domingo, 30 de setembro de 2012

Estudo IV - ANDANDO NA LUZ - GUARDANDO SEUS MANDAMENTOS


Por Pr. Alair Alcântara!!!



“Ora, sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos” (1Jo 2:3).
Um pastor vinha aconselhando um casal.  O marido vinha mantendo casos extraconjugais, de fato, muitos. O marido tentava tranquilizar a situação dizendo à esposa que, embora saísse com outras mulheres, isso não significava que ele não a amava. De fato, ele dizia, ele a amava mais que qualquer outra.
Como se poderia esperar, as palavras dele – longe de resolver o problema – só o agravavam. Por quê? Porque, se você ama alguém, isso poderá ser visto por suas ações, não apenas pelo que você diz.
Aqui, João fala sobre o que significa conhecer e amar a Deus. Qualquer pessoa pode dizer que ama o Senhor. A pergunta é: de acordo com a Bíblia, como devemos revelar esse amor?

O que conhecemos? (1Jo 2:3-5)
A frase “sabemos que O temos conhecido por isto” aparece duas vezes nas passagens acima. De acordo com João, o que é que os cristãos conhecem?
Primeiramente, que chegaram a conhecer a Deus (v. 3) e, segundo, que “estão nEle” (v. 5). Considerando o que está em jogo – nossa vida eterna ou nossa destruição eterna (veja Jo 5:29) – essas são coisas importantes para se conhecer, não são?
Ao mesmo tempo, temos que ter o cuidado de não tornar o conhecimento em si o meio de salvação. De fato, era exatamente esse o tipo de heresia que João estava combatendo neste e em outros textos, a ideia de que o conhecimento sozinho traz redenção.
O conhecimento (gnosis) era uma palavra muito importante na religião antiga; um conceito importante no mundo religioso dos primeiros séculos depois de Cristo. Provavelmente, no segundo século, se transformou em uma heresia entre os cristãos chamada gnosticismo. No gnosticismo, havia pouca preocupação com o comportamento moral. A ênfase estava na experiência mística e mitos fantasiosos sobre Deus e a natureza da humanidade. A salvação era obtida através desse conhecimento secreto, e não através de um relacionamento de fé com o Senhor.
Qual é o conceito do Novo Testamento sobre o conhecimento? Mt 13:11Jo 17:3Rm 3:201Co 8:11Tm 2:41Jo 4:8

No Novo Testamento, conhecer ou conhecimento tem um significado teórico e teológico. Porém, também descreve relações. Conhecer a Deus significa manter um relacionamento íntimo com Ele. A obediência, o amor e o afastamento do pecado apontam para a existência desse relacionamento. Os lados teórico e experimental do conhecimento devem andar juntos.

Guardando os mandamentos (1Jo 2:3-5)
Uma pessoa pode dizer que conhece a Deus. De fato, muitos fazem assim, desde os dias de João. Muitos também fazem isso hoje. Mas falar é fácil.
Para João, qual era a evidência externa, a prova exterior, de que uma pessoa conhece a Deus?  Jo 14:1521Jo 15:101Jo 3:22241Jo 5:3Ap 12:17Apoc.14:12
Guardar os mandamentos era muito importante para João e é para Jesus. A expressão ocorre frequentemente nos escritos de João. Guardar os mandamentos é sinal de que conhecemos a Deus/Jesus e O amamos. Aqui, amor e obediência são relacionados. Esse verso pode se referir tanto a Deus, o Pai, como a Jesus e é um pouco ambígua – provavelmente de propósito. 1 João 2:4 afirma a mesma verdade em condições negativas, e pode se referir à falsa afirmação feita pelos que dizem que você pode vir a conhecer Deus e ainda negligenciar a guarda dos mandamentos. João ataca essa ideia em linguagem muito forte, chamando de mentiroso quem ensina assim.
O tipo de conhecimento de Deus de que a Bíblia fala não é um conhecimento de fatos, apenas. É o conhecimento que forma a base de uma relação de amor. Você não pode amar verdadeiramente alguém que não conhece. E se você ama uma pessoa, vai agir de certa maneira. Um homem que ama verdadeiramente a esposa não vai enganá-la. Ele pode professar dia e noite seu amor, mas se seus atos não revelam esse amor, usando as palavras de João, ele é “um mentiroso”.

Que faria Jesus? (1Jo 2:6-8)
Algum tempo atrás, houve uma moda passageira em que jovens cristãos usavam pulseiras com a pergunta: “Que faria Jesus?” Embora alguns zombassem da ideia, afirmando que era infantil, pelo menos era boa a lembrança de que, quando enfrentamos determinadas situações, devemos pensar no que faria Jesus e tentar fazer o mesmo.
Essa ideia se enquadra bem com o que João diz neste verso. A primeira parte de nossa passagem enfatiza que andar na luz e conhecer a Deus significa ser obediente. A segunda parte conclama os cristãos que desejam permanecer nEle a andar na luz e seguir o exemplo de Cristo em sua vida. Como podem fazer isto? Eles precisam descobrir como Jesus viveu e, diariamente, devem comparar sua conduta com a dEle.
Em outras palavras, “que faria Jesus?”

Embora a morte de Jesus e Sua ressurreição sejam o clímax dos Evangelhos, existem informações suficientes sobre os ensinos de Jesus e Sua vida para entendermos como um ser humano, idealmente, precisa viver.
É importante nos lembrarmos disso porque, às vezes, as pessoas querem pensar em Jesus como Salvador, Jesus como seu substituto, apenas, e não em Jesus como seu Senhor e exemplo. João aceitava Jesus tanto como Salvador como exemplo. Em 1 João 1:7 havia mencionado o sangue purificador de Cristo, que aponta para Sua morte na cruz em nosso lugar. De acordo com 1 João 2:2, Jesus é o sacrifício pelos nossos pecados. Ele é nosso substituto. Mas, nos versos que estamos estudando nesta semana, surge outro aspecto. A vida de Jesus foi exemplar. Devemos seguir Seus passos.

O novo mandamento

Depois de destacar a importância da obediência aos mandamentos (1Jo 2:3, 4), João introduz nos versos 7 e 8 a ideia de um “novo mandamento”. Que “novo mandamento” é esse? A resposta se encontra em João 13:34, em que aparece a mesma expressão: “novo mandamento”.
Procure entender no capítulo 13 de João o que é esse “novo mandamento”.
Depois de ter mostrado aos discípulos o que significa servir; isto é, rebaixar-Se e executar a humilde tarefa de lavar os pés de alguém, Jesus deu Seu “novo mandamento”. Seus discípulos deviam amar uns aos outros assim como Jesus os amava.
Situação semelhante acontece em 1 João 2:6-8. Depois de ter falado em andar como Jesus andava, João apontou para o mandamento de Jesus em João 13. É essa conexão literária com João 13:34, 35 que nos ajuda a desvendar o significado de 1 João 2:7, 8. O mandamento de que João está falando é o do amor fraternal.
Mas por que ele afirma que não dá um novo mandamento, mas um antigo? É porque o mandamento do amor ao próximo já estava presente no Antigo Testamento (Lv 19:18). Quando João escreveu sua epístola, “o novo mandamento de Jesus” de João 13:34 já existia havia muitos anos.
Mas, de certo modo, esse mandamento era novo porque era percebido continuamente na vida de Jesus (“nEle” [v. 6]) e devia ser visto em Seus seguidores (“e em vós” [v. 8]) de maneira sem precedentes por causa da nova era inaugurada com o primeiro advento de Jesus (“as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha”. ).
Finalmente, o conceito da lei de Deus liga a primeira parte de nossa passagem (1Jo 2:3-6) “com a segunda (1Jo 2:7, 8). Os mandamentos são resumidos no mandamento de amar uns aos outros. Andar na luz e andar como Jesus significa guardar os mandamentos e amar uns aos outros.

Amando os outros (1Jo 2:9-11)

O amor foi mencionado brevemente em 1 João 2:5. Obviamente, esse amor se refere ao nosso amor para com Deus, que se manifesta quando guardamos Seus mandamentos. O amor foi mencionado indiretamente na segunda parte de nossa passagem, o novo mandamento (v. 6-9). Mas o amor a nossos semelhantes cristãos é mencionado claramente na última parte de nosso parágrafo (v. 9-11). Ele também começa com a frase “aquele que diz”.
verso 9 faz uma declaração sobre o membro da igreja que odeia seu irmão. Essa pessoa está em trevas. O verso 10 mostra o lado positivo, isto é, aquele que ama seu irmão. O verso 11 volta ao ódio a um irmão. Essa pessoa não só anda em trevas, mas seus olhos foram cegados.
Em sua epístola, João está interessado principalmente na comunidade cristã. Isso não significa que ele nega o fato de que os cristãos são chamados a amar seus vizinhos e até aos inimigos; mas não é essa sua preocupação aqui. Ele tem outros problemas para resolver.
O ódio a um irmão é uma declaração forte, e podemos não gostar de aplicá-la a nós e ao nosso comportamento. Podemos preferir dizer que estamos irritados ou ofendidos; mas, frequentemente, as Escrituras aplicam o verbo odiar a situações que não usaríamos comumente hoje.
Como é usado o verbo odiar, e como deve ser entendido nos textos a seguir? Mt 6:24Mt 24:9, 10Lc 14:26Jo 3:20
Na Bíblia, ódio não se aplica apenas ao que hoje podemos chamar de ódio mas também a dar preferência a uma pessoa e não a outra ou a negligência de alguém. Em outras palavras, você não precisa menosprezar alguém para revelar “ódio”, como às vezes é entendido na Bíblia.

Andar na luz, que inclui a guarda dos mandamentos, viver de modo semelhante a Jesus e exercer amor é especialmente importante no fim da história do mundo. A lei de Deus está sendo desafiada, e a questão da adoração e a verdadeira obediência ao Criador terão ainda mais destaque. Nas Escrituras, são mencionados exemplos de pessoas que permaneceram fiéis mesmo sob as circunstâncias mais desafiadoras: José, os amigos de Daniel, o próprio Daniel e muitos outros. Mas o principal exemplo é Jesus. Devemos tomar a decisão de seguir Sua guia, não importando o preço.
“João nos diz que o verdadeiro amor a Deus se revelará na obediência a todos os Seus mandamentos. Não basta crer na teoria da verdade, fazer uma profissão de fé em Cristo, crer que Jesus não é um impostor, e que a religião da Bíblia não é uma fábula artificialmente composta. ... João não ensinou que a salvação devia ser adquirida pela obediência, mas que a obediência é fruto da fé e do amor” (Atos dos Apóstolos, p. 563).


Postado Por Pr. Alair Alcântara

Sem Fronteiras

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Estudo III - ANDANDO NA LUZ - ABANDONANDO O PECADO


Por Pr. Alair Alcântara!!!



“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9).

Em 1982, uma obra incomum de arte moderna foi posta em exibição. Era um revólver fixo a uma cadeira. A obra de arte podia ser vista sentando-se na cadeira e olhando diretamente para o cano da arma. O problema era que a arma estava carregada e ligada a um temporizador programado para disparar em um momento indeterminado dentro dos cem anos seguintes. Incrivelmente, as pessoas esperavam em filas para sentar e olhar para a mira da arma, embora soubessem que a arma poderia disparar a qualquer momento.

Isso é que significa tentar o destino!

Infelizmente, as pessoas fazem o mesmo com o pecado, achando que podem encará-lo e ainda sair ilesos. Ao contrário da arma, porém, o pecado – a menos que seja resolvido – as matará definitivamente.

A Luz

A luz é apenas um fenômeno físico, uma forma de energia formada de fótons. Mas João insiste em dizer que “Deus é luz”.

Que lição João quis ensinar ao dizer que “Deus é luz”? 1Jo 1:5. Veja também Sl 27:1Sl 36:9Mt 4:16Jo 3:191Tm 6:16

A palavra luz é usada em referência tanto a Jesus como ao Pai. A luz é a glória de Deus, e aponta para Ele como aquele que traz salvação. A imagem enfatiza também o conceito de verdade e revelação. E, especialmente em nosso contexto imediato, destaca Suas qualidades morais de justiça, santidade e perfeição (veja também 1Jo 2:9).

Por que João não se contenta em dizer que Deus é “luz”, mas acrescenta que “não há nEle treva nenhuma”?

Acrescentando essa frase, o apóstolo destaca a perfeição de Deus nos termos mais fortes possíveis e Sua separação do pecado. Ele não pode ser comparado aos deuses romanos ou gregos, em quem supostamente existiam virtudes e vícios combinados. Deus é pura santidade, pura bondade, pura justiça. Ele é, de certo modo, tão oposto ao pecado quanto as trevas são à luz.

A referência de João às trevas introduz um novo elemento, que abre o palco para a fase seguinte. Como seres caídos, afundados no pecado, os seres humanos pertencem por natureza à esfera das trevas, e não ao reino da luz. Se Deus é luz e nós estamos em trevas, não poderia ser maior o contraste entre nós e Deus, especialmente em termos de santidade e justiça.

O problema do pecado

A primeira epístola de 1João 1:6-10 forma uma unidade. Depois de sua declaração principal sobre o caráter de Deus, João menciona algumas crenças aparentemente existentes entre os crentes. São essas crenças que ele critica.
Estes cinco versos começam aproximadamente de maneira idêntica; isto é, com a frase “Se nós...”. Porém, notamos uma diferença fundamental entre eles.

A primeira declaração discute a comunhão com Deus. Muitas pessoas afirmam manter comunhão com Deus mas, em realidade, andam nas trevas, o que significa que realmente não caminham com Deus.

Em contraste (v. 7), andar na luz traz consigo a verdadeira comunhão. Os que fazem assim são purificados de seus pecados. Então, andar nas trevas significa viver em pecado. De acordo com João, viver em pecado e afirmar ter comunhão com Deus é mentira.

As duas afirmações seguintes, nos versos 8 e 10, também estão relacionadas com o pecado. Embora João fale contra a prática do pecado, ele é muito claro sobre a realidade desse mal em nossa vida. No verso 8, ele parece estar lidando com a crença de que os seres humanos não são pecadores, ensino contrário à mais básica doutrina cristã.

No verso 6, as pessoas estão mentindo. No verso 8, elas se enganam a si mesmas. No verso 10, elas tornam Deus um mentiroso. Obviamente, João entende a realidade e a seriedade do problema do pecado para a humanidade.

Respostas para o problema do pecado

Como João entende pecado? Em 1 João 3:4, ele compara o pecado com a iniquidade. De acordo com 1 João 5:17, pecado é injustiça ou mau procedimento. É o afastamento da vontade de Deus, revelada nas Escrituras. O pecado também é o oposto da verdade. Separa de Deus a pessoa que comete pecado, e essa alienação leva à morte espiritual. Pecado, no singular, pode apontar para a separação entre o pecador e Deus; no plural, os pecados podem apontar para os atos pecaminosos. Porém, vemos que uma coisa é certa: O pecado é real e, a menos que seja tratado, nos destruirá.

 1 João 1:7 , 9 contém promessas divinas a respeito da solução para o problema do pecado.

O perdão dos pecados se tornou possível graças à morte de Cristo na cruz, ao derramamento de Seu sangue como sacrifício. Porque transgredimos a lei e, portanto, merecemos a morte, Ele morreu em nosso lugar e nos libertou da condenação eterna que, de outra forma, nossa transgressão traria. Ainda mais, Seu sangue nos purifica de todo pecado.

Porém, do nosso lado, a confissão dos pecados é necessária. A palavra confessar, em 1 João 1:9 pode significar admitir e também reconhecer. O texto não menciona a quem os pecados precisam ser confessados. Certamente, Deus está envolvido, porque na parte seguinte do verso, ouvimos que se os pecados forem confessados, Deus é fiel e justo e os perdoará. Pode ser que a confissão inclua também confissão pública diante daqueles que foram prejudicados por nós; mesmo assim, o perdão vem de Deus, unicamente.
1 João 1:9 também tem a força de uma ordem. Devemos apresentar nossos pecados diante de Deus, e Ele nos perdoará e purificará. O pecado nos torna culpados; precisamos de perdão. O pecado nos deixa impuros; precisamos de purificação. Por Jesus, Deus abriu um caminho para que tenhamos ambas as coisas.

O alvo do cristão

Em 1 João 2:1, João nos chama a não pecar.

O chamado aqui para não pecarmos vem no contexto de andar na luz, apresentado com a declaração de que Deus é luz. Se quisermos viver em comunhão com Ele e com Seus filhos, devemos andar na luz, e andar na luz requer a renúncia do pecado.

João se dirige aos crentes com carinho e intimidade, chamando-os de “filhinhos” e conta-lhes uma razão para escrever sua epístola: Eles devem renunciar completamente ao pecado. Ao fazer isso, ele não está sugerindo que é possível uma existência completamente sem pecado, mas está pedindo que os cristãos se afastem de todo ato definido de pecado.

O alvo de um discípulo de Cristo é não pecar. Os cristãos devem admitir que são pecadores, mas devem procurar viver sem pecado.

Ao mesmo tempo, João não quer dar a ideia de que podemos estar perfeitamente sem pecado. Então, em sua advertência contra o pecado, ele diz: “Se... alguém pecar, temos Advogado...”. Esse é um claro reconhecimento da realidade do pecado na vida dos cristãos. Até mesmo cristãos consagrados e sinceros podem cometer pecados. Infelizmente, pecar é sempre uma possibilidade real para os membros da igreja. Então, eles precisam de ajuda. Precisam de alguém que os ajude a resistir à tentação, mas também precisam de alguém que intervenha por eles depois de pecarem.

O conforto dos cristãos

1João 2:1, 2 contém declarações maravilhosas que confortam os pecadores arrependidos e os enchem de esperança e coragem. Apesar do pecado e culpa e das consequências terríveis que frequentemente surgem por causa dos nossos pecados, existe uma solução. João já mencionou o perdão ou a purificação dos pecados. Agora, ele volta novamente a esse assunto, dizendo que esse perdão se torna possível por meio de Jesus.

Como? Primeiramente, Ele é nosso advogado, e intervém em nosso favor. Esse advogado é identificado como o Messias (“Cristo”), e nos é dito que Ele é justo. A justiça foi atribuída a Deus o Pai em 1 João 1:9. É atribuída ao Filho em 1 João 2:1, e é por causa de Seu caráter justo que Ele pode interceder por nós.

Em segundo lugar, nosso perdão está garantido porque, por meio de Sua morte sacrifical, Jesus efetuou propiciação, ou expiação; isso significa que Ele pagou a penalidade dos nossos pecados. A dívida que tínhamos, que nunca poderíamos pagar, Jesus a pagou por nós.

Então, João descreve Jesus como sacrifício e intercessor. No contexto do testemunho do Novo Testamento, isso significa que Jesus viveu entre nós sem pecado, morreu na cruz, ressuscitou e ascendeu ao Céu, onde intercede em nosso favor.

O termo parakletos, traduzido como advogado em 1 João 2, tem sido traduzido de diferentes formas; por exemplo, consolador, ajudador, advogado, mediador ou intercessor. É uma pessoa chamada para estar ao lado de outra e que se coloca em favor de outra pessoa. Um parakletos pode ser uma pessoa que ajuda um amigo. No Evangelho de João, o Espírito Santo é o ajudador. Na primeira Epístola de João, Jesus é o ajudador e intercessor.

Quando falamos em Jesus como nosso advogado, sentimos grande conforto no fato de que Ele nos ajuda a obter o perdão dos nossos pecados. Devemos ser cuidadosos em não dar a impressão de que o Pai é mau e severo e precisa ser persuadido por um intermediário a fim de nos perdoar. Esse quadro de Deus não é real. Foi Ele que enviou Jesus por nós (Jo 3:16). Também, alguns versos antes João diz que Ele é fiel e justo para nos perdoar e purificar (1Jo 1:9). Jesus não precisa apaziguar o Pai. Ao contrário, foi o Pai que revelou, em Jesus, Seu desejo de nos salvar.

 "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça’ (1Jo 1:9). As condições para se alcançar misericórdia de Deus são simples e razoáveis. O Senhor não requer que façamos alguma coisa penosa para alcançarmos perdão. Não precisamos fazer longas e exaustivas peregrinações nem praticar dolorosas penitências para nos encomendar ao Deus do Céu ou expiar nossa transgressão. Aquele que ‘confessa e deixa’ os seus pecados ‘alcançará misericórdia’ (Pv 28:13). Nos tribunais do Céu, Cristo está a interceder por Sua igreja – advogando a causa daqueles cujo preço de redenção Ele pagou com Seu próprio sangue. Séculos e eras nunca poderão diminuir a eficácia de Seu sacrifício expiatório. Nem a morte, nem a vida, altura ou profundidade, nada nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus; não porque a Ele nos apeguemos com firmeza, mas porque Ele nos segura com Sua forte mão. Se nossa salvação dependesse de nossos próprios esforços, não nos poderíamos salvar; mas ela depende de alguém que está por trás de todas as promessas" ( Atos dos Apóstolos, p. 552, 553).

Postado Por Pr. Alair Alcântara

Sem Fronteiras

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Estudo II - EXPERIMENTANDO A PALAVRA DA VIDA


Por Pr. Alair Alcântara!!!



“O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho, Jesus Cristo” (1Jo 1:3).

No tribunal, um homem está sendo acusado de assassinato. Ele jura, de modo vociferante, que é inocente, que não fez isso e que nem mesmo estava na cena quando ocorreu o crime. Ele também parece muito convincente. Tomando unicamente por suas palavras, as pessoas são tentadas a acreditar nele.
Então, aparecem as testemunhas. Uma depois da outra, as testemunhas oculares dizem a mesma coisa: Eles viram o acusado na cena do crime, e o viram cometer o crime. Embora os detalhes individuais sejam diferentes, dependendo de onde estavam no momento do acontecimento, seus depoimentos como testemunhas oculares são esmagadores, e a culpa do homem se torna evidente.

De maneira semelhante, João introduz sua epístola afirmando pertencer ao círculo de testemunhas oculares que, tendo visto e conhecido Jesus pessoalmente, podem compartilhar com outros essas informações que transformam vidas.

Introdução à Primeira Epístola de João

Que certeza João transmite na introdução de sua primeira epístola? 1Jo 1:1-4

João começa assinalando que, juntamente com outros, ele é testemunha ocular da “Palavra da vida” O verso 2 explica mais essa “vida” e, juntamente com a primeira parte do verso 3, destaca essa proclamação.
No verso 1 João faz sete declarações antes de concluir a sentença: (1) O que era desde o princípio, (2) o que ouvimos, (3) o que vimos com os nossos olhos, (4) o que contemplamos, (5) o que as nossas mãos apalparam,(6) o que vimos e (7) o que ouvimos.
Então, ele conclui: “Nós lhes proclamamos... para que vocês também tenham comunhão conosco” (v. 3, NVI). No verso 2, “Ele estava no princípio com Deus” é um parêntese explicativo, uma enumeração quádrupla termina com a frase: “Proclamamos a vocês a vida eterna” (NVI).

Em tudo isso, o objetivo de João parece ter sido que conhecêssemos, por nós mesmos, a realidade de Deus que ele próprio havia experimentado em Jesus. Ele queria que conhecêssemos por nós mesmos a vida eterna, a comunhão e a alegria que podemos ter em Jesus, o mesmo Jesus que ele próprio ouviu, viu e tocou.


Os que conhecem o Evangelho de João ficam intrigados quando começam a ler a primeira epístola de João e encontram uma introdução semelhante à do Evangelho de João.

Leia as semelhanças entre 1 João 1:1-5 e João 1:1-5?

As duas passagens começam quase iguais. As duas apontam para um tempo no passado, usando “o princípio”, aparente referência a Gênesis 1:1, a criação. As duas fazem diferença entre Deus o Pai e a Palavra, e as duas Os apresentam em uma íntima relação. As duas seções usam também a imagem de vida e luz. Sem dúvida, existem muitas coisas em comum entre as duas seções. Mas também existem diferenças.

O Evangelho de João insiste em apresentar Jesus como Deus e Jesus como Criador. Embora o título “Seu Filho, Jesus Cristo” em 1 João 1:3 aponte tanto para a humanidade de Jesus como para Sua divindade, a palavra Deus não é aplicada diretamente a Jesus na introdução de 1 João como na introdução do Evangelho de João. O Evangelho de João também é muito claro a respeito de Jesus como criador. Nada do que foi feito – isto é, nada do que foi criado – foi criado sem Ele. É difícil ver como João poderia ter sido mais claro, não só sobre a divindade de Cristo como também Sua atuação como Criador.

1 João enfatiza também o papel das testemunhas oculares e sua proclamação (e, consequentemente, sua autoridade); ênfase que não está presente no Evangelho de João, que usa uma perspectiva mais imparcial e menos “pessoal”.

Tomadas juntas, as duas seções revelam verdades sobre Jesus que ocupam um lugar central no plano de salvação.

A Palavra da Vida (1Jo 1:1, 2)

Que significa a expressão “Palavra da vida”?

Primeira João 1:1 menciona o “Verbo da vida”. Essa palavra também se encontra em João 1:1-3, e se refere especificamente a Jesus. Em Apocalipse 19, o cavaleiro no cavalo branco é chamado “O Verbo de Deus” (Ap 19:13) e se refere também a Jesus. Nos escritos de João, a palavra verbo, em certos contextos, pode se referir a Jesus. Em 1 João 1:1 é mais provável que também aponte para Jesus.

O mesmo acontece com a palavra vida. Jesus Se denominou “o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14:6). Assim, vida em 1 João 1:2 seguramente se refere também a Cristo. Não é de admirar, então, que Ele seja a “Palavra da vida”.

Muito embora alguns entendam que a expressão “Palavra da vida” significa a proclamação do evangelho, a evidência aponta para o próprio Jesus. Mesmo que seja possível ouvir o evangelho de Jesus com os “próprios ouvidos”, é mais difícil vê-Lo “com os próprios olhos”. Ademais, é impossível tocar com as próprias mãos “a Palavra da vida”, se é que essa expressão se referia à proclamação do evangelho. Ouvir, ver e tocar uma pessoa faz mais sentido que ouvir, ver e tocar o evangelho. Além disso, a expressão “a... vida ... estava com o Pai e nos foi manifestada” (1Jo 1:2) sugere também que João tinha em mente uma pessoa quando mencionou a Palavra da vida.

Testemunhas oculares

Os apóstolos eram testemunhas oculares da vida, morte e ressurreição de Cristo. A vida de Cristo os influenciou de tal maneira que eles não conseguiam deixar de comunicá-la aos outros.
O mesmo acontecia com João. Em 1 João 1:1-4, João afirma ter sido testemunha ocular de Jesus. Ele sustenta suas reivindicações dizendo que não só viu Jesus mas também O tocou e O ouviu.

João não foi o único escritor bíblico a fazer poderosas afirmações sobre eventos de que foi testemunha ocular. Leia:

b. At 4:20

Hoje, podemos não ser testemunhas oculares diretas dos eventos da vida de Jesus nem dos eventos da história bíblica. Mas isso não significa que não mais podemos ser testemunhas oculares da realidade de Cristo e do que Ele fez por nós. De certo modo, especialmente em um mundo pós-moderno, nossa história pessoal, nosso próprio depoimento como “testemunhas oculares”, pode ser um testemunho mais poderoso sobre a realidade e bondade de Deus do que os eventos históricos descritos na Bíblia.

Comunhão dos santos

Alguém declarou que Deus não tem netos, só filhos. A experiência cristã não é hereditária. Precisamos tomar uma decisão em nosso próprio coração, dar-nos pessoalmente a Jesus. Outra pessoa não pode fazer isso por nós, assim como ninguém pode espirrar em nosso lugar. Temos que fazer a escolha por nós mesmos, e essa entrega a Ele precisa ser completa. Neste sentido, ser cristão é uma experiência muito pessoal e solitária.

Ao mesmo tempo, nestes primeiros versos, João acrescenta outra dimensão ao que significa ser cristão. Ele nos convida a aceitar seu testemunho sobre Jesus e, assim, experimentar comunhão com Ele e com outros cristãos. Em outras palavras, a proclamação de Jesus ajuda a edificar a comunidade. A aceitação de Jesus como Salvador e Senhor, como doador da vida eterna, significa ser acrescentado à família de crentes.

De acordo com 1 João 1:3, quais são as dimensões dessa comunhão?

O próprio Jesus estabeleceu Sua comunidade ou igreja (Mt 16:18), e cuida dela assim como um pastor cuida de um rebanho (Jo 10:14-16) e Sua igreja se pertencem mutuamente. A proclamação de Jesus e do evangelho leva as pessoas à comunhão não só com o Pai e com o Filho mas também com os outros crentes. Existe uma conexão não apenas celestial e invisível mas também uma conexão muito real e visível entre esses crentes. Os cristãos são abençoados pelo fato de que não têm que viver sozinhos ou isolados dos outros, mas se tornaram parte da comunidade e família de Cristo na Terra.

Como o Novo Testamento descreve a comunhão cristã em sua forma ideal? Veja At 2:42-47Rm 12:3-17

Nossa passagem em 1 João termina com o v. 4. O objetivo de João era não apenas que as pessoas desfrutassem comunhão com Deus e com os crentes, mas também que sua alegria fosse completa.

Aparentemente, o verso 4 está se referindo aos versos anteriores. Nossa alegria é completa porque Jesus, “a vida eterna”, Se manifestou. O verso também pode se referir ao restante da primeira Epístola de João, em que são apresentados Jesus e a salvação por meio dEle, bem como a vida com Deus (que é uma vida de amor). Finalmente, pode se referir à vinda futura de nosso Senhor. Assim, 1 João 1:1-4 pode abranger o tempo desde o Cristo pré-existente até a consumação final na segunda vinda de Cristo.

"João, que havia conhecido Cristo pessoalmente, desejava compartilhar esse conhecimento com seus leitores para que eles desfrutassem a mesma comunhão que ele já desfrutava com o Pai e o Filho. No empenho de expressar esse desejo amoroso, ele afirmou a divindade, a eternidade e a encarnação – e consequente humanidade – do Filho. Esse conhecimento maravilhoso ele expressou em linguagem simples mas enfática a fim de que seus leitores, daquele tempo e de hoje, não tivessem dúvida alguma a respeito do fundamento da fé cristã e da natureza e obra de Jesus Cristo” (The SDA Bible Commentary, v. 7, p. 629).


Postado Por Pr. Alair Alcântara

Sem Fronteiras

IG promove enquete para saber qual o líder religioso mais influente do Brasil


Por Pr. Alair Alcântara!!!

O pastor Silas Malafaia está liderando a lista de líderes evangélicos, o padre Marcelo Rossi lidera a pesquisa.


IG promove enquete para saber qual o líder religioso mais influente do Brasil
IG promove enquete para saber qual o líder religioso mais influente do Brasil
O portal iG criou uma enquete para saber de seus leitores qual é o líder religioso mais influente do Brasil na atualidade. A pesquisa foi criada para tentar entender o peso que os padres e pastores possuem no Brasil.
A pesquisa disponibilizou o nome de seis líderes: Padre Marcelo Rossi, missionário David Miranda, bispo Edir Macedo, pastor Silas Malafaia, apóstolo Valdemiro Santiago e bispa Sonia Hernandes.
O iG resolveu pesquisar sobre os líderes religiosos depois que o Censo 2010 mostrou a ascensão dos evangélicos no Brasil, em 2000 apenas 15,4% da população brasileira se declarava evangélica, em 2010 o número pulou para 22,2%, um aumento de 16 milhões de pessoas.
Com o crescimento do público cresce também a quantidade de igrejas e consequentemente o aumento de lideranças religiosas. Por isso o iG quer saber: “Qual expoente religioso é atualmente o mais influente do Brasil?”
Para responder essa enquete acesse a home do portal e vote. A enquete é interativa e os votos são contados na hora. No momento o padre Marcelo Rossi está liderando a pesquisa tendo mais de 24 mil votos, em seguida está o pastor Silas Malafaia com quase 13 mil votos.
Postado Por Pr. Alair Alcântara
Sem Fronteiras

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Estudo I - JESUS E AS EPÍSTOLAS DE JOÃO


Por Pr .Alair Alcântara!!!



E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o Seu Filho como Salvador do mundo (1Jo 4:14).

Falsos mestres espalhando erro entre os santos! Posições estranhas sobre a natureza de Cristo! Brigas por posições na igreja! Erros teológicos se espalhando entre os membros! Pessoas precisando da certeza da salvação! Outros precisando saber que a fé deve levar à obediência à lei! Parece a nossa igreja hoje, certo?
Mas esses foram alguns dos problemas com que João lidou quase dois mil anos atrás em suas três pequenas epístolas no Novo Testamento. Como são verdadeiras as palavras de Salomão: “Nada há... novo debaixo do Sol” (Ec 1:9)!
Entretanto, João não se concentrou apenas em problemas. Ele apontou para Deus, o Pai e o Filho; descreveu quem são Eles e o que Eles fizeram por nós, e assim, o que devemos fazer em resposta.

Autor e destinatários
A primeira Epístola de João começa sem uma introdução formal. Por alguma razão, o autor não se apresenta. A segunda e a terceira epístola mencionam como autor uma pessoa chamada apenas como “o presbítero”. Elas também nos informam a quem elas são endereçadas — uma senhora eleita e também alguém chamado Gaio. Essas informações não são extensas e deixam várias perguntas sem resposta; não obstante, nas próprias epístolas, podemos saber algo sobre quem as escreveu.

O que essas três epístolas nos dizem sobre João?  1Jo 1:1-31 Jo 2:1181Jo 4:42Jo 1123Jo 113, 14

Obviamente, o autor era testemunha ocular de Jesus. Ele também parecia ter mantido uma comunhão próxima com os membros da igreja a quem escrevia, porque os chamava de “filhinhos”, expressão de estima. Ele mantinha posição de liderança na igreja e, mais de uma vez disse que posteriormente esperava visitar aqueles a quem estava escrevendo. A semelhança íntima das frases e temas com o Evangelho de João, bem como o testemunho dos pais da igreja, revelam que ele foi o apóstolo João.
Tudo isso apresenta uma lição muito importante. Como é importante desenvolver um relacionamento bondoso, atencioso e amoroso com os que nos rodeiam! Nessas epístolas, fica muito claro que João amava e se importava com todos e que desejava vê-los fortalecidos no Senhor. Pouca dúvida pode haver de que o amor que ele expressava por eles só confirmava, e muito, o poder de suas palavras. Que lição importante a todos os que buscam ser testemunhas de Jesus e das verdades que Ele nos deu como Igreja!

O conteúdo das epístolas

Na primeira epístola de João, encontramos diversos assuntos importantes, apesar de o apóstolo parecer não avançar em um tipo de progressão linear. Essa observação levou alguns estudiosos a concluir que João apresenta seus argumentos em forma cíclica; isto é, ele retorna a seus tópicos, mas sob ângulos diferentes. Assim, as mesmas coisas são discutidas, mas partindo de diversas perspectivas.

Que assuntos principais João menciona em sua segunda epístola?

a. 2Jo 1-3
b. 2Jo 4
Em 2 João, o apóstolo expressa gratidão porque os filhos de uma senhora andam na verdade. Ele também menciona o amor e a obediência e, então, concentra seu discurso nos falsos mestres que já havia mencionado na primeira epístola. Ele emprega novamente a expressão anticristo. Na conclusão, João expressa o desejo de visitar seu público e também transmite saudações.

Como 3 João se relaciona com as duas epístolas que falam de falsos mestres não mencionados na última epístola de João? É possível que as três epístolas tratem de uma situação semelhante mas sob perspectivas diferentes. Enquanto as duas primeiras advertem contra os falsos mestres, a terceira pode mostrar como a liderança da igreja tentou controlar o problema em um caso particular.
Em muitas partes do mundo, a ideia de “ortodoxia doutrinária” é considerada uma coisa medieval; lembra às pessoas algo como a Inquisição, em que as pessoas eram torturadas e mortas porque não eram “ortodoxas” em sua teologia. Consequentemente, muitos fogem da ideia de ortodoxia, argumentando que tudo o que você precisa é amor, sem relação com o ensino. Mas João, apesar da forte ênfase no amor, não fugiu de tratar dos erros teológicos.


O propósito das epístolas

João nos diz repetidamente por que escreveu sua primeira epístola:

a. 1Jo 1:4

Todas estas declarações são positivas e afirmativas. Porém, o contexto mostra que devem ser entendidas tendo em vista os problemas sérios existentes nas igrejas a que 1 João foi dirigida. A epístola faz declarações fortes sobre falsos mestres. Eles são chamados de anticristos. O termo é encontrado quatro vezes em 1 João e uma vez em 2 João. Além dessas aplicações, não é usado em nenhum outro lugar da Bíblia.
Esses anticristos tinham ideias errôneas sobre Jesus Cristo, que também afetavam seu estilo de vida cristã. Naturalmente, João sentiu a necessidade de enfrentar esses ensinos, e fez isso de maneira poderosa e inflexível.
Apesar disso, o autor pinta um quadro positivo do verdadeiro cristianismo e destaca sua natureza positiva. Ao enfrentar o erro teológico e o erro ético dos falsos mestres, João argumenta em favor da unidade entre Pai e Filho, aceitação do perdão divino e uma vida governada pelo princípio do amor.
Enquanto encoraja os membros da igreja e os adverte contra visões equivocadas de Cristo e do comportamento cristão, ele pode até esperar recuperar alguns daqueles que haviam deixado a igreja.

Em 1 e 3 João, as razões por que ele escreveu as epístolas não são mencionadas, mas essas razões podem ser percebidas. O propósito de 2 João é advertir os membros da igreja contra os ensinos errôneos e ética errônea dos falsos mestres mencionados em 1 João.
De acordo com 3 João, estava havendo uma disputa pelo poder. Diótrefes estava tentando usurpar toda a autoridade. Aparentemente, usando o problema da heresia, ele estava tentando estabelecer sua própria base de poder.

Embora não desprezasse a seriedade desses falsos ensinos, João lidou com eles enfatizando o lado positivo. Aqui, existe um princípio importante para nós. Visto ser fácil nos envolvermos com tanto ardor na batalha contra o erro, ele passa a ser o nosso centro, em vez da verdade. Qual é sua maneira de lidar com o que você julga ser errado?


Jesus nas epístolas de João

Jesus é achado ao longo de 1 João. Ele está no centro deste livro. Quem é Ele, de acordo com esta Epístola?






Embora em 1 João Deus o Pai seja mencionado mais frequentemente do que Jesus, o problema dos ex-membros da igreja, e talvez dos que ainda eram ativos, era com o Filho. Talvez os membros da igreja e os falsos mestres concordassem sobre a natureza do Pai. Mas eles discordavam a respeito de Jesus, Sua humanidade e Sua divindade. A questão era se Jesus “havia vindo em carne” (1Jo 4:2) ou não e se “era o Cristo” (1Jo 2:22).
Em meio a tudo isso, João afirma claramente que é impossível separar Pai e Filho. Mesmo em nossos dias, alguns, inclusive cristãos, pensam que podem ter comunhão com Deus o Pai sem se preocupar com Jesus. Para eles, Jesus não passa de um ser humano maravilhoso. No entanto, João é claro: Se você tem conhecimento sobre Jesus mas não O aceita como Messias e Filho de Deus, você não pode manter um relacionamento de salvação com Deus o Pai.

O ministério de Jesus nas epístolas de João

As epístolas de João não só mostram Jesus sob perspectivas diferentes, dizendo que Ele existe desde o princípio (1Jo 1:1), veio em carne (1Jo 4:2), e permaneceu justo, puro e sem pecado (1Jo 2:11Jo 3:35); como também enfatizam Seu ministério.

Quem é Jesus e o que Ele faz são questões intimamente relacionadas. Negar Sua divindade ou humanidade também significa negar Seu ministério como Salvador e Senhor, como exemplo. A salvação por meio de Jesus depende da natureza divino-humana de Jesus. Sem uma correta compreensão dessa natureza, você pode chegar a uma compreensão diferente do plano de salvação e do problema do pecado. O pecado pode ser considerado sem importância ou até negado (1Jo 1:6-10), atitude que seguramente, de uma forma ou de outra, haverá de influenciar o comportamento e a ética cristãos.

O que João nos diz sobre o ministério e a obra de Jesus?

a. 1Jo 1:7
b. 1Jo 3:8

O que Jesus fez por nós como nosso Salvador e o que está fazendo por nós como nosso Advogado exige uma resposta de nossa parte. Perdão do pecado, certeza da salvação, dom do Espírito Santo, esperança da segunda vinda e promessa de que seremos semelhantes a Ele e O veremos como Ele é não podem deixar nosso coração sem uma resposta de amor. Cremos nEle, O amamos, O seguimos, obedecemos a Ele e permanecemos nEle e em Seus ensinos.

Leia 1 João de uma vez para obter uma avaliação dessa importante epístola.

"Enquanto os anos passavam e o número dos crentes aumentava, João trabalhava pelos irmãos com crescente fidelidade e devotamento. Os tempos eram cheios de perigo para a igreja. Enganos satânicos existiam por toda parte. ... Alguns que professavam a Cristo pretendiam que Seu amor os libertara da obediência à lei de Deus. Por outro lado, muitos ensinavam que era necessário observar os costumes e cerimônias judaicos; que a mera observância da lei, sem fé no sangue de Cristo, era suficiente para a salvação. Outros mantinham que Cristo fora um homem bom, mas negavam Sua divindade. Alguns que simulavam ser leais à causa de Deus, eram enganadores e, na prática, negavam a Cristo e Seu evangelho. Vivendo eles mesmos em transgressão, introduziam heresias na igreja. Muitos eram assim levados a um labirinto de ceticismo e engano.

“João enchia-se de tristeza ao ver surgirem na igreja esses venenosos erros. Viu os perigos a que a igreja seria exposta e enfrentou a emergência com prontidão e decisão. As epístolas de João respiram o espírito de amor. É como se ele tivesse escrito com a pena molhada no amor. Mas, quando entrou em contato com os que estavam a quebrar a lei de Deus, embora declarando estar vivendo sem pecado, não hesitou em adverti-los de seu perigoso engano” ( Atos dos Apóstolos, p. 553, 554).

Postado Por Pr. Alair Alcântara

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