quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Estudo VI - O Batismo no Espírito Santo





 
"E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito" (Efésios 5:18). 

Ao longo dos séculos, tem havido muita especulação e discussão na igreja cristã sobre o que significa o "batismo do Espírito Santo". Pelas poucas referências bíblicas, fica claro que se trata do Espírito Santo na vida de uma pessoa que nasceu de novo. Sem o impulso do Espírito, ninguém pode experimentar o novo nascimento; os que tiveram essa experiência foram batizados com o Espírito Santo 

Em Atos 1:5, Jesus disse aos Seus seguidores que seriam batizados com o Espírito Santo; os eventos espetaculares do Pentecostes, dez dias mais tarde, parecem o cumprimento óbvio de Suas palavras (veja Atos 2), quando muitos aceitaram Cristo e se tornaram seguidores do Messias, nascidos de novo. 

Uma coisa é certa: Qualquer pessoa que se tenha rendido em fé e obediência ao Senhor Jesus Cristo foi batizada no Espírito Santo. Um cristão amoroso e amável, que se dá em favor dos outros é a maior manifestação desse batismo. 

Um só Espírito, um só corpo 
De acordo com Paulo, quem é batizado no Espírito Santo? 1 Cor. 12:1-13 

Paulo estava lidando com uma igreja que tinha dificuldades quanto aos dons espirituais. Em resposta, Paulo exclamou: "Não estejam divididos acerca deste assunto". Ou, como ele mesmo expressou: "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito" (1 Cor. 12:13). 

Em algumas versões, lê-se que fomos batizados "por" um só Espírito. Essa palavra também pode ser traduzida como "em" um só Espírito. Deste modo, os crentes genuínos são batizados em um só Espírito no corpo de Cristo (v. 13), que é a igreja. Um ponto é claro: Todos os crentes compartilham a realidade de serem batizados pelo Espírito, e esse fato nos torna parte do corpo de Cristo, a igreja. 
 Idealmente, o batismo no Espírito, ou conversão, precede o batismo da água. O batismo da água é uma demonstração exterior da mudança que já ocorreu no coração. O verdadeiro crente nasce pelo Espírito (João 3:5 e 6); o Espírito é o agente selador (Efés. 1:13, 14); e o Espírito foi dado como penhor (garantia) e lembrança de que pertencemos a Deus (2 Cor. 5:5). 

Qual é a importância de que o Espírito Santo habite em nós? Rom. 8:9 

Ao aceitar pessoalmente a Jesus como nosso Salvador, recebemos o Espírito como um dom, ou garantia, celestial de completa salvação. O fato de que Ele habita em nós se torna uma constante garantia e lembrança de que algum dia, no futuro, Jesus não apenas habitará dentro de nós; haveremos de habitar com Ele e com os anjos não caídos em um reino onde não mais seremos tocados pela tentação nem pelo pecado. A fim de nos lembrar constantemente dessa total libertação do reino do pecado, Ele nos dá constantemente Seu Espírito. 

Todo verdadeiro crente, desde o Pentecostes, recebeu a garantia do Espírito, que é a mesma experiência do batismo do Espírito. A pergunta importante para nós é: Quão dispostos estamos a receber o Espírito? 

A culpa e o Espírito 

"Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?" (Atos 2:37). 

Pense na ação descrita pelo texto acima. Ao ler os versos anteriores em Atos 2 (começando no v.14), você poderá ver claramente o que estava se passando. Pedro, citando o Antigo Testamento, pregou sobre a morte, ressurreição e ascensão de Jesus. Ele estava expondo o plano de salvação. 
 Note, também, a resposta imediata desses homens. Era alegria? Felicidade? Ao contrário, eles "ficaram aflitos em seu coração" (NVI). O verbo grego significa "perfurar", e a idéia do texto é que eles ficaram angustiados, sofreram, sua consciência ficou perturbada. E não é de admirar, especialmente quando você lê o verso 36. Em certo sentido, todos somos tão culpados quanto esses homens, no sentido de que, em última instância, foram os pecados de todos nós que levaram Jesus à cruz. 
 Não obstante, a idéia é clara: foi a culpa, foi a tristeza, foi a dor que ajudou a levá-los para onde precisavam estar. 

Segundo Paulo, qual é a diferença entre a tristeza que produz vida e a que produz morte? 2 Cor. 7:9-11. Qual foi o resultado da aflição dos ouvintes de Pedro? Atos 2:41

Neste contexto, é mais fácil entendermos as palavras de Cristo: "Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos Céus" (Mat. 5:3). Por mais que o evangelho seja uma mensagem de alegria, paz e esperança, o processo de salvação, de arrependimento e de santificação envolve algum sofrimento de nossa parte (Atos 14:22). Realmente, um dos atos do Espírito Santo é levar-nos à convicção do pecado (João 16:8), e isso pode acontecer apenas até o ponto em que nosso coração seja "perfurado" pela realidade de quão pecaminosa tem sido nossa vida. 
O arrependimento e o Espírito 

"Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo" (Atos 2:38). 

Embora Pedro tenha prometido o dom do Espírito Santo aos que se arrependem e são batizados, eles foram levados ao arrependimento unicamente pela ação do Espírito Santo. Assim, podemos ver aqui a realidade do Espírito Santo trabalhando em cada fase da relação da pessoa com seu Criador.  
Arrependimento é mudança de mente e de vida. As palavras traduzidas por "arrependimento", tanto no hebraico como no grego, envolvem a idéia de mudança, especialmente mudança de mente e de direção. É o reconhecimento de que você estava errado, reconhecimento que leva não só à tristeza mas à mudança, uma volta para a Fonte de vida e compreensão moral. O arrependimento, o verdadeiro arrependimento (2 Cor. 7:10), é uma evidência poderosa de que a pessoa foi tocada no batismo do Espírito Santo. 

Leia qual é o papel do Espírito Santo em nos conduzir ao arrependimento. Rom. 2:4João 15:26João 16:13, 14

O Espírito Santo é o representante de Cristo aqui na Terra. Unicamente mediante Seu trabalho de revelar-nos a verdade sobre Cristo pode alguém ser levado à convicção e, conseqüentemente, ao verdadeiro arrependimento. Unicamente através do poder do Espírito podemos ser movidos a tomar a decisão consciente de render nossos caminhos pecaminosos e viver em submissão ao Senhor. Revelando-nos o amor de Deus, o Espírito nos toca e nos dá o único motivo verdadeiro para desejar servir a Deus: um coração agradecido que ama esse Deus que nos amou primeiro (1 João 4:10). 

Mas o verdadeiro amor a Deus não pode ser forçado. O Espírito vem e nos toca; temos a liberdade de render-nos aos Seus apelos ou nos afastar deles. No fim, a escolha é nossa, e só nossa. 

A obediência e o Espírito 
Qual foi a resposta dos judeus ao testemunho de Pedro? Atos 2:37.  

"Nós somos testemunhas destes fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que Lhe obedecem." (Atos 5:32). Como este texto sugere, obediência é um dos pré-requisitos para se receber o Espírito Santo. Por mais que sejamos salvos pela fé, por mais que seja a justiça de Cristo creditada a nós que nos salve das conseqüências finais do pecado, não podemos viver em desobediência ao Senhor. O Espírito foi dado para nos trazer convicção, convicção que nos levará à obediência. Outra coisa qualquer é falsificação. 

Quando viveu entre nós, Jesus advertiu Seus seguidores a obedecerem a Deus, andar nos Seus mandamentos, amar e perdoar uns aos outros como Deus nos ama e perdoa. Como seria tolo crer que o Espírito Santo, que está aqui em Seu lugar, nos ensinaria outra coisa. Os que alegam ter o "batismo do Espírito Santo" e usam, por exemplo, "o falar em línguas" como prova desse batismo, mas vivem em desobediência aos mandamentos de Deus, estão enganando a si mesmos. A maior prova de que vivemos pelo Espírito é uma vida em fé e obediência a Deus. 

A fé e o Espírito 
Os que se rendem à influência do Espírito Santo serão levados ao que Paulo chama de "obediência por fé" (Rom. 16:26). Porém, sendo verdade que os que são salvos em Cristo obedecem, e sendo que a salvação é inseparável da obediência, as pessoas podem cair facilmente na armadilha de confundir os resultados da salvação (obediência) com o meio de salvação (fé em Cristo). Este era o problema dos gálatas. 

Que repreensão Paulo dirigiu aos gálatas? Qual é a relação entre Espírito, obediência e fé? Gal. 3:1-11

O Espírito Santo deve guiar as pessoas a "toda a verdade" (João 16:13); o centro de "toda a verdade", evidentemente, é Cristo e Ele crucificado (1 Cor. 2:2). A maior e mais importante de todas as verdades é que Jesus Cristo morreu pelos pecados do mundo, que no Calvário Ele pagou a penalidade por todo pecado humano, e que qualquer pessoa pode, pela fé, ser perdoada de seu pecado e apresentar-se perfeita diante de Deus. É um pensamento central dessa verdade que não há nenhum trabalho que qualquer ser humano possa fazer, até mesmo as obras da lei, que possa expiar seus pecados e trazer perdão (Rom. 3:20Gal. 2:16). Esse perdão e essa expiação só podem existir por meio de Jesus e se tornam eficazes na vida dos que crêem; isto é, aqueles que os reivindicam para si mesmos pela fé (Gal. 3:5 e 6). Deste modo, o próprio Espírito Santo, que nos guia em direção à obediência, é o mesmo que nos ajuda a entender a grande verdade da salvação somente pela fé. É evidente que os gálatas estavam de alguma forma perdendo de vista essa grande verdade. 

"Permita que Cristo trabalhe pelo Seu Espírito e o desperte como se o despertasse dentre os mortos, que ponha a sua mente em afinidade com a dEle. Permita-Lhe empregar suas faculdades. Criou Ele cada uma de suas capacidades para que melhor pudesse honrar e glorificar o Seu nome. Consagre-se a Ele, e todos os que se relacionam com você verão que suas energias são inspiradas por Deus, que as suas mais nobres faculdades são chamadas à ação para fazer o serviço do Senhor. As faculdades uma vez usadas para servir o eu e promover princípios indignos, e que uma vez serviram como instrumentos de propósitos injustos, serão levadas em cativeiro a Jesus Cristo, e se unirão à vontade de Deus." – Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 396.


Postado Por Dc. Alair Alcântara


Sem Fronteiras

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O evangelho chega aos cinemas brasileiros com “Poema de Salvação”


Por Dc. Alair Alcântara;

Inspirado na vida do cantor argentino Pablo Olivares, o filme será exibido pela rede Cinemark e narra uma trajetória de drogas, ocultismo e o poder da oração de uma mãe.
O evangelho chega aos cinemas brasileiros com “Poema de Salvação”
A Canzion Films Brasil, parte do Grupo Canzion, lançará nos cinemas brasileiros o filme “Poema de Salvação”, primeiro filme cristão a ser lançado no Cinemark. Estrelado por Gozalo Senestrari que interpretará Pablo, com elenco formado por Irina Alonso, Fernando Rosarolli e Soledad Beilis, entre outros. Inspirado na vida do cantor argentino Pablo Olivares, o filme será exibido pela rede Cinemark e narra uma trajetória de drogas, ocultismo e o poder da oração de uma mãe.
Pablo Olivares é um menino talentoso e inquieto, nascido em uma família cristã. Sua mãe, Carmem, dedica todo seu tempo a educá-lo de acordo com os princípios bíblicos, cultivando nele desde pequeno o amor pela música. Roberto, seu pai, dedica-se principalmente aos negócios, mantendo-se distante da vida de Pablo. Diante da ausência emocional de seu pai, Pablo se junta com amigos que o apresentam ao mundo do rock’n’roll e ele começa a se sentir atraído pelo ocultismo.
Sua habilidade para a música se torna evidente e embora Carmem acredite em seu talento, o rock é uma questão que ela não apoiará. Carmem tenta de tudo para restabelecer o relacionamento com seu filho e, fiel a seus princípios, ora incessantemente por ele durante quatorze anos. O constante confronto entre Pablo e sua mãe logo deixa de ser uma questão meramente familiar e se transforma em um campo de batalha pela salvação do jovem. Um drama inspirado em uma história real, filmado na Argentina, do diretor Arturo Allen (dos curta-metragens “Bandeira Branca” e “Não se Renda”).
O lançamento do filme será no dia 30 de setembro, com pré estreia anunciada para o dia 23, apenas para convidados. O filme já foi exibido em diversos países da América Latina e EUA, atingindo público superior a 500 mil pessoas. No Brasil, a Canzion Films Brasil pretende mostrar que o cinema cristão possui força e que sua exibição na rede mundial de cinemas Cinemark produzirá transformações em diversas famílias que passam, passaram ou passarão pelo mesmo problema. Pela primeira vez na história, um filme, exclusivamente cristão, com uma mensagem de adoração e louvor, será exibido nas salas da cidade de São Paulo, e em breve nas principais capitais do Brasil.
Assista ao trailer:
Postado Por Dc. Alair Alcântara

Sem Fronteiras

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Estudo V - O Cumprimento da Promessa





 
"De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem" (Atos 2:2-4). 

 O derramamento do Espírito Santo no Pentecostes veio em cumprimento do que o Senhor havia prometido antes de voltar ao Céu: que esses apóstolos e discípulos seriam "batizados com o Espírito Santo" (Atos 1:5)e receberiam "poder" (Luc. 24:49). O Espírito Santo veio sobre eles como havia sido prometido, e eles começaram a falar em outras línguas "as grandezas de Deus" (Atos 2:11). Que interessante e revelador que a primeira coisa que eles fizeram com esse dom tenha sido testemunhar sobre o Senhor. É evidente que esse foi apenas o início do que o Espírito Santo faria, e ainda está fazendo, para a igreja do Senhor. 

Esse grande evento foi a culminação de muitos outros eventos, todos centrados em torno da vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus. Entre esses eventos, estava também a preparação do povo de Deus para que estivessem prontos a receber esse maravilhoso derramamento do Céu. 

Fé e a Promessa 

"E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse Ele, de Mim ouvistes. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias" (Atos 1:4, 5)

De acordo com Atos 1:4, os discípulos deveriam permanecer, ficar ou mesmo se assentar em Jerusalém até que se cumprisse a promessa. A ênfase na ordem para "esperar" ou "assentar-se" está no cumprimento da promessa de Deus em seu devido tempo. A espera em si não traria o Espírito. A palavra traduzida como "promessa" – epaggelia – como é usada em outras partes do Novo Testamento, enfatiza a graça de Deus em lugar do esforço humano. É dom de Deus, recebido pela fé. 

Naturalmente, a fé também é um dom de Deus (Efes. 2:8), mas existem coisas que os crentes podem fazer a fim de fortalecer sua fé. É muito tolo e presunçoso acreditar que só porque nos foi prometida a fé, nos seria dado tudo de que precisamos, sem esforço nem cooperação de nossa parte. Grandes coisas são prometidas aos que têm fé (Rom. 5:1Heb. 11:6), mas a fé é algo que os crentes devem apreciar, cultivar e proteger. 

Espera como preparação 

Estudamos os textos em que Jesus disse aos discípulos para permanecerem em Jerusalém. Foi exatamente isso que eles fizeram (Atos 1:12). Aqui, vemos imediatamente um dos grandes princípios da fé: obediência. Dificilmente se pode esperar que se cumpram as promessas aos que desobedecem a Deus. 

Que atitude entre os discípulos os habilitou a estar preparados para receber o derramamento do Espírito Santo? Atos 1:14Atos 2:1 e 46

Conta a história que o grande almirante inglês Lorde Nelson, justamente antes de uma grande batalha naval, levou dois oficiais que viviam às turras a um lugar em que podiam ver todos os navios do inimigo preparados para guerrear contra eles. "Lá", disse o almirante, "estão seus inimigos. Apertem as mãos e sejam amigos como bons ingleses". Em outras palavras, as questões em jogo eram grandes demais para que diferenças pessoais se atravessassem no caminho da vitória. 

Assim também, podemos ver como era importante a unidade entre esses discípulos que, anteriormente, nem sempre estiveram unidos.

O que havia causado dissensão entre os discípulos, no passado? Mar. 9:33 e 34Luc. 22:24 

O que os textos de Atos, acima, mostram é que, depois que os discípulos se uniram e não mais se esforçaram para buscar a posição mais elevada, o Espírito foi derramado. Eles estavam de comum acordo. As diferenças tinham sido afastadas. Tinham um alvo comum, propósito comum, muito mais importante do que qualquer questão pessoal. Eles tiveram que resolver essas coisas antes de estarem prontos para trabalhar juntos na missão comum. "Da multidão dos que creram era um o coração e a alma."(Atos 4:32). 

O cumprimento do Pentecostes 

"Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados" (Atos 2:1 e 2)

Pentecostes é derivado de uma palavra que significa "qüinquagésimo", uma referência aos 50 dias entre a Festa dos Pães Asmos e o Pentecostes – que é a Festa das Primícias. Nessa festa, os filhos de Israel apresentavam ao Senhor uma oferta movida da colheita de trigo, expressando gratidão pelos Seus benefícios materiais (Lev. 23:15-21). 

Os rabinos também haviam concluído que 50 dias depois do Êxodo, o Senhor havia dado a Israel a lei no Sinai. Assim, o festival também chegou a ser entendido entre os judeus como uma comemoração do Sinai. Nesse sentido, o Pentecostes comemorava a fundação das 12 tribos de Israel como nação que entrou em relação de aliança com o Senhor, "reino de sacerdotes e nação santa" (Exo. 19:6) que pregaria a verdade de Deus a um mundo mergulhado em pecado e idolatria. Como é adequado que esse dia de festa representasse uma fase decisiva para introduzir gradualmente a fundação da primeira igreja cristã, que também foi chamada para pregar a verdade de Deus a um mundo mergulhado em idolatria e pecado! 

Também é fascinante a respeito dessa época que, entre todos os festivais, o Pentecostes atraía o maior número de judeus de diferentes terras. Atos 2:5 fala de judeus devotos de "todas as nações debaixo do céu" que estavam lá. Que oportunidade perfeita para o incrível derramamento do Espírito Santo sobre a primeira igreja a fim de que estivesse pronta para cumprir sua missão para o mundo. 

O Céu e o derramamento 

 Leia Atos 2:22-35 e então, pense: 
    a. Que contraste Pedro fez entre Davi e Jesus? Qual era o argumento? 
    b. No discurso de Pedro, que papel teve a morte e a ressurreição de Cristo? 
    c. Qual foi a promessa do Pai? (v. 33). 
    d. Que evento incrível no Céu propiciou esse derramamento do Espírito Santo? 

"A ascensão de Cristo ao Céu foi, para Seus seguidores, um sinal de que estavam para receber a bênção prometida. Por ela deviam esperar antes de iniciarem a obra que lhes fora ordenada. Ao transpor as portas celestiais, foi Jesus entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi esta cerimônia concluída, o Espírito Santo desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi de fato glorificado com aquela glória que tinha com o Pai desde toda a eternidade. O derramamento pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do Redentor havia sido feita. De conformidade com Sua promessa, Jesus enviara do Céu o Espírito Santo sobre Seus seguidores, em sinal de que Ele, como Sacerdote e Rei, recebera todo o poder no Céu e na Terra, tornando-Se o Ungido sobre Seu povo." –Atos dos Apóstolos, págs. 38, 39. 

O dom de línguas- Atos 2:5-15

Tente imaginar a cena. Judeus devotos de todo o mundo conhecido de então se reuniram (como faziam cada ano) para o grande festival quando, de repente – o que aconteceu? Um grupo de galileus, conhecidos como pessoas rudes do campo (não exatamente a elite sofisticada de Israel), de repente começaram a falar em todas essas línguas diferentes!  
  Pode-se imaginar a consternação dos que, de repente, os ouviam falar em seu próprio idioma. Eles ficaram tão confusos que, em determinado momento (Atos 2:13), alguém os acusou de estar "embriagados!", uma resposta tola, se você pensar nela. (Afinal, quantas pessoas sob a influência do álcool de repente começam a falar em línguas estrangeiras que nunca haviam conhecido antes?) 

Juntamente com o texto de Atos 2, leia Marcos 16:17, pois nos ajudam a entender o que significou o dom de línguas.
  
Em Atos 2, onde o dom de línguas foi mencionado pela primeira vez, é muito claro que "línguas" é a habilidade dotada pelo Espírito de falar em idiomas estrangeiros. De fato, a palavra traduzida como "língua" (como em 1 Coríntios 14) é glossa, que significa "idioma". Se usarmos o princípio de interpretação, em que as passagens difíceis são interpretadas com base nas mais simples, alguns dos textos mais difíceis que tratam com línguas (I Coríntios 14) precisam ser examinados levando em conta o que é claro – e é claro que, em Atos 2, o dom de línguas foi a habilidade de falar em línguas estrangeiras. Este ponto é importante, especialmente levando-se em conta o fenômeno hoje chamado "falar em línguas", em que as pessoas acreditam que a repetição de expressões vocais ininteligíveis sejam a manifestação do Espírito Santo. Certamente, não foi isso o que aconteceu no Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado. 

"O Espírito Santo, assumindo a forma de línguas de fogo, repousou sobre a assembléia. Isto era um emblema do dom então outorgado aos discípulos, o qual os capacitava a falar com fluência línguas com as quais não tinham nunca tomado contato. A aparência de fogo significava o zelo fervente com que os apóstolos trabalhariam, e o poder que assistiria sua obra." – Atos dos Apóstolos, pág. 39. 
  
"Algumas dessas pessoas têm formas de culto a que chamam dons, e dizem que o Senhor os pôs na igreja. Têm um palavreado sem sentido a que chamam língua desconhecida, desconhecida não só ao homem, mas ao Senhor e a todo o Céu. Tais dons são manufaturados por homens e mulheres ajudados pelo grande enganador. O fanatismo, a exaltação, o falso falar línguas e os cultos ruidosos, têm sido considerados dons postos na igreja por Deus. Alguns têm sido iludidos a esse respeito." –Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, pág. 412.


Postado Por Dc. Alair Alcântara


Sem Fronteiras

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Estudo IV - A Promessa do Espírito Santo





 
"E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" (João 14:16). 

Muitos escritores do Antigo Testamento prometeram um derramamento do Espírito (Joel 2:28,29). João Batista – o precursor de Jesus – anunciou às multidões que aquele que viria depois dele, o Messias, batizaria os arrependidos com o Espírito Santo e com fogo. 

Mas os discípulos de Jesus não viam a necessidade do Espírito durante Seu ministério. Jesus estava perto deles. Por que precisariam de outro Consolador? 
  
É evidente que Jesus não estaria perto para sempre, pelo menos em carne. O plano de salvação pedia que Ele partisse, a fim de ministrar os méritos de Sua expiação no santuário do alto, antes de voltar e buscar os que comprou com Seu sangue. 

Assim, Ele prometeu enviar-lhes Seu Espírito. O Espírito seria seu guia e consolador, visto que eles não poderiam seguir o Mestre amado aonde Ele estava para ir em breve. 
 O Consolador vindouro deveria ser companheiro constante dos discípulos. Ele os sustentaria e confortaria em suas perdas, além de compensar a partida do seu Amigo. Mas, a promessa do Espírito não foi só para eles, mas para nós, também. 

A promessa da água 

"Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o Meu Espírito e farei que andeis nos Meus estatutos, guardeis os Meus juízos e os observeis" (Ezequiel 36:25-27)

Ezequiel fala do Espírito sob o símbolo da água. Usando esse emblema, o profeta apresenta o Espírito agindo tanto para purificar como para vivificar. Os seguidores de Cristo terão nova vida em que, pelo poder do Espírito Santo, estarão limpos das impurezas da carne e viverão em fé e obediência. 
  
Assim, é claro por estes textos que, qualquer que seja a obra do Espírito, esta inclui o processo de santificação, mudança de hábitos, de ações e de palavras. Mais importante ainda, também inclui mudança de coração. 

O que o Espírito Santo faz em nossa vida? 2 Cor. 3:3 

A promessa de João Batista 
  
"Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mat. 3:11). 
  
"João proclamava a vinda do Messias, e chamava o povo ao arrependimento. Como símbolo da purificação do pecado, batizava-os nas águas do Jordão. Assim, por uma significativa lição prática, declarava que os que pretendiam ser o povo escolhido de Deus estavam contaminados pelo pecado, e sem purificação de coração e vida, não poderiam ter parte no reino do Messias." –O Desejado de Todas as Nações, pág. 104. 
  
João estava bem ciente de que seu batismo não seria bastante para permitir que homens e mulheres estivessem na presença de Deus. Havia necessidade de algo mais que o batismo com água. Havia também o batismo de fogo. 
 É muito interessante que tanto a água como o fogo sejam usados como símbolos do trabalho do Espírito Santo. É difícil pensar em duas coisas que, em certo sentido, sejam mais opostas do que fogo e água. Mas ambos são usados para descrever as ações do Espírito Santo. 

 Fogo e água são dois grandes agentes purificadores naturais, e é apropriado que ambos sejam usados para representar a regeneração do coração, a obra do Espírito Santo. Mas a ação do fogo é muito diferente da ação da água. Em sentido espiritual, os dois agentes poderiam realizar a mesma coisa, mas o processo pelo qual eles agem é diferente. Quando pensamos em água, freqüentemente pensamos em algo calmante, refrescante, delicioso; em contraste, embora o fogo traga calor consigo, também implica provação (1 Pedro 4:12), dor e sofrimento. A imagem do fogo do ourives não expressa um processo confortável ou agradável. Sem dúvida, é por isso que, às vezes, o trabalho que precisa ser feito em nós é como fogo do ourives: temos que ser purificados do pecado; a escória precisa ser queimada. 

O Espírito ainda não concedido 
  
"No último dia, o grande dia da festa, levantou-Se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto Ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nEle cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado" (João 7:37-39). 

Quando Jesus pronunciou estas palavras, o Espírito como pomba já havia descido sobre Ele. Uma abundância de referências do Antigo Testamento indica que o Espírito Santo há muito tinha estado em ação em favor da humanidade. Então, o que João quis dizer quando falou: "o Espírito até aquele momento não fora dado" embora o Espírito haja trabalhado com homens e mulheres desde a entrada do pecado, foi que Ele não veio à Terra em Sua plenitude. Isso não haveria de acontecer antes que Jesus fosse glorificado. 

Quando Jesus estava para deixá-los, que promessa deu aos discípulos com referência à Sua presença? Mat. 28:20Atos 1:4,5.

A partida de Cristo haveria de enriquecer os discípulos e todos os crentes, em vez de empobrecê-los. Andando entre nós, Jesus estava limitado geograficamente a um lugar específico de cada vez. Enquanto estava com os três discípulos no alto, não podia estar com o outros no sopé da montanha. Ele estava limitado em espaço, como nós. Mas o Espírito Santo não seria limitado nem pela humanidade nem pelo espaço. Sendo onipresente, o Espírito não está limitado com o corpo humano. Ele está acessível igualmente a todos, em todos os lugares. Pela presença do Espírito Santo, Jesus está conosco, até o fim do mundo. 

Antes de Sua crucificação, o que Jesus prometeu novamente aos discípulos?  João 14:16 

Esta é a primeira promessa direta feita por Jesus aos discípulos sobre a vinda do Espírito Santo. Evidentemente, Ele está Se referindo ao Dia de Pentecostes. Mas essa não foi a primeira vez que o Espírito apareceu na Terra. 

"Antes disto, o Espírito havia estado no mundo; desde o próprio início da obra de redenção Ele estivera atuando no coração dos homens. Mas enquanto Cristo esteve na Terra, os discípulos não tinham desejado nenhum outro auxiliador. Não seria senão depois que fossem privados de Sua presença que experimentariam a necessidade do Espírito, e então Ele havia de vir." –  O Desejado de Todas as Nações, pág. 669. 

Que participação na obra de Deus tinha o Espírito Santo antes da vinda de Cristo? Num. 11:251 Sam. 10:6Sal. 51:10 e 11 

João 20:22 mostra que, antes de deixar os discípulos, Cristo "soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo". Novamente, Ele disse: "Eis que envio sobre vós a promessa de Meu Pai" (Lucas 24:49). Mas não foi antes da ascensão que o dom foi concedido em sua plenitude. Só depois que, pela fé e oração, os discípulos se renderam completamente à Sua obra, é que foi concedido o Espírito. Então, em sentido especial, os bens do Céu foram concedidos aos seguidores de Cristo. Em outras palavras, embora Cristo lhes tenha dado essa promessa maravilhosa, eles tinham que ser preparados para recebê-la. Será diferente para nós hoje? 

Outro Consolador 

"Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros" (João 14:18)
  
"Outro Consolador" viria para tomar o lugar de Jesus. Até aquele tempo, Jesus tinha estado com os discípulos e tinha sido seu ajudador em toda emergência. Mas agora, outra pessoa viria para tomar Seu lugar. 
    
A palavra grega traduzida como "Consolador" é composta de para, que significa "ao lado de", e kletos, que significa "aquele que é chamado". Assim, parakletos significa "alguém chamado para estar ao lado de outro", ou chamado para ajudar outros em qualquer emergência que surja. Tem o significado de "advogado" ou "conselheiro". 

Além disso, a mesma forma verbal é traduzida como "exortar". Assim, Ele também é um "exortador". De fato, este significado posterior é a característica preeminente da obra do Espírito como foi esboçada por João. Ele "ensinará" e "fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (João 14:26). Ele dará testemunho de Cristo (João 15:26). Convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (João 16:8). Guiará a toda a verdade e dirá tudo o que tiver ouvido e anunciará as coisas que hão de vir (v. 13). Glorificará a Cristo, receberá dEle e dará aos discípulos (v. 14). 

Como o Espírito Santo trabalha em nossa vida hoje? 1 João 3:241 João 4:13 

Os apóstolos e seus co-irmãos não foram deixados sós ou sem ajuda depois que Jesus ascendeu ao Céu. Um auxiliador adequado estaria com eles. "Pelo Espírito, disse, manifestar-Se-ia a eles." –O Desejado de Todas as Nações, pág. 670. 

 "Se olharmos para Jesus e nEle confiarmos, chamaremos em nosso auxílio um poder que venceu o arquiinimigo em campo aberto e, para nossa tentação, Ele dará também o escape. Quando Satanás vem sobre nós como uma avalanche, devemos enfrentar suas tentações com a espada do Espírito, e Jesus, que é o nosso auxílio, levantará por nós um pendão contra ele." –  Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 426.


Postado Por Dc. Alair Alcântara

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