciência não as pode provar (nem contestar). Mas, como Jesus disse a Tomé: "Felizes os que não viram e creram" (João 20:29).
As coisas espirituais são discernidas espiritualmente. A fé genuína alcança além do que podemos tocar e ver. A fé compreende o fato de que Aquele que disse "Está consumado" também é Aquele que ressuscitou.
"O mesmo poder que ressuscitou a Cristo dentre os mortos erguerá Sua igreja, glorificando-a com Ele, acima de todos os principados, de todas as potestades, acima de todo nome que se nomeia, não somente neste mundo mas também no mundo por vir." – O Desejado de Todas as Nações, pág. 787.
Como coluna mestra da estratégia do Céu no grande conflito, os eventos finais da vida de Cristo na Terra asseguraram que as próprias tentativas de Satanás para desacreditar o caráter de Deus seriam desacreditadas. Nenhum outro evento provou o amor de Deus tão seguramente quanto o amor divino morrendo na cruz. Nenhum outro evento provou o poder de Deus sobre o pecado como a ressurreição dAquele que não conhecia pecado. Com este mesmo amor e poder vivendo em nosso coração, a vitória deles sobre o pecado e a morte pode ser nossa. 


Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara
Sem Fronteiras



quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Estudo IX - O GRANDE CONFLITO E OS MILAGRES




"Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em Mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em Mim, não morrerá eternamente." João 11:25
Milagre é um acontecimento que não podemos entender por causa das limitações do conhecimento humano. São coisas que acontecem fora das fronteiras conhecidas da ciência e da lei natural; não podem ser explicados por fenômenos físicos comuns. É por isso que, de fato, são chamados milagres.
Vamos estudar cinco milagres que mostram como Jesus trouxe cura, vida e verdade àqueles que precisavam desesperadamente delas. Além de ilustrar o poder e a autoridade de Jesus, os milagres também dão testemunho de Sua missão como enviado pelo Pai para salvar a humanidade das conseqüências do pecado, coisa que está muito além de nossa capacidade de fazer por nós mesmos – ainda que estejamos na era da Internet, dos ônibus espaciais e dos transplantes de órgãos.

Junto ao tanque de Betesda João 5:1-18
A biografia desse homem é breve. Por causa de uma enfermidade de 38 anos, ele perdeu tudo, até mesmo a esperança, a família e os amigos. Ele era vítima da cobiça – quando as águas do tanque se moviam, outros que acreditavam que havia poder curativo nas águas o afastavam de seu caminho. Como todos nós, ele estava sofrendo as conseqüências do pecado, tanto do seu próprio como de outros, embora, àquela altura, esse assunto não tivesse importância.
Neste relato, a guerra contínua de Satanás contra a lei de Deus é vista, mas de uma perspectiva diferente. Satanás quer nos fazer crer que a lei é severa, injusta e impossível de se guardar; assim, ele faz tudo o que pode para colocá-la sob uma luz negativa, até mesmo usando os supostos defensores da lei para fazer sua obra. Foi o que aconteceu aqui. Foi a respeito da lei – o sábado – que Jesus enfrentou os maiores ataques daqueles que afirmavam estar Ele violando a lei. Que interessante que Jesus, o próprio Legislador, fosse acusado de quebrar a lei, especialmente por aqueles que se consideravam defensores da lei. A ironia não deve ser esquecida.
O mais triste nesta história é que Satanás conseguiu manipular os líderes, usando sua própria suposta fidelidade à lei para cegá-los para o assunto mais profundo, que era Jesus. Em outras palavras, ignorando o milagre que acabava de acontecer, eles atacaram o Senhor porque Ele, supostamente, violou a lei.

O servo do centurião Mat. 8:5-13
A discórdia entre as pessoas foi um dos primeiros resultados do grande conflito na Terra. Quando Caim matou Abel, Satanás regozijou-se por ter provocado desunião. A missão de Jesus, então, não incluía apenas a cura física, mas a cura espiritual que reconciliasse as pessoas e facilitasse a pregação do evangelho.
Neste contexto, o pedido do centurião era mais incomum por duas razões. Em primeiro lugar, como oficial de carreira militar, o centurião era responsável por cem soldados romanos; e os hebreus menosprezavam os romanos por serem seus opressores. Segundo, o centurião buscou ajuda para seu servo. Tanto os gregos como os romanos consideravam que os escravos eram menos do que humanos (o escritor romano Cato aconselhava as pessoas a desfazer-se dos escravos idosos e doentes junto com os implementos agrícolas inúteis).
Satanás se alegra com essas atitudes, pois elas não só representam seu caráter (ao invés do caráter de Cristo), mas impedem a expansão do evangelho. Mas a atitude do centurião está em contraste direto com o caráter de Satanás e em harmonia com a iniciativa do evangelho de derrubar as barreiras que dividem a humanidade.
Como é interessante que um romano, um gentio, mostrasse tanta fé em Cristo. Não admira que Jesus respondesse: "Eu lhes digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e se sentarão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus. Mas os súditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes."
Esse centurião, nascido no paganismo, educado na idolatria de Roma imperial, treinado como soldado, aparentemente afastado da vida espiritual por sua educação e ambiente – e, ainda por cima, cercado pelo fanatismo dos que se consideravam herdeiros exclusivos da salvação – não obstante, demonstrasse fé em Cristo, e que aqueles que deviam ter fé, não tinham. Que repreensão aos que alegam ser servos fiéis de Deus.

O endemoninhado – Mat. 12:22-32
O Novo Testamento reconhece a possessão demoníaca, mas muitas pessoas hoje atribuem esses sintomas a deficiências físicas ou psicológicas. Como essas pessoas estão enganadas!
Parte da resposta de Jesus está em uma parábola no verso 29, que mostra a tolice da reação dos líderes religiosos e lança muita luz sobre o grande conflito. Esta parábola "reforça a verdade declarada no v. 28, de que "chegou a vocês o reino de Deus" e que o reino de Satanás está sendo invadido."
Só temos duas opções: Escolher a Cristo tem como resultado sermos reunidos no reino; escolher a Belzebu temos como resultado sermos espalhados sob o juízo. Todos tomamos nossa própria posição no grande conflito; se não tomarmos posição, afirmando sermos neutros, automaticamente acabamos por tomar o lado de Satanás. É assim que acontece.
Jesus também acrescenta mais um elemento aqui: o pecado imperdoável. Esse pecado acontece quando rejeitamos persistentemente a Cristo e deliberadamente fazemos opções contrárias aos princípios de Seu reino, quando o coração está tão endurecido que não mais reconhecemos a necessidade do perdão.
O toque da fé – Marcos 5:25-34
Por doze anos, Satanás manteve cativa essa mulher com uma hemorragia incurável, que a enfraquecia física, emocional e espiritualmente. Essa doença a tornava impura, conforme os padrões judaicos (Lev. 15:25-27), e ela não podia se reunir com a família e com os amigos para adorar e ter companheirismo. Ela havia tentado tudo, gasto tudo, perdido toda esperança. Mas tinha ouvido que Jesus vinha para sua cidade. Será que Ele era capaz de ajudá-la?
Antes de curar essa mulher, Jesus havia operado pelo menos dezesseis milagres com todos os tipos de pessoas. Será que alguns deles lhe contaram o que Ele fez? A divulgação das boas-novas sobre Jesus é um dos primeiros passos que devemos dar para derrotar Satanás.
Mas ouvir sobre Jesus não é suficiente. O ouvir deve levar à fé, e a fé deve levar à ação. Nenhuma das pessoas que Jesus curou esperava ter uma vida normal e alegre até que foi a Ele e, no caso desta mulher, ela não apenas foi, mas tocou.
Não podemos ser vitoriosos no grande conflito antes de "tocarmos" em Jesus. A fé que salva não é uma aprovação ou aceitação intelectual da verdade, mas uma fé que O torna nosso Salvador pessoal. O que aconteceu à mulher deve acontecer conosco. "Fé genuína é vida. Uma fé viva significa acréscimo de vigor, segura confiança pela qual a alma se torna uma força vitoriosa." – O Desejado de Todas as Nações, pág. 347.
A fé deve ter poder de "tocar em Deus", de "parar" Deus na rua principal. "Quem me tocou?" perguntou Jesus. A pergunta não foi uma repreensão, mas um reconhecimento de que neste mundo marcado pelas cicatrizes das batalhas onde Satanás alega vitória, a fé pode alcançar e tocar a Deus.

"Lázaro, venha para fora!" – João 11:1-45
Com o agravamento da doença do seu irmão, Maria e Marta voltaram-se para Jesus, esperando ajuda. Sem dúvida, elas tinham ouvido falar dos muitos milagres de Jesus; talvez elas até hajam visto alguns. Além disso, o verso 3 sugere que Jesus e Lázaro tinham uma amizade especial. A palavra aqui traduzida por amor significa "admiração", "respeito" e "estima".
"Demorou-Se para que, erguendo Lázaro dos mortos, pudesse dar a Seu incrédulo, obstinado povo, outra prova de que era na verdade "a ressurreição e a vida". Custava-Lhe renunciar a toda esperança quanto ao povo, as pobres, extraviadas ovelhas da casa de Israel." – O Desejado de Todas as Nações, pág. 529. E também, "se Cristo Se achara no quarto do doente, este não teria morrido; pois Satanás nenhum poder sobre ele exerceria. A morte não alvejaria a Lázaro com seu dardo, em presença do Doador da vida. Portanto, Cristo Se conservou distante. Consentiu que o maligno exercesse seu poder, a fim de o fazer recuar como um inimigo vencido." – Ibidem, pág. 528.
A ressurreição de Lázaro foi o maior milagre que evidenciou que Cristo era a Verdade sobre e contra as reivindicações de Satanás.
Os extremos de Satanás: Satanás tenta trabalhar pelos dois extremos contra o centro, pelo menos com respeito à questão da morte. Esta é uma questão sobre a qual, até certo ponto, todos pensam.
Para muitas mentes modernas e seculares, a morte é o fim de todo ser humano: deixamos de funcionar, nosso corpo entra em decomposição, voltamos ao vazio do qual surgimos. Não existe nada mais para nós, portanto, podemos desfrutar o tempo aqui da melhor forma que pudermos.
Em contraste, muitos outros crêem que há algo eterno dentro de nós, e que embora a pessoa "morra", isto é, que o corpo se decomponha, esse elemento eterno continua a viver, de maneira que, afinal, realmente não morremos. Assim, seja o que for que fizermos aqui, a vida eterna nos aguarda.
Se uma pessoa crê de uma forma ou de outra, ela realmente não precisa de Jesus, não é verdade? As mentiras podem ter muitas aparências (tomando todas as diferentes formas e cores), em contraste com a verdade, que não vem com tantas opções.
Os milagres de Jesus trouxeram cura para os doentes, libertação para os cativos do pecado, repreensão para os demônios, vista para os cegos, aceitação para os rejeitados, vida para os mortos e, sobretudo, perdão para os que precisavam. Os milagres também levaram a esperança de que o Deus que caminhou entre a humanidade venceria o grande conflito, que a Pessoa que disse "Eu sou a ressurreição e a vida" teria a palavra final contra o pecado e a morte. 



Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara




Sem Fronteiras






quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Estudo VIII - O GRANDE CONFLITO NAS PARÁBOLAS




"Então os justos brilharão como o Sol no reino de seu Pai." -Mat. 13:43
Cristo veio à Terra para que as pessoas pudessem ver a grande diferença entre os dois contendores no grande conflito. Outra forma como as pessoas poderiam ver essa diferença era pelas parábolas de Cristo. Com esse método, Cristo ilustrou o desconhecido com o conhecido e "procurou remover aquilo que obscurecia a verdade. Veio tirar o véu que o pecado lançara sobre a face da natureza, e desse modo trazer à luz a glória espiritual que todas as coisas foram criadas para refletir. Suas palavras focalizaram sob aspecto novo as lições da natureza, bem como as da Bíblia, e as tornaram uma nova revelação". –Parábolas de Jesus, págs. 18 e 19.
Os quatro solos – Mat. 13:1-9, #Mat.13:18-23#
Mateus 11 e 12 relata como os líderes religiosos rejeitaram Cristo e conspiraram para matá-Lo. Em cada tempo, algumas pessoas aceitam a Jesus, enquanto outras O rejeitam. Por quê? A resposta, simplesmente, é que existe algo no coração humano que leva as pessoas a escolher a vida ou a morte. O que é esse algo, exatamente, e por que, especificamente, alguns aceitam e alguns rejeitam a Cristo? Este é um mistério, pelo menos para nós, e pelo menos aqui neste mundo. Leia 1 Cor. 4:5.
Em todo caso, porém, Satanás está pronto a devorar o que é semeado, ou impedir a semente da justiça de Cristo de germinar. Então, sempre existem preocupações e ansiedades a empanar nossa alegria no evangelho. Em cada caso, é plano de Satanás escurecer nossa compreensão e confundir o assunto, para que a Palavra de Deus não produza fruto.
Essa esperança se manifesta de duas formas:
1- Aqueles que ouvem a Palavra de Deus e, conseqüentemente, vivem, são bons não por qualquer coisa que existe neles mesmos (Rom. 7:18), mas porque o Espírito Santo vive em seu coração (#Filip. 2:13#). Assim, a vida deles é transformada pela fé em Cristo. Eles têm a certeza da vitória no grande conflito.
2- Simbolizando Jesus, o semeador lança a semente, não importa onde venha a cair. Não importa quanto da semente se perde, o semeador sabe que certamente haverá uma colheita. Então, nunca devemos desanimar quando Satanás parece ser vencedor em todas as batalhas. No fim, Cristo venceu, e pela fé nEle, podemos vencer, também.
O trigo e o joio – Mat. 13:24-30
A parábola ensina o seguinte sobre o grande conflito: 1- O mal deve sua origem ao "inimigo". Embora Deus não seja responsável pelo mal, Ele está ciente da presença do inimigo. 2- É o inimigo que dificulta a expansão do evangelho. 3- O bem e o mal existirão no mundo e dentro da igreja até o fim do tempo. 4- Enquanto devemos ser exigentes com as ervas daninhas em nossa própria vida, nunca devemos nos apressar em julgar os outros. 5- Uma vez mais, o povo de Deus tem a promessa da vitória.
O joio se parecia tanto com o trigo que só quando formava pendão os melhores agricultores podiam identificá-lo. Da mesma forma, "Satanás é um enganador. Ao pecar ele no Céu, nem mesmo os anjos fiéis reconheceram plenamente seu caráter. Esta é a razão por que Deus não o destruiu imediatamente. Se o tivesse feito, os santos anjos não teriam percebido o amor e a justiça de Deus. Uma só dúvida quanto à bondade de Deus teria sido como má semente, que produziria o amargo fruto do pecado e da desgraça. Por isto foi poupado o autor do mal, para desenvolver plenamente seu caráter. Durante longos séculos, suportou Deus a angústia de contemplar a obra do mal. Preferiu dar a infinita Dádiva do Gólgota, a deixar alguém ser induzido pelas falsas representações do maligno; pois o joio não podia ser arrancado, sem o risco de desarraigar a preciosa semente. E não seremos tão clementes para com nossos semelhantes, como o Senhor do Céu e da Terra o é para com Satanás?" – Parábolas de Jesus, pág. 72. A vinha Mat. 21:33-41
Deus é cheio de amor e graça. Assim como o proprietário das terras protege a vinha com uma cerca, Deus nos protege com Sua lei, se a obedecermos pela habitação do Seu Espírito (Gál. 5:16-26). E assim como o proprietário das terras proveu tudo quanto era necessário para a vinha produzir uma colheita lucrativa, e assim como esperava que seus lavradores fossem fiéis, Deus provê o que precisamos a fim de produzirmos frutos espirituais, e deseja que sejamos leais. Neste caso, porém, aqueles que receberam as responsabilidades não só foram infiéis às suas responsabilidades, mas até se voltaram violentamente contra seu Senhor. Que advertência!
Jesus termina a parábola com estas palavras poderosas: "Aquele que cair sobre esta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó" (Mat. 21:44). Que contraste! Em cada caso as pessoas têm que encontrar-se com aquela pedra, que lhes faz alguma coisa dramática. Em um caso, elas são quebradas pela pedra; no outro, porém, são reduzidas a pó pela mesma pedra. Quem ou o que é a pedra, qual é a diferença entre ser quebrado nela ou ser esmagado debaixo dela, e por que Jesus terminou a parábola com essa advertência? A festa das bodas Mat. 22:1-14
1) O convite de Deus. Como a parábola da vinha, esta história também ilustra a rejeição de Israel ao evangelho e a extensão do convite de Deus aos gentios. Porém, Deus estende este convite a todas as pessoas em todo o tempo. Cristo diz a cada um de nós: "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo." (Apoc. 3:20).
2) As provisões de Deus. O anfitrião do banquete proveu tudo o que seus convidados poderiam desejar. Ele abateu os bois e bezerros cevados e até preparou roupas especiais para eles vestirem, como era o costume. Igualmente, Deus proveu o sacrifício pelo pecado para que não tivéssemos que morrer eternamente; e o manto da justiça de Cristo é nosso pela fé nEle.
3) A rejeição ao convite e às provisões de Deus. É evidente que Satanás faz tudo o que pode para nos impedir de aceitar a salvação de Deus. Ele pode até usar coisas do dia-a-dia que, em si mesmas, não são más. Na parábola, um convidado estava muito preocupado com seu campo, e outro estava muito envolvido com seus negócios. Em contraste com eles, havia aquela pessoa que foi para o banquete mas que, por orgulho e auto-suficiência, decidiu que não precisava vestir as roupas que o anfitrião oferecia.
4) O juízo final. Por sua própria escolha errada, o convidado era indigno de permanecer no banquete. E assim é com cada um de nós. Perdemos ou vencemos no grande conflito a partir das escolhas que fazemos, tanto antes como depois de fazermos nossa profissão de fé em Cristo. Em outras palavras, só por ter tomado a decisão de ir ao casamento não quer dizer que a pessoa vai receber os seus benefícios. Este deve ser um pensamento solene a todos os que alegam ter aceito o convite. Perdido e achado – Lucas 15
Assim que o grande conflito entrou neste mundo, a humanidade se perdeu. Essa situação surge quando nos separamos de Deus, seja por um afastamento involuntário, seja por rebelião, descuido, farisaísmo, entrega à tentação de Satanás, ou pela rejeição ao convite de Deus.
A resposta de Deus aos pecadores está em contraste direto com o que Satanás disse sobre Ele. Estas parábolas nos mostram que o amor de Deus é tão amplo e surpreendente que Ele esvaziaria o Céu para salvar uma pessoa se que perdeu.
A parábola dos dois filhos não só retrata o amor de Deus por meio do pai; também destaca a resposta dos seres humanos à sua situação perdida. O filho mais jovem começou a sua jornada para o solo improdutivo do pecado exclamando: "Dá-me". O eu era seu alvo, a auto-suficiência era seu deus. Esse enfoque só podia levá-lo a um lugar – a pocilga. Mas então veio a viagem de volta, dirigida pela recordação do amor de seu pai. "Em sua irrequieta juventude, o filho pródigo considerava o pai inflexível e austero. Que diferente é sua concepção dele agora! Assim também os engodados por Satanás consideram Deus áspero e severo. Vêem-nO esperando para os denunciar e condenar, como se não tivesse vontade de receber o pecador enquanto houver uma desculpa legítima para não o auxiliar. Consideram Sua lei uma restrição à felicidade humana, jugo opressor de que se alegram em escapar. Todavia o homem cujos olhos foram abertos por Cristo, reconhecerá a Deus como cheio de compaixão." – Parábolas de Jesus, pág. 204.
"A oração do publicano foi ouvida porque denotava submissão, empenhando-se para apoderar-se da Onipotência. O próprio eu nada parecia ao publicano senão vergonha. Assim precisa ser considerado por todos os que buscam a Deus. Pela fé – fé que renuncia a toda confiança própria – precisa o necessitado suplicante apropriar-se do poder infinito." – Parábolas de Jesus, pág. 159.
Jesus veio à Terra para apontar as mentiras de Satanás contra Deus. Ele fez isto não só pela maneira como viveu, mas pelas parábolas que ensinou. Em muitas destas, aprendemos como Satanás pode ser sutil e como usa as coisas do dia-a-dia para escurecer nossa visão, mudar nossa atitude e apelar aos nosso senso de orgulho e auto-suficiência. Mas cada parábola tem um tom de vitória. Existe uma colheita. As pessoas aceitam o convite de Deus. Alguns encontram o caminho para o lar. 




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara




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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Estudo VII - A VITÓRIA DE JESUS




"Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos." – Gál. 4:4 e 5
Depois que foi expulso do Céu, Lúcifer espalhou com sucesso suas mentiras contra Deus por toda a Terra. Então, como Deus poderia provar que Lúcifer estava errado? Uma solução seria contrastar de alguma maneira Seu caráter com o de Lúcifer. "Essa obra, unicamente um Ser, em todo o Universo, era capaz de realizar. Somente Aquele que conhecia a altura e a profundidade do amor de Deus, podia torná-lo conhecido. Sobre a negra noite do mundo, devia erguer-Se o Sol da Justiça, trazendo salvação "sob as Suas asas" (Mal. 4:2) - Desejado de Todas as Nações, pág. 22.
Satanás dirigiu seus ataques mais fortes contra nosso Salvador. Se quisesse vencer o grande conflito, ele sabia que precisava ocupar o chão em que se ergueria a cruz. Mas a vitória de Cristo contra Satanás é nossa, e a maneira como venceu permanece um modelo para nós.

Na plenitude do tempo
"Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei." Gál. 4:4.
Naturalmente, dizemos que as profecias (como Daniel 9:24-27) apontavam para aquele tempo, o que é verdade. Mas as profecias só fizeram esse anúncio porque Deus tinha planejado vir naquela época. Por que naquele tempo específico, e não em outro tempo?
"O Messias não só veio no momento indicado na profecia de Daniel, mas veio no tempo mais favorável em toda a História. O mundo estava em paz, sob um só governo. As viagens por terra e mar eram relativamente seguras e rápidas. Havia um idioma universal, o grego. A Bíblia estava disponível em grego – a Septuaginta – havia mais ou menos duzentos anos. As pessoas estavam insatisfeitas com suas crenças religiosas e estavam em busca da verdade sobre a vida e o destino humano. Os judeus estavam dispersos em todos os lugares e, apesar de si mesmos, davam testemunho do Deus verdadeiro. De todas as partes do mundo, eles vinham para as festas em Jerusalém, e podiam levar consigo, quando voltassem, as novas da vinda do Messias. ... A Providência não poderia ter designado lugar ou tempo mais apropriados para lançar a mensagem do evangelho ao mundo do que a Palestina nesse período da História."
Satanás, também, estava ciente do significado do tempo. Sob sua liderança, "o pecado se tornara uma ciência, e era o vício consagrado como parte da religião. ... Ficara demonstrado perante o Universo que, separada de Deus, a humanidade não se poderia erguer. Novo elemento de vida e poder tinha de ser comunicado por Aquele que fizera o mundo". – O Desejado de Todas as Nações, pág. 37.
Suponha que a primeira vinda fosse em nossos dias. Tente entender a cena, talvez, do Menino Jesus nascendo na periferia de Berlim, Nova Iorque, São Paulo ou mesmo Belém. Ele teria sido melhor recebido? Um Herodes moderno teria achado mais fácil dar fim a Jesus? Perguntas hipotéticas, com certeza, mas que levam a um ponto importante, que vale ser lembrado: Quaisquer que sejam as fraquezas humanas envolvidas, o plano de Deus se cumprirá.

"Se és o Filho de Deus" – Mat. 4:1-7
Falamos muitas vezes sobre o grande conflito entre Cristo e Satanás, no contexto do que acontece em nosso mundo. Evidentemente, nunca vemos a batalha real entre eles; vemos o grande conflito, em seu lugar, em diversas manifestações secundárias, como o que acontece mesmo em nosso próprio coração.
Mas na tentação de Jesus no deserto, vemos o grande conflito entre Cristo e Satanás literalmente, na mais pura forma – Cristo contra Satanás, Satanás contra Cristo, sem intermediários. Aqui, alguns dos assuntos fundamentais do grande conflito são apresentados de maneira tão clara quanto possível. Não há símbolo nem código secreto para interpretar, não há suposição sobre quem está de que lado. O que temos o privilégio de ver é a essência do grande conflito, Cristo contra Satanás, ponto final.
Outro ponto importante a respeito do grande conflito, como se manifesta aqui, é a sutileza de Satanás. Ele não tentou usar violência ou força contra Cristo. Ele não O ameaçou com violência, prisão ou qualquer coisa que poderia tê-lo desmascarado ou revelado seus propósitos. Ao invés, ele trabalhou com sutileza, delicadeza, citando até a Bíblia em resposta às referências de Cristo às Escrituras, apesar de torcer de propósito a Palavra. Ele citou uma promessa divina do Salmo 91:11 e 12 e desafiou Cristo a contar com aquela promessa. Note, porém, que ele omitiu as palavras "para que o protejam em todos os seus caminhos". "Para estabelecer o verdadeiro significado das palavras citadas do Salmo 91 e provar que o diabo se afastara delas, Jesus citou outra passagem, Deut. 6:16, cujo contexto demonstra as circunstâncias sob as quais se pode reivindicar a bênção de Deus.

Se me adorares – Mat. 4:8-10
A adoração é a prerrogativa exclusiva de Deus. É o único fator que faz distinção perpétua entre criatura e Criador, e quando o grande conflito se aproximar do final, o assunto da adoração será trazido à superfície de maneira muito dramática, universal.
Aqui Satanás leva o Criador do Universo ao topo de uma montanha e Lhe mostra todos os reinos da Terra. Ele não tenta iludir Jesus com a expressão "Se és o Filho de Deus", mas Lhe oferece uma coroa sem cruz. Em essência, ele está arrazoando: "Por que toda essa guerra? Por que morrer como um criminoso, em um instrumento de tortura? Que garantia tens realmente de que fazendo assim vais beneficiar alguém? O fato de que Deus o Pai Te enviou aqui para fazer isso prova o que estou dizendo todo este tempo – que Ele é injusto e egoísta". Assim Satanás lançou o ataque final sobre o cansado e solitário Jesus, com a promessa de obter algo sem custo algum.
Note, também, a maneira como Cristo respondeu a Satanás aqui, diferente das outras tentações. Cristo despachou Satanás com uma forma de desprezo. Basicamente, Ele está dizendo: "Eu vim para fazer a vontade de Meu Pai. E vou fazer isso." Uma decisão absoluta de obedecer a Deus é a mais forte resposta às mentiras e enganos de Satanás. Ele deve saber que nossa obediência a Deus não está à venda, nem mesmo por todos os reinos do mundo.

Nazaré: rejeição em casa Lucas 4:16-28
Nazaré era uma cidade menosprezada e ímpia. Ela foi o campo de batalha de Satanás contra o Filho de Deus antes que Ele começasse Seu ministério público, aos 30 anos de idade. Mas o que não conseguiu, quando Jesus viveu em Nazaré, Satanás tentou fazer quando Ele visitou Sua cidade natal pela primeira vez, quase dois anos depois de sair. Note como foi diferente o método de Satanás aqui, em comparação com o que tentou fazer com Cristo no deserto.
Pense como deve ter sido doloroso para Jesus, o Filho do homem, ser rejeitado pelo povo de Sua própria cidade natal. Lucas 4:16-30. Se você enfrenta algo semelhante, talvez a rejeição da família ou dos amigos por causa de sua fé, como você pode obter conforto da experiência de Cristo aqui? Afinal, se o próprio Jesus enfrentou isso, por que alguns de Seus seguidores devem esperar menos?
Enquanto Jesus estava honrando a lei de Deus, declarando submissão ao ler a Palavra de Deus, afirmando o trabalho e missão do Messias e proclamando o cumprimento da profecia que acabara de ler, os líderes religiosos estavam contentes. Mas tão logo Ele afirmou que o reino de Deus não seria limitado ao povo de Israel, os líderes religiosos ficaram enfurecidos, especialmente quando deu a entender que nem todos os que professavam ter a verdade seriam salvos por isso.
"Satanás decidira que os olhos cegos não se abririam naquele dia, nem almas cativas seriam postas em liberdade. Com intensa energia, operou para os confirmar na incredulidade." – O Desejado de Todas as Nações, pág. 238.
Considerando o propósito da nação israelita, que era de proclamar o evangelho ao mundo, por que os líderes ficaram tão desgostosos quando Jesus disse que o evangelho deveria ir também a outros? Aqueles que acreditam que têm a "verdade" podem torcer tanto os ensinos de Deus que seu próprio conceito da "verdade" os torne, de fato, seus inimigos?

Um Rei à força
"Sem dúvida este é o profeta que devia vir ao mundo. Sabendo Jesus que pretendiam proclamá-Lo rei à força, retirou-Se novamente sozinho para o monte." João 6:14 e 15.
Não é surpreendente que o povo judeu quisesse tornar Jesus um rei, na esperança de que Ele subvertesse os romanos. O clima geral da época propiciava um nacionalismo arrogante e violento. O historiador Josefo escreve sobre dois profetas auto-proclamados que buscaram subverter a tirania romana (Antigüidades 20.5. 1; 8.6). Teudas atraiu milhares de judeus para segui-lo ao rio Jordão, onde jurou dividir as águas. Os romanos o esmagaram. O outro foi um egípcio que levou uma multidão para o Monte das Oliveiras. Lá, ele afirmou que por sua palavra os muros de Jerusalém iam desmoronar, e ele ia fundar um reino. Os romanos também abafaram esta insurreição.
A idéia de Cristo como rei terrestre acompanhou todo o Seu ministério. Até Pilatos perguntou a Jesus: "Você é o rei dos judeus?" (João 18:33). Jesus nunca negou que era, mas afirmou que Seu reino não era "deste mundo" (João 18:36). Ele traçou uma linha entre os reinos políticos e o espiritual, o econômico e o moral, o temporal e o eterno, o visível e o ainda não visível. O grande conflito se trava entre esses dois reinos. Enquanto Satanás oferecia a Jesus o primeiro, Ele perseverou em valorizar a cruz – a base do verdadeiro reino.
"Não pelas decisões dos tribunais e conselhos, nem pelas assembléias legislativas, nem pelo patrocínio dos grandes do mundo, há de estabelecer-se o reino de Cristo, mas pela implantação de Sua natureza na humanidade, mediante o operar do Espírito Santo." – O Desejado de Todas as Nações, pág. 509.
"Em nossa própria força, é impossível escaparmos aos clamores de nossa natureza caída. Satanás nos trará tentações por esse lado. Cristo sabia que o inimigo viria a toda criatura humana, para se aproveitar da fraqueza hereditária e, por suas falsas insinuações, enredar todos cuja confiança não se firma em Deus. E, passando pelo terreno que devemos atravessar, nosso Senhor nos preparou o caminho para a vitória. Não é de Sua vontade que fiquemos desvantajosamente colocados no conflito com Satanás. Não quer que fiquemos intimidados nem desfalecidos pelos assaltos da serpente. "Tende bom ânimo", diz Ele, "Eu venci o mundo." (João 16:33)." – O Desejado de Todas as Nações, págs. 122 e 123. 



 Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara




Sem Fronteiras






quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Estudo VI - FÉ EM MEIO ÀS PROVAS




"Eu sei que o meu Redentor vive, e que no fim Se levantará sobre a Terra." Jó 19:25
A Bíblia está cheia de histórias de homens e mulheres afligidos por Satanás. Jó, Abraão, Rute, Daniel e Ester erguem-se entre aqueles que obtiveram vitórias decisivas no grande conflito. Suportando tristezas, dores, confusão, tentação e até a possibilidade da morte, eles avançaram em fé, dispostos a arriscar tudo. Não fizeram isso por possuírem algum poder extraordinário, mas pelo que permitiram que Deus, por Sua graça, fizesse em sua vida, antes e no decorrer das crises que enfrentaram.
Ao estudar a vida dessas pessoas comuns que contribuíram para a história da salvação de modo extraordinário, lembre-se que "o Senhor pode operar com mais eficácia por meio daqueles que se acham mais cônscios de sua própria insuficiência, e que confiarão nEle como seu dirigente e fonte de poder. Ele os tornará fortes, unindo sua fraqueza ao Seu poder, e sábios ligando sua ignorância à Sua sabedoria". ( Patriarcas e Profetas, pág. 553).
Jó: vitória na provação – Jó 19:25-27
Depois de sua segunda provação, "o pesar de o colocou nas encruzilhadas de sua fé, desfazendo muitas concepções errôneas sobre Deus (como: ele faz você enriquecer, sempre o livra das dificuldades e da dor, ou protege seus familiares). Jó foi levado aos fundamentos de sua fé em Deus. Ele só tinha duas escolhas: (1) podia amaldiçoar a Deus e desistir, ou (2) podia confiar em Deus e buscar forças nEle para continuar".
A aflição pode destruir nossa fé se esta não estiver fundada em um relacionamento seguro com Cristo. Ao mesmo tempo, a aflição pode fortalecer a verdadeira fé, que – com base em nossas experiências passadas com Deus – sabe que o único caminho para sobreviver é pôr nossa mão na dEle.

No meio da história de Jó, a confiança que tinha em Deus se revela. Sua declaração nestes versos é ainda mais surpreendente quando percebemos que ele não sabia por que estava sendo provado, e achava que Deus havia provocado tudo o que lhe acontecera. Embora acreditasse assim, ele teve suficiente fé em Deus para confiar que, depois de tudo acabar, Ele estaria ao seu lado. Assim, Jó é uma das primeiras pessoas na Bíblia a expressar fé na ressurreição do corpo.
Abraão: fé no concerto – Gên. 17:1-11; Gên. 22:1-18
O tema do concerto se encontra em toda a Bíblia. Vemos o concerto com Noé, Abraão, Moisés e os profetas, e no livro de Hebreus. Pelo concerto, Deus Se torna nosso Pai celeste, e nós nos tornamos Seus filhos. O concerto começa com Ele e funda uma comunidade de pessoas que O amam, crêem nEle e Lhe obedecem.
Os israelitas deviam dar a Deus não só o próprio corpo, mas também o coração. A circuncisão era uma evidência da fé em Seu concerto e, assim, simbolizava a separação do pecado e um coração purificado de alguém que havia rendido a vontade a Deus. Só depois de fazer assim eles podiam ter fé no concerto em meio às provas e ser vencedores no grande conflito. (Rom. 2:29#; #Rom.4:11 e 12#).
A fé que Abraão possuía passou pela prova mais severa quando Deus lhe ordenou sacrificar Isaque. O mais provável é que Satanás tenha semeado dúvidas em sua mente: "Como ele poderia fazer isso ao próprio filho?" E, se sacrificasse Isaque, como poderia ser cumprido o concerto por meio dele? Além disso, as nações pagãs ao redor dele ofereciam sacrifícios humanos. Deus não o havia chamado para fora desse ambiente e de suas práticas? (Lev. 20:1-5).

Rute: uma estrangeira – Rute 1:16 e 17; Rute 4:13-22
Rute é a bisavó do Rei Davi. Moabita de nascença, ela está na genealogia de Davi e, por meio dele, tem lugar na genealogia de Jesus. (Mat. 1:5 e 6).
Deus não limita o plano de salvação a qualquer grupo em particular (Apoc. 14:6). Ele é Senhor de todos, o Soberano do Universo. Só Ele pode destruir as barreiras que existem entre tantos de nós; barreiras raciais, de nacionalidade, de origem étnica, e até de sexo, barreiras erguidas por Satanás para impedir que o evangelho avance (Efés. 2:11-18; Gál. 3:27-29).
O fato de ser moabita não impediu Rute de aceitar o Deus verdadeiro. O mais provável é que ela tenha aprendido sobre Ele de Noemi e de sua família. Quanto mais as pessoas virem o poder transformador de Deus em nossa vida, menos vantagens Satanás terá no grande conflito.
Leia o Salmo 126:5. A vida de Rute ilustra a veracidade deste cântico. Podemos derramar lágrimas pelos procedimentos injustos de Satanás, mas se nossa fé em Deus estiver forte, nossas lágrimas também devem transformar-se em alegria.

Daniel e seu Amigo Daniel 6 Um do mais fascinantes versos deste capítulo, em especial sob a luz do grande conflito, é o verso 5, que diz, basicamente: Se quisermos fazer mal a este homem, temos que fazer algo que jogue nossas leis contra a lei do Deus dele, porque é claro que ele não vai violar a lei do seu Deus. Em outras palavras, eles sabiam que aqui havia algo que não ia mudar, e essa era a obediência de Daniel a Deus. Então, eles precisaram criar um complô a respeito do que sabiam ser algo que não ia mudar.
Como teria sido fácil para Daniel racionalizar ações que o poderiam ter livrado dessa prova. Afinal, ele poderia ter fechado a janela ou feito algo para ter-se protegido (pelo menos por 30 dias) contra o que era claramente uma lei dirigida contra ele. Mas, por qualquer razão, Daniel decidiu fazer "o que costumava fazer".
Olhe para os dois lados do assunto, aqui. Daniel poderia ter sido justificado por tomar certas precauções – sem comprometer sua fidelidade a Deus – que o protegessem? Ele tinha que fazer as coisas exatamente como sempre fazia? Ou, se agisse por medo, a mudança teria comprometido sua fé? A prudência deveria ter mandado que ele tomasse precauções simples para evitar problemas legais? O exemplo de Daniel significa que os crentes, qualquer que seja o caso, não devem tomar atitudes que evitem problemas potenciais com as autoridades?

Ester e o rei – Ester 4:13-17
A palavra "Deus" não aparece no livro de Ester, mas, do começo ao fim, mostra como Deus pode organizar os eventos de forma a ajudar os que são fiéis a Ele. Hamã, sem dúvida inspirado por Satanás, planejou matar os judeus. Mas Mardoqueu e Ester reverteram a situação em que se encontravam para a libertação de seu povo.
Duas expressões no livro são de interesse especial ao cooperarmos com Deus na batalha contra Satanás: 1- "Quem sabe se não foi para um momento como este que você [Ester] chegou à posição de rainha?", e 2- "Se eu [Ester] tiver que morrer, morrerei" A primeira indica que em algumas ocasiões Deus poderia dar a alguns de nós um papel especial no grande conflito, em um tempo específico. A segunda destaca que a fé em Deus não é fé se não estiver disposta a arriscar tudo por Ele.

Já se disse que caráter é destino. Vemos isso claramente na história de Ester. E embora, como cristãos, creiamos que nosso destino final depende unicamente do caráter perfeito de Jesus – a justiça perfeita que Ele preparou para nós por Sua vida e atribui a todos os que O aceitam pela fé – a Bíblia vez após vez mostra que os traços pessoais de caráter têm grande participação em nosso destino mais imediato, de maneira que não podem ser separados de nosso destino final. Não admira que a Bíblia mostre como precisamos da santidade e do desenvolvimento do caráter em nossa vida.
"Por Seus agentes escolhidos, Deus vai tornar conhecidos Seus propósitos. Então, a principal obra de redenção vai avançar. Os homens vão ser informados de que o Messias, por Seu sacrifício, trouxe redenção do pecado e justiça eterna. A cruz do Calvário é o grande centro. Esta verdade, recebida e aceita, vai tornar eficaz o sacrifício de Cristo. Foi isso que Gabriel revelou a Daniel em resposta à sua fervorosa oração. ... Pela humilhação da cruz, Ele iria trazer libertação eterna a todos os que O seguissem, dando evidência positiva de que estão separados do mundo." 



Reproduzido Por: Dc, Alair Alcantara




Sem Fronteiras











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