quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Depois do Calvário, o Sepulcro Vazio – Júbilo de Páscoa

Depois do Calvário, o Sepulcro Vazio – Júbilo de Páscoa
“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6.5).

Através da morte de Jesus abriu-se a porta do céu para nós

Os três dias entre a Sexta-Feira da Paixão e a Páscoa, entre a morte e a ressurreição de Jesus, não são apenas os dias mais importantes da Sua vida, mas também os mais importantes para toda a humanidade. Se esses dois acontecimentos não tivessem ocorrido, seríamos as criaturas mais miseráveis do mundo. Não teremos vida eterna no céu a não ser que entreguemos nossas vidas a Jesus durante nossa existência terrena. Que permuta abençoada! Você está disposto a entregar ao Senhor sua vida pecaminosa? Em troca Ele lhe dará Sua vida eterna! De outro modo, Jesus não precisaria ter suportado a crucificação por nós. Prezado leitor, tenha consciência disto: a morte e a ressureição de Jesus têm conseqüências pessoais para seu futuro eterno. Pense no caminho de salvação pelo qual Deus conduziu Israel no passado, e que teve cumprimento em Seu Filho Jesus. Avalie as implicações para sua vida e tome uma decisão!
A festa judaica de pessach é uma festa memorial da noite anterior à libertação do cativeiro e da escravidão no Egito, que duraram 430 anos. Na foto, o prato tradicional da seder (ceia pascal).


Nosso modelo: o procedimento de Deus com Israel

Israel comemora na páscoa (pessach) o que nós lembramos na Sexta-Feira da Paixão. Mas, infelizmente, Israel ainda não entende a Páscoa. A festa judaica de pessach é uma festa memorial da noite anterior à libertação do cativeiro e da escravidão no Egito, que duraram 430 anos. Deus havia ordenado ao povo da Sua aliança que passasse o sangue de um cordeiro nas ombreiras e vergas das portas de suas casas, para poupar da morte os primogênitos dos hebreus, levando-os à libertação do jugo egípcio. Com esse sangue Israel foi protegido do juízo de Deus sobre o Egito e salvo para partir em liberdade. Isso teve grande significado profético, pois assim Deus anunciou nossa salvação a ser realizada no Calvário.
Deus ordenou ao povo da Sua aliança que mantivesse viva a lembrança dessa libertação maravilhosa e comemorasse anualmente a festa da páscoa como recordação. Essa maravilhosa história é contada no livro do Êxodo. Também Jesus sempre comemorava a festa da páscoa. Da última vez, Ele a comemorou consciente de Sua morte iminente, quando Ele próprio seria o Cordeiro Pascal, conforme a vontade de Seu Pai.
Assim como a salvação de Israel aconteceu por meio de um sacrifício de sangue, é necessário o sangue de Jesus para nossa salvação eterna. Deus disse ao povo da Sua aliança: “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv 17.11). Hebreus 9.22 confirma: “...sem derramamento de sangue, não há remissão”. Precisamos ter em mente: o perdão dos nossos pecados sempre depende do sangue expiatório inocente. Essa é a eterna e imutável lei de Deus!
Por essa razão, na Antiga Aliança foram derramados rios de sangue de animais, conforme as leis dos sacrifícios. Esse sangue cobria o pecado, mas não podia eliminá-lo. Incontáveis animais inocentes morreram pelas pessoas. Que coisa desagradável, brutal e macabra! Mas para Deus o pecado é ainda mais repugnante, brutal e macabro! E naturalmente a morte de animais inocentes tinha de acontecer por imolação. Quando se conta essa história às crianças, inevitavelmente elas dizem que os animais inocentes não tinham culpa e sentem pena deles. Certo! Mas justamente esse é o significado do sacrifício. Trata-se de bem mais que um simples ritual, porque somente sangue inocente pode produzir expiação. Jesus estava disposto a oferecer Sua vida singular, inocente e santa em sacrifício no altar. Por você e por mim! Só por esse caminho foi possível realizar a expiação pelos seus e pelos meus pecados. Isto não existe em nenhuma outra religião: plena libertação do fardo do pecado. A Epístola aos Hebreus explica a respeito de Jesus: “Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção” (Hb 9.12).
A ceia pascal (seder) durante a época do segundo templo (desenho do “Instituto do Templo”, Jerusalém).

A morte de Jesus não é algo vago

Em outras palavras: a morte de Jesus não deve deixar indiferentes, neutros ou apáticos nem aos judeus nem aos gentios, nem a você nem a mim. Pois, em primeiro lugar, a morte de Jesus está diretamente relacionada com nosso pecado e, em segundo lugar, todos nós teremos de comparecer diante dEle e prestar contas de nossos atos e das nossas omissões.
“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte...” Você já meditou a respeito do Calvário, também chamado de Monte da Caveira, onde Jesus expirou com as palavras “Está consumado!”? É algo profundo e emocionante lembrar desse lugar tão significativo! Mas meditar e chorar pelo fato histórico da morte brutal de Jesus não é nada mais que uma emoção passageira, se você não estiver completamente identificado com Jesus, caso você não se tenha tornado um com Cristo em Sua terrível morte. Isso vale para todos nós, independentemente do lugar em que vivemos. A Bíblia Viva diz em Romanos 6.5: “Vocês são agora uma parte dEle, e assim é que morreram com Ele, por assim dizer, quando Ele morreu, e agora participam da sua vida nova, e ressuscitarão como Ele ressuscitou.” Para você (e naturalmente também para mim) isso significa, falando de maneira bem simples: é preciso tornar-se um com Cristo em Sua morte. O que quer dizer isso? É preciso ser crucificado? Não! Alguém já fez isso por você! O apóstolo Paulo diz: “sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (Rm 6.6), e: “Estou crucificado com Cristo” (Gl 2.19).
Quem recebeu de Jesus o perdão de seus pecados e uma nova vida, tem a imperiosa necessidade de agradecer ao seu Salvador e, mais ainda, de ficar íntima e eternamente em comunhão com Ele. Essa é a característica de uma conversão verdadeira. Uma pessoa renascida reconhece pelas Sagradas Escrituras que tem a possibilidade e a obrigação de entregar sua vida na morte de Jesus. Por exemplo, quando um crente é batizado e submerso nas águas, isso significa simbolicamente para ele: “Estou sendo batizado na morte de Jesus no sepulcro das águas. Entrego à morte minha natureza adâmica pecaminosa. Separo-me de minha velha vida de pecados e vou levantar na certeza da ressurreição. Sepultado com Cristo, ressurreto com Cristo!” Isso é salvação! Isso é certeza de salvação! “Quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16.16). Porém, o batismo em si não tem poder de salvar e também não nos torna “melhores”, pois a fé em Jesus Cristo é a condição para a salvação. “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6.4). A morte de Jesus, portanto, não deve continuar sendo indiferente para nós, ela não deve nos deixar apáticos, mas precisa manifestar-se em nós de maneira salvadora pela entrega consciente de nossa vida ao Salvador.

“...certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”

Desviemos nosso olhar do Calvário para o sepulcro. Ele está aberto, a pedra se foi. Pode-se entrar. Nem o cadáver nem os ossos foram jamais encontrados ali dentro, pois o sepulcro estava vazio. “Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mt 28.5-6). Mais tarde Ele apareceu a Seus discípulos temerosos, sem censurá-los por não terem sido fiéis até o fim. Ele colocou-Se em seu meio saudando: “Shalom! Paz!”
Jesus, que esteve antes dependurado na cruz, rompeu as correntes da morte e saiu do sepulcro como herói ressurreto. Que enorme poder foi manifestado ali! Jamais, no Universo inteiro, havia entrado em ação uma energia tão grande, milhões de vezes superior a qualquer energia atômica. A morte, o último inimigo, foi vencida por Jesus! Todos os descendentes de Adão estavam sujeitos a ela, que fazia da terra um cemitério. Muitos ignoram a morte, lançando-se em prazeres, agitação e euforia. Outros lutam desesperadamente contra a morte, mas ela prende a todos em sua maldição. Quaisquer tratamentos de rejuvenescimento, toda a revolta contra a morte, qualquer resistência, são inúteis: a morte alcança a todos com implacável certeza: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12). “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto o juízo” (Hb 9.27). Jamais conseguiremos avaliar a profundidade dos sofrimentos da morte de Jesus. Nunca poderemos entender a gravidade da ira de Deus sobre o pecado, a gravidade do juízo que Jesus tomou sobre Si. Esse foi o preço que Ele pagou pela vitória da ressurreição: “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade” (Hb 5.7). A Bíblia Viva diz: “Ainda mais, enquanto estava aqui na terra, Cristo suplicou a Deus, orando com lágrimas e agonia de alma ao único que O salvaria da morte (prematura). E Deus ouviu as orações dEle por causa do seu intenso desejo de obedecer a Deus em todos os momentos.” O profeta Isaías já profetizou 700 anos antes: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.4-5).
Quando um crente é batizado e submerso nas águas, isso significa simbolicamente para ele: “Estou sendo batizado na morte de Jesus no sepulcro das águas. Entrego à morte minha natureza adâmica pecaminosa. Separo-me de minha velha vida de pecados e vou levantar na certeza da ressurreição. Na foto: batismos no rio Jordão.

Como foi grande o Seu amor por nós, fazendo-O tomar o amargo cálice do sofrimento até a última gota! Só isso levou ao triunfo: “vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem” (Hb 2.9). Ele fez isso por você e por mim! Será possível que um amor tão grande deixe você indiferente?
Desde o Calvário, todos os filhos de Deus são incluídos no triunfo da ressurreição de nosso Salvador Jesus Cristo: “...o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (2 Tm 1.10). Quem nasceu de Deus é participante da ressureição e da vida eterna na glória: “Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente” (Jo 8.51). Um ser humano jamais poderia afirmar algo assim a respeito de si mesmo. Mas essas são palavras ditas na autoridade suprema e com o poder dAquele que venceu a morte.
Agora a morte não consegue mais reter nenhum filho de Deus. Aqueles que são propriedade de Jesus, que têm fé no Senhor, não verão a morte nem o inferno quando falecerem. Nem o purgatório ou algum “fogo purificador” são mencionados em qualquer parte da Palavra de Deus. Caso existisse essa possibilidade após a morte, Jesus nos teria informado a respeito. Mesmo ao malfeitor na cruz o Senhor disse: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Se morrermos na fé em Jesus Cristo, estaremos com o Senhor e ficaremos eternamente com Ele. Se não morrermos no Senhor, então as orações também não nos levarão ao céu, pois entre o céu e o inferno existe um abismo intransponível. Encontramos a confirmação desse fato na história do rico e de Lázaro no Evangelho de Lucas, capítulo 16.

Júbilo de Páscoa

Quaisquer tratamentos de rejuvenescimento, toda a revolta contra a morte, qualquer resistência, são inúteis: a morte alcança a todos com implacável certeza: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12).

Paulo, o apóstolo judeu, estava seguro em sua esperança eterna ao dizer: “Estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2 Co 5.8). Então, se você é propriedade de Jesus, alegre-se, pois vale para você aquilo que Jesus falou a Seus discípulos: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar” (Jo 14.1-2). Portanto, não se assuste, prezado filho de Deus, e não tenha medo do sepulcro! Se viveu no Senhor, você também vai morrer no Senhor, e ressuscitará quando a trombeta soar. Então também o seu sepulcro estará vazio! Quem foi crucificado com Cristo também ressuscitará com Ele: “Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4.14-16). Esse é o nosso júbilo de Páscoa! O que você ainda tiver de sofrer – sofra-o com Jesus! O Vencedor da morte o conduzirá em Sua vitória para muito além do sepulcro, até a grandiosa glória do céu!

Ressurreição e renascimento de Israel

Em Israel, em Jerusalém, aconteceu o maior erro judiciário de todos os tempos. Um judeu absolutamente inocente, Rei e Messias de Israel, Filho de Deus, foi executado como criminoso. Israel, como povo, até aos dias de hoje ainda está cego e morto em seus pecados, por ter rejeitado o Messias. Preocupa-nos que Israel não conheça a Páscoa, com exceção dos judeus que crêem no Messias. Mas no fim dos dias, quando Israel clamar por ajuda em meio à sua maior aflição, quando Zacarias 12-14 estiverem cumpridos, e quando tiver sido tirado o véu de seus olhos, eles verão Aquele a quem traspassaram – vão reconhecê-lO e aceitá-lO. Esse será o renascimento e a conversão de Israel. Então Israel passará a ser um testemunho confiável e uma bênção para o mundo todo – e nós entoaremos juntamente com eles o júbilo de Páscoa: Jesus vive, e com Ele eu também vivo! (Burkhard Vetsch - http://www.beth-shalom.com.br)


Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara


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Estudo IV - O CONFLITO DESCE À TERRA




"Porei inimizade entre você e a mulher, e entre sua descendência e o Descendente dela; Este lhe ferirá a cabeça, e você Lhe ferirá o calcanhar." Gên. 3:15.
Gênesis 1 e Gênesis 2 dão um quadro do que Deus pretendia que fôssemos e tivéssemos, mas como uma faca na tela de um pintor famoso, os eventos de Gênesis 3 cortam a cena idílica em tiras. Agora, em vez de paz, harmonia e abnegação, testemunhamos raiva, ciúme, orgulho, desobediência, vergonha e culpa – pensamentos, palavras e ações que nunca tinham existido.
Desde esse tempo, as agências do engano e da libertação vêm lutando pelo coração de cada pessoa na Terra. Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e o dilúvio e a Torre de Babel, todos ilustram bem o início dessa luta, os assuntos envolvidos e as forças motivadoras.
Adão e Eva Gên. 2:16 e 17; Gen. 3:1-6
As leis de Deus governam toda a criação. Quando Ele colocou Adão e Eva no Éden, eles estavam sujeitos a Suas leis. A obediência é o primeiro mandamento do Criador e o primeiro privilégio de Suas criaturas. Ela nasce do amor.
"Por causa da intenção de Deus de que o homem teria Sua própria imagem, a árvore era uma necessidade! Não há dimensão moral na existência de um robô; um robô só pode responder ao programa imposto por seu fabricante. Os robôs não têm a capacidade de estimar, habilidade de escolher entre o bem e mal, ou entre o bom e o melhor. Para ser verdadeiramente como Deus, o homem precisava ter a liberdade de fazer escolhas morais e a oportunidade de escolher, por maior que fosse o risco que a liberdade envolvesse." – Richards, The Teacher"s Commentary, pág. 32.
O ateu escocês J.L. Mackie comentou que um Deus onipotente devia ter criado seres livres que só pudessem fazer boas escolhas, e que a liberdade não exigia o potencial de cometer erros. "Se Deus fez homens assim", ele escreveu, "que em suas escolhas livres às vezes preferem o que é bom e às vezes o que é mau, por que ele não poderia ter feito os homens para que sempre escolhessem livremente o bem?" O que está errado neste argumento? Adão e Eva teriam sido verdadeiramente agentes morais livres se não pudessem ter tomado algumas decisões?
Adão e Eva deram uma resposta errada a uma prova espiritual e moral. Deus havia provado Seu amor desinteressado por eles, criando-os à Sua própria imagem e então, confiando-lhes o domínio sobre o restante de Sua criação. Mas eles se submeteram à primeira e maior tentação de todas – o desejo de ser seu próprio deus. Destruíram seu relacionamento com Ele colocando sua vontade contra a de Deus, e assim fazendo, juntaram suas forças com o principal de todos os rebeldes.
O teste que Deus apresentou a Adão e Eva estava relacionado com a lealdade a Deus e a tomada de decisões certas. Obedecer ao Senhor Soberano ou ao usurpador. Abandonar o eu ou apresentar-se como Deus. De que maneira enfrentamos essas mesmas escolhas todo dia, até mesmo nas coisas "pequenas"?

A primeira mentira Gên. 3:1-6
Satanás tenta a todos de muitas formas, mas seu objetivo ao fazer isso é sempre o mesmo: levar-nos a desconfiar e desobedecer a Deus. Seu discurso a Eva é basicamente uma mentira de três partes:
1) Vocês não vão morrer.
2) Seus olhos vão se abrir.
3) Vocês vão ser como Deus.
Como Deus respondeu à queda de Adão e de Eva? Gên. 3:15
Neste pronunciamento está resumido o registro do grande conflito entre Cristo e Satanás, uma batalha que começou no Céu (Apoc. 12:7-9), continuou na Terra, onde Cristo novamente o derrotou (Heb. 2:14), e terminará finalmente com a destruição de Satanás no fim do milênio (Apoc. 20:10).
A inimizade que Deus põe entre a semente da mulher e a semente da serpente também é a maneira como os seres humanos pecaminosos podem voltar a Cristo. Esse caminho não é outro senão a graça divina, a obra do Espírito Santo em nosso coração. Trabalhando em nossa consciência (Rom. 9:1), o Espírito Santo deseja convencer-nos do pecado e levar-nos para a cruz. Assim, Ele nos habilita a odiar o pecado e amar a justiça.

Caim e Abel Gên. 4:1-12; 1 João 3:10-12
Satanás usou Caim no grande conflito para: introduzir um falso sistema de adoração e, provocar ressentimentos entre os seres humanos. As duas intenções envolvem o mandamento do amor - o primeiro para com Deus (#Êxo. 20:3-11#), o segundo para com nossos semelhantes (#Êxo. 20:12-17#, Mat. 22:37-40)..
"Caim e Abel representam duas classes que existirão no mundo até o final do tempo. Uma dessas classes se prevalece do sacrifício indicado para o pecado; a outra arrisca-se a confiar em seus próprios méritos; ...
"A classe de adoradores que segue o exemplo de Caim inclui a grande maioria do mundo; pois quase toda a religião falsa tem-se baseado no mesmo princípio – de que o homem pode confiar em seus próprios esforços para a salvação. Alguns pretendem que a espécie humana necessita, não de redenção mas de desenvolvimento – que ela pode aperfeiçoar-se, elevar-se e regenerar-se. Assim como Caim julgava conseguir o favor divino com uma oferta a que faltava o sangue de um sacrifício, assim esperam estes exaltar a humanidade à norma divina, independentemente da expiação. A história de Caim mostra qual deverá ser o resultado. Mostra em que o homem se tornará separado de Cristo. A humanidade não tem poder para regenerar-se. Ela não tende a ir para cima, para o que é divino, mas para baixo, para o que é satânico. Cristo é a nossa única esperança." (Patriarcas e Profetas, págs. 72 e 73).
Ressentimentos. "Caim atacou seu irmão Abel e o matou". Caim não amava a Deus nem ao seu irmão. Onde não existe amor, o pecado prospera e Satanás se regozija. Caim é um exemplo de como a falta de amor destrói a vida, mas Cristo é o exemplo supremo de como o amor redime a vida.
Noé e o dilúvio
De alguma maneira, entre Gênesis 3 e Gênesis 6, Satanás conquistou tanto terreno no grande conflito que "o Senhor arrependeu-Se de ter feito o homem sobre a Terra, e isso cortou-Lhe o coração". "Porém Noé achou graça diante do Senhor". V. 8, .
As "emoções" de Deus trouxeram o dilúvio. O dilúvio nos diz que Deus Se importa muito com o certo e com a injustiça, que Seu Universo é moral, e que vai castigar os pecadores impenitentes. Porém, por causa de Seu amor pelos pecadores, Ele deu 120 anos ao povo para reconsiderar de que lado queria estar no grande conflito. E enquanto esperavam, eles observavam. A arca cresceu diante de seus próprios olhos como símbolo do evangelho que Deus queria que aceitassem.
O dilúvio é o juízo de Deus contra o pecado. O amor, tanto quanto a justiça, exigia que a Terra fosse limpa do mal. Como o juízo de Deus reflete Sua graça? Gên. 9:9 e 12
Enquanto o juízo de Deus destrói o pecado (2 Pedro 3:5-7), Sua graça e Seu amor procuram o pecador tão longe quanto possível. O amor de Deus é ilimitado, Sua justiça é certa. Para simbolizar esse amor, Deus fez um concerto com Noé na conclusão do juízo (Gên. 9:8-17). Em Sua misericórdia, Deus olhou abaixo para o pequeno punhado de pessoas que saíram da arca, e garantiu nunca mais destruir a Terra inteira por um dilúvio. Como sinal desse concerto, Ele fixou um arco-íris no Céu. Noé não firmou, e nem podia, o concerto e o arco-íris. Por causa da promessa de Deus, temos a garantia de que Sua bondade nunca falha.

A torre de Babel Gên. 11:1-9
A Torre de Babel permaneceu como símbolo de desconfiança na Palavra de Deus. O concerto de Deus com Noé assegurou aos seus descendentes que um dilúvio nunca mais destruiria toda a Terra. Mas eles desconfiaram de Deus e buscaram salvar-se pelas próprias obras.
Os pós-diluvianos "não criam no concerto de Deus de que não mais traria um dilúvio sobre a Terra. Muitos deles negavam a existência de Deus, e atribuíam o dilúvio à operação de causas naturais. ... Um objetivo que tinham na construção da torre era garantir sua segurança em caso de outro dilúvio. Elevando a construção a uma altura muito maior do que a que foi atingida pelas águas do dilúvio, julgavam colocar-se fora de toda possibilidade de perigo. ... Todo o empreendimento destinava-se a exaltar ainda mais o orgulho dos que o projetaram, e desviar de Deus a mente das futuras gerações e levá-las à idolatria." ( Patriarcas e Profetas, pág. 119).
A torre também era um símbolo de desobediência a Deus. Sua ordem na criação e depois do dilúvio era que o povo se espalhasse pela Terra. Mas os construtores de Babel se tornaram seu próprio Deus e buscaram força em seu raciocínio humano defeituoso. Então, uma vez mais, Deus interveio para cumprir Seu propósito. E uma vez mais Satanás ficou derrotado, mudo mesmo, enquanto Deus confundia as línguas dos construtores.
"A torre de Babel era uma grande realização humana, maravilha do mundo. Podemos construir monumentos para nós mesmos (roupas caras, casa grande, carro de luxo, emprego importante) para chamar a atenção para as nossas realizações. Essas coisas podem não ser erradas em si mesmas, mas quando as usamos para nos dar identidade e valor próprio, elas tomam o lugar de Deus em nossa vida”.
Com a queda de Adão e Eva, este mundo se tornou o centro do grande conflito entre Cristo e Satanás. Juntamente com Caim e Abel, Noé e o dilúvio, e a torre de Babel, eles ilustram como o bem e o mal guerreiam para conquistar os corações e as mentes dos seres humanos. As armas de Satanás incluem mentiras sobre Deus, nosso desejo de exaltação própria, falsos sistemas de adoração e ressentimento entre os seres humanos. Mas Gênesis 3:15 nos diz que a arma de Deus – a graça divina, formando e moldando o coração humano pelo trabalho do Espírito Santo – vai prevalecer. 



Reproduzido Por: Dc, Alair Alcantara


Sem Fronteiras




quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Estudo III - OS ADVERSÁRIOS




"Eu sou a luz do mundo. Quem Me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida." João 8:12
Muitas metáforas do Novo Testamento descrevem os adversários no grande conflito. Um estudo dessas figuras nos ajudará a entender melhor a natureza do conflito. Eles são Emanuel Deus Conosco – contra o leão devorador; o Senhor da luz contra o príncipe das trevas; o Deus da verdade contra o pai da mentira; Cristo contra o anticristo. Um é o Pastor, o outro é um lobo.
Devemos ser capazes de ver, também, que não há compromisso entre estes dois contendores. As questões entre eles são muito profundas, muito divisoras, muito contraditórias para permitir qualquer tipo de trégua, qualquer tipo de síntese dos lados em algum acordo, como freqüentemente acontece entre as nações. Ao contrário, é um lado completamente bom lutando contra outro lado completamente mau em uma batalha em que só um ou outro pode vencer. Não existe meio-termo entre eles, nem possibilidade de cooperação. Quando terminar a batalha, a vitória será completa e incondicional, com um lado, o nosso lado – sob as ordens do Senhor Jesus – desfrutando os resultados de uma batalha na qual todos tomamos parte, mesmo que Jesus tenha sido o vencedor decisivo para nós dois mil anos atrás.

Deus conosco – Mat. 1:23; 1 Ped. 5:8
Quando Deus expulsou Satanás do Céu, este tomou sobre si a tarefa de enganar o mundo inteiro (Apoc. 12:9). Com a queda de Adão e Eva, Satanás tornou este mundo um campo de batalha em que os adversários lutam a respeito dos assuntos que estudamos no tema 2.
Como fez com Eva, Satanás freqüentemente finge ser nosso aliado. "Ele freqüentemente parece um anjo de luz, assumindo ares amistosos, apresentando tentações peculiares, que é difícil para o inexperiente suportar." – Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, pág. 207.
A própria experiência de Pedro com Satanás certamente o capacitou a descrever nosso inimigo como um leão que ruge buscando sua presa. Na última Páscoa juntos, Jesus disse a Pedro que Satanás iria perseguir seus passos (Lucas 22:31). Realmente, antes que a noite terminasse, Pedro negou seu Senhor e Salvador não uma vez, mas três vezes. Jesus, porém, não o deixou sem esperança. Logo depois de lhe dizer que Satanás desejava vencê-lo, Jesus disse: "Mas Eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos".
Satanás reivindicou este mundo como seu (Mat. 4:8 e 9; João 14:30), mas Deus nos enviou Seu Filho. Nascido como um bebê, Ele Se tornou "Emanuel, Deus conosco". Ele tomou sobre Si nossa natureza humana, e nessa natureza Ele esmagou Satanás.

O Senhor da luz contra o príncipe das trevas
"Falando novamente ao povo, Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem Me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida". João 8:12.
No princípio da criação, Cristo, o Criador, disse: "Haja luz". Gên. 1:3; João 1:1-5. Assim, Ele dispersou as trevas de sobre a Terra. O mesmo Cristo agora anuncia que é a luz do mundo – uma luz que veio para dispersar a escuridão moral e espiritual que tomou conta do mundo como resultado do pecado.
Alguém disse que nem toda a escuridão do mundo pode cobrir ou esconder a luz de uma única vela. Da mesma maneira, não importa quão "escura" seja a nossa situação, Jesus está à nossa disposição, a Luz, para nos retirar das trevas, se estivermos dispostos voltar-nos a Ele.
Existe algo absoluto no fato de o Pai e Cristo serem a Luz. Porque, se a luz é o que o Pai e Cristo são, não pode haver o menor traço de trevas nEles (1 João 1:5). Por ser a luz o contrário das trevas, Cristo é, por natureza, o contrário de Satanás, o príncipe das trevas. Assim como a presença da luz dispersa a escuridão, a presença de Cristo assegura a derrota de Satanás.

O Deus da verdade contra o pai da mentira - João 14:6
João 14:6 é uma declaração profunda, que não foi feita por distração ou por motivos egoístas. Ele não veio apenas para mostrar a verdade sobre Deus o Pai, sobre Satanás, o pecado ou a redenção; Ele é a verdade. Por ser a encarnação da verdade, Ele é o único caminho para o Pai e a única fonte de vida eterna.
A verdade é a realidade divina – o que Deus é, o que faz e como Se relaciona com Suas criaturas. Muitos já especularam sobre o que é a verdade. Com a própria Verdade na sua frente, Pilatos perguntou: "Que é a verdade?" (João 18:38). Existem muitas respostas diferentes, e Satanás encanta-se com todas elas, porque são todas armas de seu arsenal. Mas o Criador tem a última arma. Jesus diz que Ele é a verdade (João 14:6). A Verdade vestiu trajes humanos e conhecê-Lo é conhecer o Pai e ter a vida eterna (João 14:9; João 17:3).
Jesus é a verdade; Satanás é o pai da mentira. O contraste é evidente. Porém, em nossa própria vida, a linha pode não parecer tão clara, especialmente quando nos achamos em posições em que a tentação de mentir, mesmo para um "bem maior", é muito atraente.
Cristo contra o anticristo Mat. 16:13-17; 1 João 2:18-23
Um dos assuntos do grande conflito trata da posição de Cristo no Céu. Satanás recusou-se a reconhecer que Cristo é igual ao Pai. Desde sua expulsão para o nosso mundo, ele combate esse assunto com vigor muito maior. Satanás tentou usurpar o papel que pertence só a Cristo. Esta ação se manifesta de várias maneiras, pelo próprio Satanás ou por seus representantes. Veja Isa. 14:13 e 14; Ezequiel 28:2,6; #2 Tessalonicences 2:3,4#.
1 João 2:18-23 fala do anticristo tanto no singular como no plural. A referência singular é a Satanás, o anticristo original, que desde o início da guerra se opôs a Cristo.
Satanás também trabalha contra Cristo e Seu papel na redenção por alguns agentes e sistemas humanos.
"Anticristo" não significa apenas "contra Cristo" mas, de fato, "em lugar de Cristo".
Jesus Cristo é a Palavra eterna, a segunda Pessoa da Divindade – coexistente, coeterno e igual a Deus o Pai. Jesus não era um ser criado, mas existia desde a eternidade com o Pai. Assim, Ele está em uma categoria totalmente diferente de qualquer ser criado. Como parte da Divindade, Ele é o Criador; todas as coisas e todas as outras pessoas, inclusive Lúcifer, são seres criados. Então, a diferença entre Cristo e Satanás é, de certo modo, a diferença entre o finito e o infinito. Como Pedro, Satanás está plenamente ciente da posição de Cristo; mas, ao contrário de Pedro, ele constantemente tenta usurpar essa posição, de uma forma ou de outra.
Em Mateus 6:24, Jesus disse: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro." Se você quiser encarar com seriedade e honestidade sua própria vida, em suas próprias prioridades, a qual desses dois mestres você poderia dizer que está servindo?
O pastor contra o lobo João 10:11-15
Com muita freqüência, o assalariado está interessado apenas no dinheiro que vai ganhar, mas um bom pastor não trabalha só pela compensação. O pastor ama as ovelhas, e elas lhe pertencem. Igualmente, Jesus não está só nos resgatando por interesse próprio. Ele nos ama tanto que realmente morreu por nossos pecados. Foi Seu amor por nós que levou Cristo a assumir a cruz. Ele morreu porque quis morrer e, assim, transformou um instrumento que os governos terrestres usavam para aplicar a pena de morte em um instrumento que o governo celeste utilizou como símbolo da vitória sobre o pecado, sobre a morte e sobre Satanás.
Entre o rebanho e o perigo está o Bom Pastor. O único objetivo do lobo é devorar a ovelha. O que estamos fazendo que dificulta para o Pastor dar-nos a proteção que nos quer dar? O que podemos fazer para colocar-nos melhor sob a proteção que o Pastor bondosamente nos oferece.

"Não há outra base de paz senão essa. A graça de Cristo, recebida no coração, subjuga a inimizade; afasta a contenda, e enche o coração de amor. Aquele que se acha em paz com Deus e seus semelhantes, não se pode tornar infeliz. Em seu coração não se achará a inveja; ruins suspeitas aí não encontrarão guarida; o ódio não pode existir. O coração que se encontra em harmonia com Deus partilha da paz do Céu, e difundirá ao redor de si sua bendita influência." O Maior Discurso de Cristo, págs. 27 e 28. 


Reproduzido Por: Dc.Alair Alcantara


Sem Fronteiras




terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Estudo II - OS TEMAS DO GRANDE CONFLITO




"Você não crê que Eu estou no Pai e que o Pai está em Mim? As palavras que lhes digo não são apenas Minhas. Ao contrário, o Pai, que vive em Mim, está realizando a Sua obra." João 14:10
DEIXE QUE DEUS SEJA DEUS. Embora a Bíblia não dê uma explicação sistemática dos assuntos em questão no grande conflito, podemos entender no retrato bíblico global que esses assuntos se concentram no caráter de Deus e em torno da lei de Deus, que revela esse caráter.
Deus é infinito e nós somos finitos; Deus é onipotente e nós somos fracos. Somos mortais no estudo de um mistério divino. Deus é santo; nós somos pecadores. Vamos tirar os sapatos (Êxodo 3:5,6) ao buscarmos entender os modos como Sua graça e amor são as principais armas de Deus no grande conflito.
A Lei de Deus
"O dragão irou-se contra a mulher e saiu para guerrear contra o restante da sua descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus." Apoc. 12:17.
Se Satanás faz guerra contra o povo de Deus porque este é fiel à Sua lei, podemos concluir que um dos assuntos do grande conflito é essa lei.
A Bíblia diz que "todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei". 1 João 3:4. Mas pecado é mais do que ilegalidade. Leia o Salmo 40:8. Esse texto messiânico identifica os princípios da lei de Deus com Sua vontade pessoal. Pecado, então, também é rebelião contra o próprio Deus.
Então, quando 1 João 3:8 diz que "o diabo vem pecando desde o princípio", parece que desde o começo do grande conflito Lúcifer se rebelou contra Deus, questionando a necessidade de se obedecer à Sua lei.
O caráter e a autoridade de Deus- 2 Crônicas 20:6; Dan. 7:14; João 3:16
A palavra que o Novo Testamento usa para descrever o amor de Deus é agape. Ela significa amar em seu sentido mais elevado, pleno e abnegado. Toda a Bíblia retrata o amor de Deus, mas em nenhuma parte com mais clareza do que na cruz. 1 João 4:9 e 10. A lei, a misericórdia, a providência e o juízo de Deus estão todos em harmonia com Seu amor. Até mesmo a ordem que deu a Adão e Eva a respeito da árvore do conhecimento do bem e do mal originou-se desse amor. Deus não apenas ama; Ele é amor. Este amor inclui "misericórdia", "paciência" e "bondade".
Um dos versos mais famosos da Bíblia é 1 João 4:8: "Deus é amor". O que significa isso? Se dissesse que "Deus demonstra amor" ou que "O amor é uma manifestação do caráter de Deus", seria mais fácil entender. Mas "Deus é amor"? O amor é uma emoção, um princípio, ou (para ser mais técnico) é uma reação química específica no cérebro? Como, então, entendemos a idéia de que Deus é amor?
Em João 8:44, Jesus declara que "desde o princípio", Lúcifer foi mentiroso e assassino. Deste modo, ele estava violando a lei de Deus (Êxodo 20:13,16), que, em essência, é Seu caráter. Mas a quem ele matou ou mentiu "desde o princípio" (isto é, antes de ser expulso do Céu)? Tanto Jesus como João declaram que a ira e o ódio são as forças motivadoras do assassinato. Mat. 5:21 e 22; 1 João 3:11-15. Então, em João 8:44, Jesus aparentemente está mencionando as emoções que Lúcifer estava abrigando no coração ao espalhar mentiras no Céu sobre o caráter de Deus. Na realidade, ele estava "assassinando" a Deus .
Deus o Filho – Mat. 4:8-11; João 14:10
No Céu, Satanás procurou obter para si mesmo a adoração que só Deus merece. Isa. 14:12-14. E, se não bastasse – na Terra ele tentou conseguir que até o Filho de Deus o adorasse! Em troca daquela adoração, Satanás ofereceu a Cristo "todos os reinos do mundo e seu esplendor".
Mas os reinos do mundo eram realmente dele, para que os oferecesse? Pelo contrário, eram propriedade roubada, mas por estarem em suas mãos, Satanás propôs negociar com eles para tirar proveito. Cristo era o verdadeiro dono, e Sua propriedade estava baseada no fato de que Ele criou todas as coisas. (João 1:3). Ele nunca abdicou de Seus direitos.
O que torna Cristo (e não Satanás) o verdadeiro "dono" deste mundo? Col. 1:16
A idéia de que Cristo é o proprietário do mundo está relacionada com a última das três tentações de Jesus, onde Sua condição como Deus, o Filho, o Criador, é outro tema do grande conflito:
1. Satanás disputou a posição inigualada de Cristo.
2. Satanás tinha inveja da posição de Cristo na divindade, e na Terra achou que poderia fazer Cristo curvar-Se perante ele.
3. Satanás sabia que só Deus é digno de adoração e que, como Deus o Filho, Cristo é digno da adoração de todos os seres criados. Se o adorasse, Cristo estaria expondo dúvidas quanto à Sua própria posição na Divindade.
4. A missão de Jesus era recuperar para o Pai a "propriedade roubada" por Satanás, derramando Seu sangue pelo pecado.

Satanás, Jesus disse, é um mentiroso; ele é também o "acusador de nossos irmãos". Quais são algumas das acusações que Satanás faz contra nós? Ele tem mesmo que mentir a nosso respeito? A verdade de nossos atos não é suficiente para nos condenar? Neste caso, qual é nossa única defesa contra essas acusações?
Até o observador casual pode ver que dilema o pecado deve ser para Deus. Ele não ama menos Suas criaturas porque pecaram (Oséias 11:8). Mas como um Deus santo pode ser fiel à Sua própria natureza quando perdoa o pecador? A seguinte ilustração nos ajuda a entender:
Martinho Lutero sonhou que estava diante do trono do juízo de Deus, onde Satanás estendia uma longa lista com um cuidadoso registro dos incontáveis pecados de Lutero. Com grande intensidade, o acusador argumentava diante de Deus: "Este homem não pode entrar no reino. Ele transgrediu os mandamentos inúmeras vezes. Ele merece a morte. Ele não pode entrar no Céu onde só os leais e os obedientes vivem." Martinho Lutero, então, ordenou que Satanás tirasse a mão da frente da lista. Satanás disse: "Não!" Lutero novamente ordenou que tirasse a mão, e novamente o diabo recusou. Finalmente, Lutero disse: "Em nome de Jesus Cristo, retire a mão." Satanás então tirou a mão da lista, e estava escrito: "O sangue de Jesus Cristo limpa Martinho Lutero de todos os seus pecados."
Aqui está o mistério da cruz, o mistério de como Deus pode ser justo e misericordioso. Na cruz, Ele derramou Sua justa indignação contra o pecado. Esta é a justiça de Deus. Mas Ele a derramou sobre a pessoa de Jesus, não sobre nós, que merecíamos aquele castigo. Esta é a misericórdia de Deus. Assim, foi pela cruz, e só pela cruz, que Deus foi capaz de ser justo e misericordioso ao mesmo tempo.
As prerrogativas de Deus – Deut. 10:12 e 13; Mat. 7:21; Apoc. 14:7
Quando entendermos (no que for possível) o que Deus fez por nós, quando aceitarmos Suas atividades em nosso favor e as aplicarmos à vida com a ajuda do Espírito Santo, poderemos temer a Deus. Temer a Deus significa buscá-Lo com temor e reverência, ser completamente leais a Ele e render-nos totalmente à Sua vontade. Veja Deut. 4:10.
"O Criador do Universo é o verdadeiro e único objeto de adoração. Nenhum homem ou anjo é digno de adoração. Esta é uma prerrogativa exclusiva de Deus. Ser criador é uma das características do verdadeiro Deus, em contraste com as deidades falsas (Jer. 10:11 e 12). O chamado para adorar a Deus como Criador tornou-se especialmente atual nos anos que seguiram a pregação inicial da mensagem do primeiro anjo, por causa da rápida expansão da teoria da evolução. Além disso, o chamado para adorar ao Deus do Céu como Criador de todas as coisas permite entender que deve ser dada atenção devida ao sinal das obras de criação de Deus – o sábado do Senhor. Tivesse o sábado sido guardado como Deus pretendia, este teria servido como grande proteção contra a infidelidade e a evolução." – SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 828.
Na raiz do grande conflito estão envolvidos vários assuntos. Alguns desses assuntos incluem a lei de Deus, Seu caráter e Sua autoridade, Sua justiça e Sua misericórdia, Suas prerrogativas e a posição de Seu Filho, Jesus. Satanás levantou essas questões quando ainda era um anjo de luz no Céu, e ainda está trazendo esses assuntos globalmente e em nossa vida pessoal. Mas graças a Deus por Seu amor e misericórdia – duas armas indestrutíveis na disputa contra o pecado. 


Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara




Sem Fronteiras






Testemunho de Conversão de Sylvester Stallone


Sylvester Stallone, famoso pelos filmes “Rocky” e “Rambo”, voltou a suas raízes cristãs, numa experiência de conversão que ele diz o libertou das pressões do mundo.

“Quanto mais vou à igreja”, disse Stallone, de acordo com o boletim CitizenLink de Focus on the Family, “e quanto mais me entrego ao processo de crer em Jesus e escutar Sua Palavra e deixá-Lo me guiar no que faço, mais sinto como se as pressões sumissem de cima de mim”.

No filme de Stallone, Rocky Balboa, o último na série de filmes “Rocky”, ele reflete sobre seguir Cristo e não sobre enfrentar batalhas sozinho.

É como se [Rocky] estivesse sendo escolhido, como se Jesus estivesse sobre ele, e como se ele fosse o cara que viveria sempre o exemplo de Cristo”, Stallone disse numa conferência com pastores e líderes religiosos no ano passado. “[Rocky agora] é muito, muito perdoador. Não há amargura nele. Ele sempre vira a outra face. É como se sua vida inteira fosse sobre servir”.

“Fui criado num lar cristão, e aprendi a fé cristã e fui até onde consegui”, disse Stallone. “Até que um dia, sabe, entrei no tão chamado mundo real e conheci a tentação. Praticamente me desviei do caminho e fiz uma porção de escolhas erradas”.

Stallone disse que ele quer comunicar para as audiências a importância de freqüentar a igreja e receber apoio no compromisso de viver a fé cristã.

“Precisamos ter a experiência e a orientação de outra pessoa”, disse ele. “Não podemos treinar a nós mesmos. Sinto do mesmo jeito acerca do Cristianismo e acerca do que a igreja é: A igreja é a academia de ginástica da alma”.

A estória de um Rocky que sente culpa espiritual e lê a Bíblia antes de cada luta foi escrita pela própria experiência de vida do ator, disse Stallone.

“A maior parte dos meus filmes anteriores era cheia de sangue”, ele declarou para o jornal San Francisco Chronicle. “Eles eram os resultados criativos de minha juventude, quando meu casamento não estava indo bem e me sentia seduzido pelas tentações de Hollywood”.

“Precisei realmente passar por meus testes e tribulações”, ele disse, “antes que eu pudesse ser homem o suficiente para saber escrever o tipo de estória que ‘Rocky Balboa’ é”.

Stallone desenvolveu um kit de recursos grátis para líderes, em associação com Motive Entertainment, para ajudar os pastores e líderes de igreja a utilizar a mensagem cristã do filme. O kit inclui um guia de líderes (grátis por download) que lida com as questões de coragem, integridade, fé, vitória e propósito, relatou o jornal Christian Examiner. O guia tem várias abordagens feitas para suprir as várias necessidades dos pastores, líderes de jovem, líderes de ministérios de leigos e pais.

Fonte: Lifesite – Via Portal Gospel
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Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara


Sem Fronteiras



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Estudo I - GUERRA NO CÉU




"Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele." (1 João 4:16) O lugar de habitação de Deus é caracterizado por Seu amor, e todo o que permanece nEle vive de maneira a glorificar o Seu caráter. Mas este é um grande mistério. Lúcifer, um ser angélico, que permanecia na presença de Deus, escolheu questionar o caráter amoroso de Deus. Pouco a pouco, ele passou a espalhar seu descontentamento entre outros anjos, provocando uma "guerra nos Céus. Miguel [Jesus] e Seus anjos lutaram contra o dragão [Lúcifer], e o dragão e seus anjos revidaram. Mas estes [o dragão e seus anjos] não foram suficientemente fortes, e perderam o seu lugar no Céu". Apoc. 12:7 e 8.
Deus e Sua criação perfeita – Gên. 1:31; Sal. 104:24 e 25
No Salmo 34:8, Davi nos convida a "provar" (experimentar) por nós mesmos este aspecto do caráter de Deus. No Salmo 145:7, ele descreve uma ocasião em que as pessoas vão celebrar essa bondade com alegres cânticos: "Comemorarão a Tua imensa bondade e celebrarão a Tua justiça".
O que se aplica à criação na Terra aplica-se a todo o Universo. Se Ele declarou a Terra muito "boa" e a criou sem qualquer inclinação para o mal, seguramente o Céu e seus habitantes refletem esses mesmos atributos.
Embora a origem do pecado seja um mistério, que características em particular ajudaram a trazê-lo à existência? Leia os versos seguintes:
Isa. 14:12-15 Gên. 2:16 e 17; Gen. 3:1-6

Deus pode forçar todas as criaturas do Universo a adorá-Lo; Ele pode forçar todas as criaturas do Universo a obedecer-Lhe; Ele pode forçar todas as criaturas a temê-Lo – mas Ele não pode forçar nem mesmo uma pessoa a amá-Lo. O amor, para ser amor, precisa ser livre. Qual é a relação entre o amor de Deus e a liberdade em sua vida? Como você usa, ou abusa, cada dia, dessa liberdade? Que princípios motivam suas ações? Faça também a si mesmo esta pergunta difícil: "O que você está fazendo com a liberdade que Deus lhe deu?"
De ungido a maligno – Ezequiel 28:12-17
O rei de Tiro era um rei ímpio e um monarca moralmente falido. Usando esse rei como uma metáfora, Ezequiel retrata o rei de todo o mal. Ezequiel 28:12-16 aponta para a queda de Lúcifer, de "querubim ungido" a adversário de Deus.
Antes de sua queda, este ser angelical é descrito como "o querubim cobridor" uma figura relacionada ao propiciatório no santuário. #Êxo. 25:8-22#; Êxodo 37:6-9; Heb. 8:5. Como a iniqüidade surgiu em um ser que ocupava uma posição tão elevada, um ser que foi criado "perfeito"?
A queda de Lúcifer mostra que nem posição eclesiástica nem poder são proteção segura contra o pecado. Essa segurança é encontrada somente quando temos relacionamento com Aquele que cria e sustém. Veja Apoc. 12:11. Assim, até um ser perfeito como Lúcifer precisava manter um relacionamento humilde e submisso com Seu Criador.
O pecado de Lúcifer – Isa. 14:12-15
Os livros de Isaías e Ezequiel foram endereçados aos governantes de Babilônia e de Tiro. Mas alguns detalhes nas duas profecias só podem ser verdadeiros se aplicados a alguém mais poderoso do que esses dois reis humanos. Podemos entender os detalhes das profecias quando entendemos a natureza dos escritos bíblicos. Assim como Deus estava por trás do trono de Davi, em Israel (Isa. 41:21; Efés. 3:15), Satanás estava por trás do trono desses monarcas pagãos. Assim como os reis de Israel deviam refletir as características de seu verdadeiro Rei, os reis de Tiro e de Babilônia exibiam as características da pessoa que os governava. Também, da mesma maneira como os salmos de Davi dão detalhes apontando para o Messias, que não se aplicam a Davi, também essas profecias detalham coisas que não são verdadeiras a respeito dos reis de Babilônia e de Tiro, mas referem-se, ao contrário, apenas a Lúcifer
O título aplicado a Lúcifer em Isaías 14:12 reflete a posição que ele tinha uma vez no Céu como líder dos anjos. Mas, sendo um ser criado, sua posição sempre seria inferior à de seu Criador, Cristo. João 1:1-3; Efés. 3:9; Heb. 1:2. Lúcifer não quis reconhecer este fato. Não importa quanto Deus tenha dado a Lúcifer, obviamente não foi suficiente. Ele queria mais. E era um ser que desde o começo foi criado perfeito! Que advertência a queda de Lúcifer deve ter sobre nós – pecadores, egoístas e defeituosos desde o começo – sobre o perigo da exaltação própria, do orgulho e da cobiça, especialmente quando surgem de modo muito sutil?
As sinistras intenções de Lúcifer – Isa. 14:13 e 14
As reivindicações de Lúcifer começaram no coração – isto é, na mente. Deus criou a mente como a sede de todas as emoções, decisões e ações. Uma mente cheia dos pensamentos de Deus e de Sua vontade servirá como proteção contra o pecado. Mas Lúcifer encheu a mente com pensamentos de rebelião e de orgulho.
A maior pretensão de Lúcifer foi a de que poderia apoderar-se da soberania que Cristo tinha sobre todos os outros tronos criados. Sua pretensão não era só falsa, mas era uma rebelião direta contra a lei básica da ordem criada: só o Criador pode ser soberano.
Qual é o problema desta presunção de Lúcifer? O problema é o sentido em que ele queria ser igual a Deus. Lúcifer desejou o poder, a posição, a autoridade e a glória de Deus; não o Seu amor, Sua benevolência, Sua misericórdia.
A rebelião de Lúcifer não começou como revolta totalmente desenvolvida; isso raramente acontece. Começa pequena, despercebida, um pouco de dúvida aqui, um pouco de cobiça ou inveja em outro lugar. Logo tudo isso se soma, tornando-se uma coisa que nunca havíamos imaginado. A menos que guardemos nossa mente com a Palavra de Deus e nos dediquemos diariamente a Ele, a revolta nunca estará longe.
Satanás expulso do Céu – Apoc. 12
Apocalipse 12 oferece uma dramática visão do grande conflito entre Cristo e Satanás. Dado em três cenas importantes, que não estão em ordem cronológica, o capítulo provê o fundo básico de um conflito que envolve a todos nós (ninguém é neutro nesta guerra).
Os versos 1-6 relatam o ataque de Satanás sobre a Terra, primeiro contra o menino Jesus, e então contra a igreja de Cristo, que tem que fugir para o deserto por "mil duzentos e sessenta dias".
Os versos 7-12 destacam a guerra original no Céu, quando Satanás rebelou-se pela primeira vez, e, com seus anjos caídos, lutou contra Cristo, uma batalha que ele perdeu.
Os versos 13-17 destacam novamente a Terra, onde Satanás, expulso do Céu, continua sua guerra contra Cristo (a quem ele foi incapaz de derrotar), atacando a igreja de Cristo, o melhor que poderia fazer, depois de atacar o próprio Cristo.
O grande conflito é um estudo de contrastes: o caráter de Satanás, que busca o orgulho e a glorificação própria, em contraposição ao caráter amoroso e desinteressado de Cristo. Provérbios 6:16-19 nos dá um retrato de um deles. Filipenses 2:5-8 retrata o outro.
"A rebelião de Satanás deveria ser uma lição para o Universo, durante todas as eras vindouras – perpétuo testemunho da natureza do pecado e de seus terríveis resultados. A atuação do governo de Satanás, seus efeitos tanto sobre os homens como sobre os anjos, mostrariam qual seria o fruto de se pôr de parte a autoridade divina. Testificariam que, ligado à existência do governo de Deus, está o bem-estar de todas as criaturas que Ele fez. Assim, a história desta terrível experiência com a rebelião seria uma salvaguarda perpétua para todos os seres santos, para impedir que fossem enganados quanto à natureza da transgressão, para salvá-los de cometer pecado, e de sofrerem sua pena." – Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, págs. 42 e 43.
Embora o grande conflito ainda esteja ativo nos níveis global e pessoal, não devemos nos desesperar. "Deus é amor", "o Seu amor dura para sempre" (1 João 4:16; Sal. 107:1), e Seu amor derrotou o inimigo em nosso favor. 


Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara




Sem Fronteiras






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