segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Zenaldo Coutinho Novo Prefeito de Belém


Por Pr. Alair Alcântara!!!
Manoel Pioneiro
Boa noite meus amigos e minhas amigas! Quero parabenizar o amigoZenaldo Coutinho pela importante vitória nas eleições de Belém neste segundo turno. Sua obstinação em debater os problemas de Belém e apontar as melhores soluções ,além de ser pessoa com grande capacidade de agregar apoios e fazer parcerias, foram fundamentais para o êxito desta grande campanha. Espero podermos juntos: Belém,Ananindeua,Governo do Estado,Assembleia Legislativa e o povo, realizarmos as mudanças e melhorias que a nossa população tanto espera.Tenha em mim um parceiro nesta jornada que se inicia agora.— com Simão Jatene e Zenaldo Coutinho.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Estudo VII - VIVENDO COMO FILHOS DE DEUS


Por Pr. Alair Alcântara!!!



“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não O conheceu a Ele mesmo” (1Jo 3:1).

Um novo converso procurou o pastor e disse: “Por mais que eu ore, por mais que eu tente, simplesmente não posso sentir que sou fiel ao meu Senhor. Acho que estou perdendo a salvação.” O pastor respondeu: “Você está vendo este cachorro aqui? È o meu cachorro. Ele é treinado para viver em casa; ele nunca faz sujeira; é obediente; é um encanto para mim. Lá na cozinha está meu filho, um bebê. Ele faz muita sujeira, joga a comida no chão, suja as roupas, é uma confusão total. Mas quem vai herdar minha herança? Não é meu cachorro; meu filho é meu herdeiro. Você é herdeiro de Jesus Cristo porque foi por você que Ele morreu.” Somos filhos de Deus e herdeiros de Seu reino, não por causa de nossa perfeição.

Filhos de Deus

Que promessa maravilhosa nos é oferecida? 1Jo 3:1. O que essa promessa inclui? Veja também Jo 1:121Jo 2:291Jo 3:9.

1 João 3:1 aponta para um nascimento espiritual; João 1:12 destaca a fé em Cristo pela qual nos tornamos filhos de Deus. 1 João 3:1 afirma que os crentes já são filhos de Deus. O Senhor tomou a iniciativa de fazer isso por nós. O novo nascimento é obra Sua, não nossa. Não podemos promover nem nosso nascimento nem nossa adoção como filhos de Deus. Também não precisamos nos preocupar com nosso estado como filhos de Deus, desde que mantenhamos um relacionamento sadio com Ele. Esse relacionamento é descrito como o que acontece entre pai e filho; assim, muito íntimo. O pai ideal toma cuidado de nós, nos ama, e daria a vida por nós.

Pare e pense nas implicações dessa promessa de que somos filhos de Deus. Pelas últimas contas, existem mais de quatrocentos bilhões de galáxias visíveis no Universo, cada uma contendo bilhões de estrelas. Quem sabe quantos planetas existem entre essas estrelas e quantos são habitados com vida inteligente? Devido ao tamanho do Universo, em contraste com nosso planeta, para não dizer cada um de nós individualmente, como podemos deixar de nos surpreender com o fato de que o Deus que criou tudo isso nos ama e nos fez Seus filhos? Que perspectiva maravilhosa esse fato deve nos dar sobre o significado de nossa vida! Que esperança, que certeza, que confiança devemos ter para o futuro, não obstante todas as circunstâncias difíceis pelas quais passamos hoje! Deus, o Criador de tudo o que existe, nos ama, cuida de nós e nos chama Seus filhos! A New International Version traduz 1 João 3:1 livremente mas capta bem seu significado quando diz que o Pai “esbanjou” Seu grande amor sobre nós.

Resultados e responsabilidades (1Jo 3:2, 3)

1 João 3:1 refere-se aos resultados dessa relação Pai/filho, inclusive as responsabilidades dessa relação. Como consequência de sua relação com Deus, os crentes vivem de maneira pura, não sob o domínio do pecado (v. 3-10). Porém, primeiramente, é destacado que nós O veremos e seremos semelhantes a Ele.

Visto que sabemos qual é nossa presente condição como filhos de Deus, também sabemos que o futuro será ainda mais fantástico, embora ainda não possamos entendê-lo completamente. O fato de que veremos o Senhor e seremos semelhantes a Ele deve nos encher de alegria e confiança e banir todo temor e toda apreensão.

Satanás quis ser semelhante a Deus em poder e pode ter almejado a adoração de todos os seres criados. Porém, parece que ele não estava interessado em ser semelhante a Deus em caráter. Seu desejo de ser semelhante a Deus em poder não aprofundou sua relação com Deus, mas, ao contrário, a interrompeu e arruinou.

Embora os cristãos devam ser semelhantes a Deus, eles não desejam tomar o lugar de Deus. Desejam ser semelhantes a Ele em amor aos outros, em serviço abnegado, em pureza de pensamento e justiça de ação. Respeitam a diferença básica entre o Criador e as criaturas e não pretendem contrariá-la. Para eles, o mais importante é o amor, não o poder. Como Jesus mostrou, ser semelhante a Deus é entregar-se total e abnegadamente pelo bem dos outros. Jesus veio para nos mostrar como é o Pai. “Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não Me tens conhecido? Quem Me vê a Mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 14:9).

Definição de pecado

Os falsos ensinos que João confrontou nessas epístolas podem ter destacado a bênção presente da salvação mas podem ter ignorado a importância da pureza de vida. Os falsos mestres podem não ter se preocupado com o problema do pecado nem com suas consequências. Então, João enfatiza que o futuro depende do tipo de vida que temos agora. Isso não tem nada que ver com justiça pelas obras. Somos salvos unicamente pela graça, mas nossa vida deve refletir que somos salvos. Então, João, depois de ter conclamado os cristãos a purificar-se, continua expondo o que significa isso.

De acordo com a Bíblia, qual é a natureza do pecado? Sl 51:4; Is 1:2Mt 7:23Rm 6:1720

Na Bíblia, pecado é descrito como erro de alvo, falsidade, violação deliberada do padrão divino de verdade, revolta, maldade, desobediência, transgressão, ilegalidade, iniquidade e injustiça.

Em 1 João 3:4 pecado é definido como “transgressão da lei”. Mais tarde, em 1João 3:11-20, João narra a história de Caim, que assassinou seu irmão, exemplo claro de “ilegalidade”. Então, nos versos 22 e 24 do mesmo capítulo, ele se refere aos mandamentos e à necessidade de guardá-los.

Além das implicações legais do termo, iniquidade nos lembra o “homem da iniquidade” em 2 Tessalonicenses 2:3, o anticristo por excelência e clímax de sua atividade justamente antes da segunda vinda. Essa iniquidade é exibida pelos anticristos em 1 João, rebelando-se notoriamente contra Deus e se alinhando a Satanás. Os membros da igreja são advertidos indiretamente em 1João 3:4 a renunciar a essa atitude e a todo pecado. Uma das grandes ironias do mundo cristão de hoje é que muitos dos mesmos pregadores que denunciam o pecado continuam a afirmar que a lei de Deus foi abolida porque agora estamos sob a graça. Que distorção horrível do que é a graça!

A manifestação de Jesus

Em Sua primeira vinda, Jesus, veio em carne humana. Veio para solucionar o problema do pecado e para destruir as obras do diabo. Nesse caso, os crentes não podem fazer coisa nenhuma com o pecado ou o originador do pecado, o diabo. Quando nos associamos ao pecado, associamo-nos com Satanás e rejeitamos Jesus.

1 João 3:5 não diz diretamente como Jesus tirou os pecados. Porém, o contexto de 1 João e do Evangelho de João deixa claro que Jesus fez isso morrendo na cruz. Enquanto o livro de Hebreus afirma claramente que Jesus tirou o pecado mediante Seu autossacrifício, o Apocalipse ensina que Jesus nos livrou dos pecados mediante Seu sangue.

A primeira parte de 1 João 3:5 aponta indiretamente para a cruz. A segunda parte destaca a absoluta ausência de pecado em Jesus, o que era necessário a fim de que Sua morte na cruz nos salvasse.

Os anticristos de 1 João podem não ter compreendido completamente o verdadeiro valor da cruz e a morte substituinte em nosso lugar. Que tolice, pois a morte de Cristo em nosso favor, na qual Ele sofreu a penalidade por todos os nossos pecados, forma o fundamento do plano de salvação! A morte de Cristo foi o único meio possível para salvar a humanidade e trazer-lhe a promessa da vida eterna. Perder isso é perder todo o sentido do evangelho.

Nenhum pecado!

1 João 3:6, 9 contém declarações fortes e desconcertantes, afirmando que ninguém que vive em Jesus e ninguém que nasce de Deus vive pecando. Isso parece muito absoluto. Os cristãos têm tido muita dificuldade com essas declarações e procuram encontrar explicações. Afinal, que cristão verdadeiro não teve que enfrentar a realidade do pecado em sua vida?

O que podemos entender em todos os casos é que certamente o apóstolo João não se contradiz. No capítulo 1, ele diz que aqueles que afirmam estar sem pecado enganam a si mesmos. No capítulo 2, ele aponta para nosso alvo, que é não pecar, mas acrescenta que se pecarmos, temos um advogado diante do Pai, Jesus Cristo. Nossa passagem atual precisa ser entendida à luz da discussão anterior sobre o assunto do pecado: Os cristãos se afastam do pecado, mas, se pecarem, confessam o mal e aceitam o perdão divino.

Os comentaristas apresentam diversas tentativas de resolver esses versos difíceis. Duas delas serão mencionadas:

1. João retrata o ideal em 1 João 3:68, 9 – que ele também menciona em 1 João 2:1. A diferença é que em João 3 ele não acrescenta nenhum qualificativo. Uma razão pode ser que João quer que seus ouvintes e leitores tenham uma certeza sobre a questão do pecado. Ele não pode ser considerado levianamente. Os seguidores de Cristo não podem brincar com o pecado.

2. Os verbos pecar e praticar (pecado) estão no tempo presente, que costuma apontar para ações contínuas. O significado seria que os discípulos de Cristo não podem pecar continuamente. Podem cair em pecado aqui e acolá, mas dele se afastam e não vivem em pecado. Não são dominados pelo pecado. A Nova Versão Internacional segue esse raciocínio ao traduzir os verbos como “praticar o pecado”.

Não importa a interpretação aceita, o capítulo 3 deve ser entendido à luz dos capítulos 1 e 2. Embora o pecado seja real, os cristãos não têm escolha a não ser eliminá-lo de sua vida, não importando o custo.

”Ninguém se engane com a crença de que pode se tornar santo enquanto voluntariamente transgride um dos mandamentos de Deus. Cometer pecado conhecido faz silenciar a voz testemunhadora do Espírito e separa de Deus o crente. ‘Pecado é o quebrantamento da lei.’ E ‘qualquer que peca [transgride a lei] não O viu nem O conheceu’. (1Jo 3:6). Conquanto João em suas epístolas trate amplamente do amor, não hesita, todavia, em revelar o verdadeiro caráter dessa classe de pessoas que pretende ser santificada ao mesmo tempo em que vive a transgredir a lei de Deus. ... E a alegação de estarem sem pecado é em si mesma evidência de que aquele que a alimenta longe está de ser santo” ( O Grande Conflito, p. 472, 473).

Postado Por Pr. Alair Alcântara

Sem Fronteiras

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Estudo VI - ANDANDO NA LUZ - REJEITANDO OS ANTICRISTOS


Por Pr. Alair Alcântara!!!



“Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai” (1Jo 2:23).

Desde seus primórdios, a igreja teve que lidar com falsos ensinos e heresias. Paulo advertiu os líderes da igreja em Éfeso contra os “lobos vorazes” que atacariam “o rebanho” e contra falsos mestres entre eles mesmos que afastariam para longe os membros da igreja (At 20:29, 30). Jesus também advertiu contra os falsos cristos e falsos profetas (Mt 24:5,1124). Hoje, a igreja enfrenta a mesma coisa.
Em Apocalipse 13, a besta do mar é descrita como uma imitação de Jesus. Então, os comentaristas chamaram essa besta de anticristo (em grego, anti significa “em lugar de”). Curiosamente, em sua primeira epístola, João também fala sobre o(s) anticristo(s). Quem

“A Última Hora” (1Jo 2:18)

No texto final de 1 João 2, o apóstolo começa a falar em maiores detalhes sobre o grupo ou os grupos que haviam provocado problemas aos membros de sua igreja. Na atividade deles, ele reconheceu que “a última hora” havia chegado.
João fala sobre “a última hora” perto do fim do primeiro século d.C. Quase dois mil anos mais tarde, como devemos entender o que significa essa última hora? Leia sobre “os últimos dias” em At 2:15-17Hb 1:1, 21Pe 1:201Jo 2:18
A expressão “a última hora” ocorre só aqui. Em contraste, no Novo Testamento, outros escritores usaram a expressão “os últimos dias” para se referir ao tempo desde a primeira vinda de Jesus.
Com Jesus chegou uma nova era. Todo o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo é considerado “os últimos dias”. Pelo contexto de seus escritos, a “última hora” de João pode simplesmente ser sua forma de dizer a mesma coisa de “os últimos dias”, período entre a primeira e a segunda vinda de Jesus.
O próprio Jesus usou a expressão “a hora” em João 4:23 e João 16:2 (em algumas versões é traduzido como tempo”), e Ele apontava para um período específico no futuro, anterior ao Seu retorno. João parece usar a expressão “a última hora” também neste mesmo sentido.
O mais importante, porém, é notar que João não fixa uma data, nem descreve uma cronologia precisa e detalhada dos eventos que devem ocorrer antes da vinda do Senhor. Não é esse o seu objetivo. Em vez disso, seu objetivo está mais ligado à necessidade de sermos diligentes e cuidadosos, porque haveria falsos mestres, como o próprio Jesus advertiu.

A vinda dos anticristos

Quem é o anticristo? 1Jo 2:18, 1922
A palavra anticristo é usada apenas em 1 e 2 João. Um anticristo tenta tomar o lugar de Cristo e a Ele se opõe. Estudiosos de diferentes denominações têm, por exemplo, chamado de “anticristo” a besta do mar de Apocalipse 13 e o homem da iniquidade de 2 Tessalonicenses 2. Essa é uma designação correta, porque a linguagem usada em Apocalipse 13:2-4 mostra que essa besta do mar é uma imitação e paródia de Cristo, o Cordeiro; em 2 Tessalonicenses 2:4 o anticristo, o homem da iniquidade, busca tomar o lugar do Senhor. Embora não usem o mesmo termo, as Escrituras, em vários lugares, falam desse conceito, e, obviamente, João estava familiarizado com ele. Realmente, em Apocalipse, ele mesmo usa esse conceito, se não o termo em si.
Em 1 João 2:18 João emprega anticristo no singular e também no plural: O anticristo deveria vir; muitos anticristos já haviam aparecido. João abre mão da ideia de um anticristo específico ao chamar outras pessoas de anticristos? Provavelmente, não! 1 João 4:3 é útil. O texto fala do espírito do anticristo: essas pessoas revelam o espírito do anticristo, mas o verdadeiro anticristo ainda estava por vir.
Por que João chamava de anticristos essas pessoas que tinham problemas com a correta compreensão da natureza de Cristo? 1Jo 4:32Jo 7
João podia não considerar “anticristos” aqueles membros de sua igreja que estavam simplesmente com dificuldades para compreender corretamente a natureza de Jesus ou que estavam oscilando momentaneamente, atingidos pelos falsos ensinos. Eles precisavam tomar uma decisão entre o ensino do cristianismo e a visão dos anticristos no que se relacionava com Jesus como o Messias e/ou a natureza de Cristo.
Porém, pessoas haviam deixado a igreja e proclamavam doutrinas falsas com algum sucesso (1Jo 4:5). Esses eram os anticristos.

Provando os espíritos
Em 1 João 4:1-6, João retoma a questão com que estava lidando em 1 João 2:18-27: os ensinos errôneos que estavam sendo difundidos entre eles. É interessante que tão cedo, no meio da igreja, o inimigo tenha trabalhado, buscando dividir os crentes pela introdução de falsos ensinos.
Que diz a epístola a respeito dos que tentam difundir falsos ensinos entre nós? 1Jo 2:19

Embora não saibamos todos os detalhes, João parecia estar enfrentando vários ensinos heréticos sobre Jesus, promovidos por muitos desses antigos membros. Alguém pode ter ensinado que Cristo foi um ser humano apenas na aparência, mas não em realidade. Outro pode ter enfatizado que Cristo entrou no ser humano Jesus, no batismo, e O deixou antes da crucifixão. Ainda outros podem ter rejeitado Jesus como o Messias.
Talvez esses falsos mestres afirmassem ser inspirados, e por isso ele haja advertido em 1 João 4:1 sobre os falsos profetas. No entanto, seus ensinos errôneos provavam que eles eram influenciados pelo espírito do anticristo.
Compare 1 João 2:18-27 com 1 João 4:1-6. Mesmo entre as advertências sobre o anticristo e seus falsos ensinos, que certeza e esperança João deu a seus leitores?
Note o paralelo entre 1 João 2:21 e 1 João 4:6. Nesses dois casos, uma grande defesa contra esses erros é o conhecimento de Deus, conhecimento da verdade. João destaca a importância da compreensão correta do ensino, especialmente sobre Jesus. Aqui existe uma evidência bíblica muito clara da importância da doutrina correta.

A unção

A “unção” de 1 João 2:20 tem sido entendida por muitos como o Espírito Santo. Como os textos seguintes ajudam a confirmar essa conclusão? 1 Samuel 16:13Jo 14:17Jo 15:26Jo 16:71Jo 2:20, 2127
Os verdadeiros crentes receberam a unção, que repousa sobre eles, os ensina e não tem falsidade. O que é dito sobre a unção e suas funções pode lembrar aos leitores as declarações de Jesus sobre o Espírito Santo em Seu discurso de despedida (Jo 13-16). Já Isaías 61:1 vincula a unção com o Espírito Santo. Então, é muito provável que a unção tenha o significado de Espírito Santo.
Mas existe igualmente outra dimensão. Até certo ponto, 1 João 2:24: “Quanto a vocês, cuidem para que aquilo que ouviram desde o princípio permaneça em vocês” é paralela ao verso 27: “Quanto a vocês, a unção que receberam dEle permanece em vocês” (1 João 2:24, 27, NVI, ênfase acrescentada).
O que o crente verdadeiro ouviu desde o princípio é o evangelho de Jesus. Além disso, a Palavra de Deus (1Jo 2:14) habitam no cristão. Em 2 Coríntios 1:21, 22, a unção divina está relacionada com o selamento pelo Espírito Santo, e em Efésios 1:13, o ouvir a palavra da verdade e nela crer leva ao selamento pelo Espírito Santo. Então, a unção pode também apontar para as Escrituras.
O antídoto para as mensagens dos anticristos é a Palavra de Deus, comunicada pelo Espírito Santo. É o padrão objetivo pelo qual as doutrinas podem ser avaliadas. Os verdadeiros crentes contam com o Espírito Santo, que Se manifesta nas Escrituras. A Bíblia precisa ser a autoridade final em todos os nossos ensinos. No momento em que o crente começa a duvidar da autoridade da Bíblia, sua confiabilidade e inspiração, começam a se abrir a todos os tipos de ilusões e erros. O mundo está cheio de pessoas que, tendo sido cristãos fortes, abandonaram a fé porque – encontrando coisas que não entendiam ou não apreciavam – começaram a questionar a validade e inspiração da Bíblia. Uma coisa é admitir que existem pontos na Bíblia que não entendemos, ou até nos parecem questionáveis; outra é duvidar da autoridade das Escrituras por causa delas.

Permanecendo nEle
Em quem devemos permanecer? Jo 5:38Jo 6:56Jo 8:31Jo 15:4-101Jo 2:14282Jo 9
A palavra traduzida como permanecer também pode ser traduzida como habitarviver emmorar em. É um conceito importante no Evangelho de João e em suas epístolas. Ocorre 25 vezes em 1 João e duas vezes em 2 João.
O conceito destaca que é importante permanecer no Filho, no Pai e no Espírito Santo. Uma relação correta com a Divindade é importantíssima. Também é importante permanecer na doutrina correta e na Palavra, porque isso afeta nossa relação com Deus. Realmente, esse parece ser um aspecto fundamental na epístola de João, porque ele temia o que esses falsos mestres e seus falsos ensinos podem fazer para a fé dos crentes.
Uma das promessas feitas aos que permanecem nEle é a vida eterna. O que nossa fé nos ofereceria se não tivéssemos essa promessa? Veja 1Co 15:1-19.
Para João, sem dúvida, um aspecto fundamental da fé cristã era a permanência no Senhor. Essa é simplesmente outra maneira de declarar que precisamos “andar na luz”, que precisamos viver em um relacionamento próximo com Jesus, que significa submeter diariamente a vida à Sua vontade, revelada pela Palavra e pela obra do Espírito Santo em nossa vida. Assim que começamos a desobedecer ao Senhor, assim que começamos a pensar que podemos resolver as coisas à parte de Deus, assim que começamos a emitir juízos negativos sobre aquelas porções da Bíblia de que não gostamos, estamos nos movendo em uma direção que, se não for interrompida, nos separará da relação de salvação com Jesus.

Leia 2 Pedro 2.
Pode-se suscitar a pergunta por que 1 João 2:29 é importante nesta discussão sobre falsos mestres. Obviamente, com o falso ensino sobre Jesus, um falso estilo de vida foi junto. É assim que costuma acontecer hoje. O ataque a uma doutrina do cristianismo leva ao questionamento de outras e, mais cedo ou mais tarde, não é só um raciocínio teórico que é afetado, mas existem reflexos em termos práticos. As pessoas não mais vivem de maneira justa. Um desastroso ciclo maligno começa, uma espiral descendente que só pode ser detida retornando ao Senhor, Seus ensinos e Sua vida exemplar.
“O Espírito não foi dado – nem nunca o poderia ser – a fim de sobrepor-Se à Escritura; pois esta explicitamente declara ser, ela mesma, a norma pela qual todo ensino e experiência devem ser aferidos. Diz o apóstolo João: ‘Não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo’ (1 Jo 4:1)” (O Grande Conflito, p. 7).

Postado Por Pr. Alair Alcântara

Sem Fronteiras

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Estudo V - ANDANDO NA LUZ - RENUNCIANDO AO MUNDANISMO


Por Pr. Alair Alcântara!!!



“Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1Jo 2:15, NVI).
 “Por causa do Seu nome”
“Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do Seu nome” (1Jo 2:12).
Em 1 João 2:12-15, João se dirige aos “filhinhos”, aos “pais” e aos “jovens”. Apesar das várias sugestões feitas sobre quem João tinha em mente por essa divisão, sugerimos que “filhinhos” se refere a todos os membros da igreja, porque, em sua epístola, João usa a palavra filhinhos neste sentido (1Jo 2:112281 Jo 3:71Jo  4:41 Jo 5:21). Os “pais” representariam os membros mais idosos da igreja, e os “jovens”, os membros mais jovens. Em resumo, ele se dirige a todos.
Em 1 João 2:12, ele diz a todos que seus pecados estão perdoados. Em que base esse perdão é obtido? Veja também At 5:31Rm 4:7Ef 4:32Cl 1:14Col. 2:13.
João queria que seus ouvintes, isto é, os membros fiéis da igreja, tivessem certeza absoluta da salvação. Ele estava se referindo novamente à discussão sobre a questão do pecado, encontrada em 1 João 1:9 e 1 João 2:1, 2, destacando que ser cristão significa ter esse perdão. Os cristãos não negam sua pecaminosidade mas aceitam a salvação por meio de Jesus Cristo e, então, vivem com a certeza de ter sido perdoados.
O mais importante é que os cristãos entendam que a base de sua salvação é encontrada unicamente em Jesus e no que Jesus fez por eles. É por isso que João diz que eles foram perdoados – não por causa de suas boas ações, nem por suas convicções, e nem mesmo por causa de seu conhecimento de Deus, mas por “causa do Seu nome”; isto é, por causa de Jesus e do que Ele fez por eles. Assim, no meio de todo o discurso de João sobre a vitória, sobre a obediência, ele preserva diante deles a ênfase de que a salvação vem unicamente por causa de Jesus.

Vencendo o Maligno
1Jo 2:13, 14.  Os filhos são lembradas de que conhecem o Pai, enquanto os pais são lembrados de que conhecem aquele que é desde o princípio. Obviamente, essa pessoa é Jesus. A expressão “no princípio” é atribuída a Jesus em 1 João 1:1. Parece ter mais sentido quando nestes versos o Pai e aquele que é desde o princípio (Jesus) são duas pessoas diferentes. Quando os jovens são mencionados pela segunda vez, a frase “vocês venceram o Maligno”(NVI) é repetida, mas a declaração é expandida. Os jovens não apenas venceram o mal mas o próprio Satanás, porque pertencem a Cristo e reivindicam Sua vitória. A língua original indica que a vitória foi alcançada no passado, mas as consequências são uma realidade contínua. Os jovens também são espiritualmente fortes, e a “palavra de Deus” permanece neles.
A Palavra de Deus aponta para seu autor, o Espírito Santo (Ef 6:172Pe 1:21). Então, alguns comentaristas sugerem que nesses versos é encontrada uma referência implícita à Trindade: Deus o Pai, Jesus, aquele que é desde o princípio, e o Espírito Santo, representado pela Palavra de Deus. No fim, os verdadeiros crentes vieram a conhecer a Deus e continuam a conhecê-Lo; isto é, mantêm um relacionamento íntimo com Ele.
Assim, nestes versos, recebemos a essência da vida cristã: perdão dos pecados, conhecimento da Divindade, vitória sobre o pecado e a Palavra de Deus que habita em nós.
Visto que os crentes sabem que Deus e Sua Palavra habitam neles, estão prontos para o desafio dos versos 15-17. Enquanto os versos 12-14 contêm declarações afirmativas, o verso 15 começa com um imperativo, um chamado ou ordem: “Não ameis o mundo”.


Renunciando ao amor do mundo (1Jo 2:15)
Os cristãos são aconselhados a não amar o mundo. Como as Escrituras definem a palavra mundo? Jo 12:19At 17:24Rm 1:20Cl 2:81Tm 6:7Tg 4:4Ap 11:15

A palavra kosmos (traduzida por mundo) designa o Universo, a Terra, a humanidade, o reino da existência e o estilo de vida oposto a Deus. A palavra ocorre mais de 20 vezes em 1 e 2 João. O mundo precisa de salvação (1Jo 4:14), mas é hostil a Deus e Seu povo (1Jo 3:13). Jaz no poder do Maligno (1Jo 5:19), e falsos profetas, anticristos e enganadores estão no mundo (1Jo 4:1, 32Jo 7). Não é errado possuir os bens do mundo, mas eles devem ser partilhados com os necessitados (1Jo 3:17). Finalmente, o mundo precisa ser vencido (1Jo 5:4, 5). Nas epístolas de João, a palavra mundo é predominantemente um termo negativo, porque o mundo está em rebelião contra Deus.
Existe uma contradição interessante nas Escrituras a respeito de nosso relacionamento com o mundo. Por um lado, somos aconselhados a não amar o mundo, mas, por outro lado, a Bíblia é clara em dizer que Deus ama o mundo (Jo 3:16). Enquanto isso, a Bíblia diz que não devemos amar as coisas do mundo, mas nos aconselha, repetidas vezes nas Escrituras, a amar as pessoas, e as pessoas certamente estão no mundo!
O fim do verso 15 e o seguinte nos ajudam a entender o que João tinha em mente. Ele não disse que devemos odiar os seres humanos ou menosprezar o Planeta Terra; ao contrário, devemos odiar as coisas do mundo que, se forem sobrevalorizadas por nós, nos impedirão de conhecer e experimentar por nós mesmos o amor de Deus. Isto é, precisamos nos afastar das coisas do mundo que nos impedem de manter uma relação de salvação com Deus.

Problemas com o mundo

“Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1Jo 2:16)
Enquanto o verso 15 é uma advertência ampla contra o amor ao mundo, o verso 16 trata de alguns detalhes. O que significa amar o mundo? João menciona três coisas: (1) a cobiça da carne, (2) a cobiça dos olhos e (3) a ostentação dos bens (NVI). João diz que essas três coisas não são do Pai mas do mundo; contudo a carne como os olhos e a vida vêm todos de Deus. Então, qual é o problema? Contra que João está nos advertindo?
A cobiça da carne, obviamente, se refere às paixões, embora não precise estar limitada somente a isso (veja Gl 5:19-21).
No entanto, a cobiça dos olhos, certamente ligada à carne, aprofunda os sentimentos, pois se refere aos pensamentos, desejos das coisas que vemos e queremos para nós mesmos (veja Ex 20:17).
O que João quer dizer com “a soberba da vida”? Veja Jó 12:10At 17:28
A ideia da “soberba da vida” supõe independência de Deus. É como se nós mesmos criássemos nossa vida e, consequentemente, a glória e a honra de algumas de nossas realizações pertencessem a nós mesmos. “Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele quem nos fez, e dEle somos” (Sl 100:3). Em contraste, quando percebemos que toda respiração, toda batida do coração, tudo que podemos ter ou ser vem unicamente de Deus, de quem dependemos totalmente, o orgulho não encontrará lugar em nosso coração. Como seres pecadores, caídos, cuja própria existência depende inteiramente da graça e da beneficência de Deus, como seres absolutamente incapazes de salvar a nós mesmos da morte e da destruição eterna, devemos ser humildes e submissos quanto à nossa vida, e não nos encher de orgulho a esse respeito. Foi o orgulho que trouxe a queda de Lúcifer a um mundo perfeito; como seres em um mundo imperfeito, devemos fugir dele como da peste.

Um mundo passageiro (1Jo 2:17)
No verso 16 o apóstolo apresenta a primeira razão por que não devemos amar o mundo: o amor do mundo e o amor do Pai são incompatíveis. No verso 17, João acrescenta uma segunda razão: Não faz sentido amar o mundo, porque o mundo é passageiro. É melhor e mais sábio escolher o que permanece. Fazendo isso, nós mesmos também permaneceremos – isto é, viveremos para sempre.
A humanidade é tentada a viver o momento, ser cativada pelo mundo material e entesourar só o que pode ser visto. Então, Paulo se une a João dizendo: “Procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com Ele em glória” (Cl 3:1-4, NVI) e: “assim, fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê. Pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2Co 4:18, NVI).

Em 1 João 2:8, João já havia declarado que as trevas se vão dissipando. Agora, ele usa o mesmo verbo e diz que o mundo está passando, inclusive sua cobiça. Chegou uma nova era com a encarnação de Jesus: a luz. As coisas deste mundo estão passando; isso deve ser óbvio para todos. Em um mundo que está passando, e nós juntamente com ele, as soluções políticas nunca podem ser a solução final.
Se o mundo está passando, como podemos sobreviver? João responde: a solução está em fazer a vontade de Deus. Embora a teologia correta seja importante e João tente refutar os falsos mestres com sua compreensão equivocada de Jesus e do pecado, também é importante viver em obediência. A ética não pode ser separada da teologia. Palavras bondosas e doutrinas corretas não são suficientes. Nossa teologia deve ser vivida.
Não vamos nos sentir tão à vontade aqui a ponto de esquecer nosso alvo eterno; não vamos comprometer nosso amor a Deus sendo atraídos àquelas coisas e atitudes que são hostis a Ele.

”Cristãos professos gastam anualmente soma considerável com inúteis e perniciosas condescendências, enquanto as pessoas estão perecendo à falta da Palavra da Vida. Deus é roubado nos dízimos e ofertas, enquanto consomem no altar das destruidoras concupiscências mais do que dão para socorrer os pobres ou para o sustento do evangelho. ... O mundo está entregue à satisfação de si mesmo. ‘A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida’ dominam as massas populares. Os seguidores de Cristo, porém, são dotados de uma vocação mais elevada. ... À luz da Palavra de Deus estamos autorizados a declarar que não pode ser genuína a santificação que não opere a completa renúncia de todo desejo pecaminoso e prazeres do mundo" ( O Grande Conflito, p. 475).
Falando positivamente, nossa passagem nos diz: Os cristãos genuínos têm um relacionamento íntimo com a Divindade, manifestam obediência amorosa, recebem forças para vencer o mal e têm em si a habitação da Palavra de Deus. Seus pecados foram perdoados. Negativamente, não amam o mundo mas o rejeitam onde ele é hostil a Deus e Sua causa.

Postado Por Pr. Alair Alcântara

Sem Fronteiras

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails