segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Estudo I - GUERRA NO CÉU




"Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele." (1 João 4:16) O lugar de habitação de Deus é caracterizado por Seu amor, e todo o que permanece nEle vive de maneira a glorificar o Seu caráter. Mas este é um grande mistério. Lúcifer, um ser angélico, que permanecia na presença de Deus, escolheu questionar o caráter amoroso de Deus. Pouco a pouco, ele passou a espalhar seu descontentamento entre outros anjos, provocando uma "guerra nos Céus. Miguel [Jesus] e Seus anjos lutaram contra o dragão [Lúcifer], e o dragão e seus anjos revidaram. Mas estes [o dragão e seus anjos] não foram suficientemente fortes, e perderam o seu lugar no Céu". Apoc. 12:7 e 8.
Deus e Sua criação perfeita – Gên. 1:31; Sal. 104:24 e 25
No Salmo 34:8, Davi nos convida a "provar" (experimentar) por nós mesmos este aspecto do caráter de Deus. No Salmo 145:7, ele descreve uma ocasião em que as pessoas vão celebrar essa bondade com alegres cânticos: "Comemorarão a Tua imensa bondade e celebrarão a Tua justiça".
O que se aplica à criação na Terra aplica-se a todo o Universo. Se Ele declarou a Terra muito "boa" e a criou sem qualquer inclinação para o mal, seguramente o Céu e seus habitantes refletem esses mesmos atributos.
Embora a origem do pecado seja um mistério, que características em particular ajudaram a trazê-lo à existência? Leia os versos seguintes:
Isa. 14:12-15 Gên. 2:16 e 17; Gen. 3:1-6

Deus pode forçar todas as criaturas do Universo a adorá-Lo; Ele pode forçar todas as criaturas do Universo a obedecer-Lhe; Ele pode forçar todas as criaturas a temê-Lo – mas Ele não pode forçar nem mesmo uma pessoa a amá-Lo. O amor, para ser amor, precisa ser livre. Qual é a relação entre o amor de Deus e a liberdade em sua vida? Como você usa, ou abusa, cada dia, dessa liberdade? Que princípios motivam suas ações? Faça também a si mesmo esta pergunta difícil: "O que você está fazendo com a liberdade que Deus lhe deu?"
De ungido a maligno – Ezequiel 28:12-17
O rei de Tiro era um rei ímpio e um monarca moralmente falido. Usando esse rei como uma metáfora, Ezequiel retrata o rei de todo o mal. Ezequiel 28:12-16 aponta para a queda de Lúcifer, de "querubim ungido" a adversário de Deus.
Antes de sua queda, este ser angelical é descrito como "o querubim cobridor" uma figura relacionada ao propiciatório no santuário. #Êxo. 25:8-22#; Êxodo 37:6-9; Heb. 8:5. Como a iniqüidade surgiu em um ser que ocupava uma posição tão elevada, um ser que foi criado "perfeito"?
A queda de Lúcifer mostra que nem posição eclesiástica nem poder são proteção segura contra o pecado. Essa segurança é encontrada somente quando temos relacionamento com Aquele que cria e sustém. Veja Apoc. 12:11. Assim, até um ser perfeito como Lúcifer precisava manter um relacionamento humilde e submisso com Seu Criador.
O pecado de Lúcifer – Isa. 14:12-15
Os livros de Isaías e Ezequiel foram endereçados aos governantes de Babilônia e de Tiro. Mas alguns detalhes nas duas profecias só podem ser verdadeiros se aplicados a alguém mais poderoso do que esses dois reis humanos. Podemos entender os detalhes das profecias quando entendemos a natureza dos escritos bíblicos. Assim como Deus estava por trás do trono de Davi, em Israel (Isa. 41:21; Efés. 3:15), Satanás estava por trás do trono desses monarcas pagãos. Assim como os reis de Israel deviam refletir as características de seu verdadeiro Rei, os reis de Tiro e de Babilônia exibiam as características da pessoa que os governava. Também, da mesma maneira como os salmos de Davi dão detalhes apontando para o Messias, que não se aplicam a Davi, também essas profecias detalham coisas que não são verdadeiras a respeito dos reis de Babilônia e de Tiro, mas referem-se, ao contrário, apenas a Lúcifer
O título aplicado a Lúcifer em Isaías 14:12 reflete a posição que ele tinha uma vez no Céu como líder dos anjos. Mas, sendo um ser criado, sua posição sempre seria inferior à de seu Criador, Cristo. João 1:1-3; Efés. 3:9; Heb. 1:2. Lúcifer não quis reconhecer este fato. Não importa quanto Deus tenha dado a Lúcifer, obviamente não foi suficiente. Ele queria mais. E era um ser que desde o começo foi criado perfeito! Que advertência a queda de Lúcifer deve ter sobre nós – pecadores, egoístas e defeituosos desde o começo – sobre o perigo da exaltação própria, do orgulho e da cobiça, especialmente quando surgem de modo muito sutil?
As sinistras intenções de Lúcifer – Isa. 14:13 e 14
As reivindicações de Lúcifer começaram no coração – isto é, na mente. Deus criou a mente como a sede de todas as emoções, decisões e ações. Uma mente cheia dos pensamentos de Deus e de Sua vontade servirá como proteção contra o pecado. Mas Lúcifer encheu a mente com pensamentos de rebelião e de orgulho.
A maior pretensão de Lúcifer foi a de que poderia apoderar-se da soberania que Cristo tinha sobre todos os outros tronos criados. Sua pretensão não era só falsa, mas era uma rebelião direta contra a lei básica da ordem criada: só o Criador pode ser soberano.
Qual é o problema desta presunção de Lúcifer? O problema é o sentido em que ele queria ser igual a Deus. Lúcifer desejou o poder, a posição, a autoridade e a glória de Deus; não o Seu amor, Sua benevolência, Sua misericórdia.
A rebelião de Lúcifer não começou como revolta totalmente desenvolvida; isso raramente acontece. Começa pequena, despercebida, um pouco de dúvida aqui, um pouco de cobiça ou inveja em outro lugar. Logo tudo isso se soma, tornando-se uma coisa que nunca havíamos imaginado. A menos que guardemos nossa mente com a Palavra de Deus e nos dediquemos diariamente a Ele, a revolta nunca estará longe.
Satanás expulso do Céu – Apoc. 12
Apocalipse 12 oferece uma dramática visão do grande conflito entre Cristo e Satanás. Dado em três cenas importantes, que não estão em ordem cronológica, o capítulo provê o fundo básico de um conflito que envolve a todos nós (ninguém é neutro nesta guerra).
Os versos 1-6 relatam o ataque de Satanás sobre a Terra, primeiro contra o menino Jesus, e então contra a igreja de Cristo, que tem que fugir para o deserto por "mil duzentos e sessenta dias".
Os versos 7-12 destacam a guerra original no Céu, quando Satanás rebelou-se pela primeira vez, e, com seus anjos caídos, lutou contra Cristo, uma batalha que ele perdeu.
Os versos 13-17 destacam novamente a Terra, onde Satanás, expulso do Céu, continua sua guerra contra Cristo (a quem ele foi incapaz de derrotar), atacando a igreja de Cristo, o melhor que poderia fazer, depois de atacar o próprio Cristo.
O grande conflito é um estudo de contrastes: o caráter de Satanás, que busca o orgulho e a glorificação própria, em contraposição ao caráter amoroso e desinteressado de Cristo. Provérbios 6:16-19 nos dá um retrato de um deles. Filipenses 2:5-8 retrata o outro.
"A rebelião de Satanás deveria ser uma lição para o Universo, durante todas as eras vindouras – perpétuo testemunho da natureza do pecado e de seus terríveis resultados. A atuação do governo de Satanás, seus efeitos tanto sobre os homens como sobre os anjos, mostrariam qual seria o fruto de se pôr de parte a autoridade divina. Testificariam que, ligado à existência do governo de Deus, está o bem-estar de todas as criaturas que Ele fez. Assim, a história desta terrível experiência com a rebelião seria uma salvaguarda perpétua para todos os seres santos, para impedir que fossem enganados quanto à natureza da transgressão, para salvá-los de cometer pecado, e de sofrerem sua pena." – Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, págs. 42 e 43.
Embora o grande conflito ainda esteja ativo nos níveis global e pessoal, não devemos nos desesperar. "Deus é amor", "o Seu amor dura para sempre" (1 João 4:16; Sal. 107:1), e Seu amor derrotou o inimigo em nosso favor. 


Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara




Sem Fronteiras






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